O câncer do pulmão é considerado um grave problema de saúde pública. O tumor maligno que se origina nas células dos brônquios ou do parênquima pulmonar é o segundo tipo de câncer mais frequente em homens – próstata é o primeiro – e o quarto em mulheres, perdendo apenas em incidência para o de mama, colón e reto e do colo uterino.
Segundo informações do Instituto Nacional do Câncer (INCA), estima-se que no Brasil aproximadamente 34 mil novos casos da doença deverão ser diagnosticados somente em 2015. Os sintomas mais comuns em pacientes portadores de câncer do pulmão são tosse, perda de peso, falta de ar, escarro com sangue, dor óssea, rouquidão, entre outros.
“Os indícios apresentados pelo paciente podem ter relação com a doença localizada no pulmão, as possíveis metástases à distância ou ainda as substâncias produzidas pelo tumor, provocando síndromes paraneoplásicas”, explica o oncologista e presidente do Conselho Superior da Sociedade Brasileira de Cancerologia, Roberto Porto Fonseca.
Segundo ele, a maioria dos pacientes, quando diagnosticados, já apresenta a doença em estágio avançado. “O diagnóstico correto do tipo de câncer de pulmão que o paciente apresenta é muito importante. A escolha do tratamento vai depender do tipo de tumor, do estágio da doença, ou seja, a extensão dela no organismo, as condições clínicas e também a idade do paciente”, explica Fonseca.
“A cirurgia para a doença localizada, por exemplo, é potencialmente curativa. Já a radioterapia e a quimioterapia antineoplásica podem ser utilizadas como adjuvantes ao tratamento cirúrgico ou como tratamentos paliativos”, acrescenta.
Prevenção. Recentemente, um estudo realizado em uma população americana demonstrou que houve redução de 20% na mortalidade por câncer de pulmão em pacientes tabagistas com risco elevado da doença e que se submeteram ao controle da enfermidade com tomografia computadorizada do tórax durante um período de três anos.
“É o único estudo que, até o momento, evidenciou os benefícios da prevenção secundária nesta doença. Novas drogas também têm sido adicionadas ao arsenal terapêutico com bons resultados em alguns casos que são diagnosticados com determinadas mutações genéticas especificas”, destaca o oncologista.
Fonte: http://www.otempo.com.br