Após o diagnóstico de câncer, é comum que as mulheres tenham receio de engravidar, mesmo após receberam alta do tratamento.

O medo, geralmente, está associado às mudanças hormonais que acontecem durante a gravidez e que podem aumentar as chances de retorno da doença, além de muitas incertezas sobre o bem-estar e saúde do feto e, em outros casos, uma possível infertilidade.

O assunto, inclusive, é tema de diversos estudos que analisam a fertilidade após o tratamento da doença, as chances de recidiva e possíveis problemas ao feto durante a gestação devido a medicação utilizada para combater o câncer.

Para tirar dúvidas, listamos abaixo alguns fatos sobre a gravidez após o câncer:

  1. Pesquisa apresentada no fórum da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO), acompanhou durante dez anos 1.200 mulheres que tiveram câncer. Quando comparado o grupo que engravidou após o tratamento do que não engravidou, os cientistas não encontraram diferença significativa na quantidade de mulheres que tiveram recidiva, concluindo que a gravidez após o câncer não aumenta as chances do retorno da doença;
  2. Outras pesquisas sugerem ainda que o aleitamento pode reduzir o risco de recidiva em mulheres que tiveram câncer de mama;
  3. Mulheres com histórico familiar de câncer de mama devem realizar exames de rastreamento anualmente antes de engravidar. Isso porque, a produção maior de hormônios e as alterações no tecido mamário durante a gravidez dificultam o rastreamento e, portanto, a descoberta precoce da doença;
  4. O tratamento contra o câncer, seja cirurgia, quimioterapia ou radioterapia, pode reduzir a fertilidade ou causar menopausa precoce, sobretudo, quando o tumor está localizado nas áreas reprodutivas como ovário, colo uterino, reto, entre outros. Por isso, é preciso conversar com o médico sobre métodos para garantir a fertilidade, como congelamento de embriões;
  5. Após o final do tratamento é preciso esperar um tempo para engravidar. O tempo indicado, porém, varia de acordo com a gravidade do câncer e o local afetado, podendo variar entre 1 e 5 anos;
  6. A exceção são mulheres que tiveram tumor receptor de estrógeno positivo e que estejam utilizando o medicamento tamoxífeno. Nesse caso, deve-se aguardar o término do remédio, evitando má formação fetal;
  7. A amamentação na mama operada pode ser difícil e dolorida. A indicação é sempre amamentar com o seio que não foi afetado, uma vez que mesmo que haja a perda de um dos seios não altera a produção de leite.

Independente do tipo de câncer e do tratamento realizado é sempre importante conversar com o médico antes de decidir engravidar, garantindo uma gestação saudável e segura para mães e bebês.

Fonte: http://www.oncoguia.org.br/conteudo/cancer-e-gravidez/8341/6/

http://www.oncoguia.org.br/conteudo/gravidez-apos-o-cancer-de-mama/1557/266/

http://www.accamargo.org.br/saude-prevencao/artigos/diagnostico-e-tratamento-do-cancer-durante-a-gravidez/56/

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