A Betaterapia diminui a produção de colágeno, evitando as cicatrizes em alto relevo

A cicatrização da pele, seja após um ferimento, tatuagem ou processo cirúrgico, varia de pessoa para pessoa. Algumas, porém, têm tendência a desenvolver queloide, uma deformação que deixa a cicatriz em alto relevo, com coloração avermelhada e mais sensível. Podem causar coceira no local e até dor. Por isso, é preciso cuidado redobrado com a pele no período de cicatrização.

Entre os métodos existentes hoje em dia para prevenir a formação das queloides, o mais eficaz e recomendado pela Sociedade Brasileira de Dermatologia é a betaterapia. Este tratamento utiliza a energia emitida por elétrons que previnem o aparecimento de queloide em até 70% dos casos. Com os mesmos princípios da radioterapia, permite um resultado extremamente eficaz para tratamento de lesões superficiais de menos de três milímetros de profundidade.

Na região, o tratamento é feito no Centro Oncológico Mogi das Cruzes. Deve ser iniciado no dia seguinte após o aparecimento da ferida ou a realização da cirurgia. A recomendação é realizar aproximadamente 10 sessões. A frequência dessas sessões pode variar de acordo com cada caso, levando em consideração o tipo de pele e de cicatriz. Quem definirá a frequência das sessões é o médico.

Depois que as queloides surgem, o ideal é realizar uma intervenção cirúrgica para removê-las. Dependendo do local, em alguns casos, ainda será necessária a realização de várias cirurgias. Somente depois dessa intervenção é que a betaterapia pode ser aplicada de forma preventiva.

Saiba mais

Como funciona?

“A betaterapia funciona como uma radioterapia na pele. É totalmente segura, uma vez que a penetração da radiação é limitada. Ela é responsável por diminuir a produção de colágeno e, com isso, a possibilidade de queloide”, explica o físico médico, Alvaro Otavio Isaias Rodrigues, do Centro Oncológico Mogi das Cruzes.

Tendência

As queloides são resultado do excesso de produção de fibras de colágeno, uma proteína natural do corpo, durante o processo de cura da pele. Pode afetar os dois sexos, mas é mais comum ser encontrada em mulheres. A melanina (pigmentação que dá cor a pele) é considerada um fator de risco para o aparecimento de queloides, por isso, afrodescendentes, espanhóis e orientais, tem mais tendência e devem ter um pouco mais de atenção com as cicatrizes.

O que é a betaterapia?

Betaterapia é um procedimento que visa prevenir o aparecimento de queloides, que são as cicatrizes em alto relevo e com coloração avermelhada. É o indicado pela Sociedade Brasileira de Dermatologia para o tratamento de queloides.

Quem pode fazer o tratamento?

Qualquer pessoa pode fazer o tratamento. A Betaterapia não tem contraindicação, é indolor e pode ser aplicada em qualquer parte do corpo.

Como funciona?

O procedimento consiste na utilização da energia emitida por elétrons e segue os mesmos princípios da radioterapia. Deve ser iniciado no dia seguinte após o aparecimento da ferida ou a realização da cirurgia. A recomendação é realizar aproximadamente 10 sessões. A frequência dessas sessões pode variar de acordo com cada caso, levando em consideração o tipo de pele e de cicatriz.