O Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima que, de 2016 a 2017, mais de 57,9 mil novos casos de câncer de mama serão diagnosticados no Brasil. Esse tipo de câncer é o com maior incidência entre as mulheres brasileiras nas regiões Sul, Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste, ficando atrás apenas no câncer de pele não-melanoma.
“Quando detectado no estágio inicial, a chance de cura do câncer de mama pode chegar a 90%, mas no Brasil a maior parte das pessoas identifica em estágios mais avançados. Por isso, a orientação é um grande aliado da população e campanhas, como o Outubro Rosa, são importantes porque ajudam a propagar informações relevantes sobre a prevenção e diagnóstico precoce”, explica o cancerologista Flávio Isaias Rodrigues, diretor clínico do Centro Oncológico Mogi das Cruzes.
Principais dúvidas e mitos
Um dos maiores mitos em relação ao câncer se mama se refere à doença ser exclusiva das mulheres. Embora seja raro, o câncer de mama pode atingir os homens. De acordo com o Inca, a incidência deste tipo de câncer é 99% em mulheres e apenas 1% em homens.
Outra questão considerada mito pelo cancerologista é o fato da genética ser a principal causa do câncer de mama. Ele explica que esse tipo de câncer não tem uma causa única. Diversos fatores estão relacionados ao aumento do risco de desenvolver a doença. Entre eles, a idade mais avançada, problemas endócrinos ou relativos à reprodução, fatores genéticos e hereditários ou ainda fatores externos como má alimentação, consumo de bebidas alcoólicas e cigarro e a falta de exercícios físicos.
O médico ressalta ainda que a tradicional orientação de se alimentar de forma saudável, praticar atividades físicas, evitar aumento de peso, consumo de bebidas alcoólicas e cigarro é uma grande verdade na prevenção da doença.
O Inca, inclusive, estima que por meio dessas ações é possível reduzir em até 28% o risco de desenvolver o câncer de mama. “Quanto mais saudável for o estilo de vida da pessoa, menos riscos ela terá de desenvolver qualquer tipo de câncer”, finaliza o cancerologista Flávio Isaias Rodrigues.