Imunossupressão. Esse é o nome dado à queda do sistema imunológico causada por certas intervenções ou tratamentos médicos, como os do câncer, por exemplo. Nos pacientes oncológicos, ela se manifesta durante e após sessões de radioterapia e quimioterapia.

Por apresentarem baixa imunidade, essas pessoas precisam seguir uma série de recomendações e a adotarem cuidados para não contraírem doenças, que podem evoluir para algo mais grave, como uma gripe que pode virar uma pneumonia.

“Além de tornar os pacientes com câncer mais suscetíveis às doenças, a baixa imunidade também é um fator impeditivo para que esse tipo de público receba algumas vacinas”, aponta o médico Rafael Zanata, oncologista clínico do Centro Oncológico Mogi das Cruzes.

Ele cita a vacina de febre amarela como um exemplo claro de um tipo não recomendado aos pacientes em tratamento contra o câncer. Isso porque como é desenvolvida a partir de um vírus vivo atenuado (com baixo potencial infeccioso) pode desencadear todos os sintomas da própria doença em pacientes imunodeprimidos.

Vacinas contra sarampo, rubéola, varicela, poliomelite, febre amarela e BCG  também se encaixam na mesma categoria e, portanto, não devem ser tomadas por pessoas em tratamento contra o câncer.

Já as contra gripe, pneumonia, HPV, hepatites A e B são baseadas em outros compostos, como vírus mortos, toxinas e proteínas. Por isso, já são indicadas aos pacientes que estão em tratamento oncológico e apresentam baixa imunidade.

Contudo, o oncologista clínica Rafael Zapata faz um alerta: “O ideal é que a vacinação ocorra, pelo menos, duas semanas antes do início do tratamento. Caso isso não seja possível, é importante respeitar esse intervalo de tempo entre a radioterapia ou quimioterapia e a vacinação”.

Ele também explica que se o paciente não for vacinado durante o período recomendado, recomenda-se repetir a dose três meses após o fim o tratamento para que a vacina possa agir de forma adequada.

“É importante destacar que cada paciente tem uma particularidade diferente do outro. Portanto, apesar das orientações dadas, é indispensável que o paciente pergunte antes para o seu médico se ele pode ou não ser imunizado com determinada vacina”, alerta o médico.