O QUE É CUIDADO PALIATIVO?

ABORDAGEM MULTIPROFISSIONAL CUJOS PRINCÍPIOS BÁSICOS SÃO:

  • Oferecer suporte para que o paciente viva tão ativamente quanto possível
  • Oferecer uma abordagem integrativa. validando aspectos psicológicos e espirituais do cuidado
  • Promover o alivio da dor e de outros sintomas em todas as suas dimensões
  • Honrar a biografia, os desejos e as necessidades do paciente e de seus familiares, bem como, ajudá-los CO processo de adoecimento, Terminalidade e luto
  • Ser iniciado o quanto antes. desde o diagnóstico, para que o paciente viva o maior tempo possível, com a maior qualidade de vida possível
  • Não acelerar nem adiantar a morte: respeitar o tempo*

*Sobre essa questão, que é uma das principais dúvidas em relação à atuação dos Cuidados Paliativos, a nossa médica Dra. Manon Silva, concedeu uma entrevista à TV Diário, Afiliada da Rede Globo, para explicar melhor como a especialidade auxilia os pacientes, em especial, os que estão em tratamento contra o câncer.

Assista o vídeo: https://globoplay.globo.com/v/11396286/

Definição

Os cuidados paliativos foram criados em 1960 no Reino Unido por Cicely Saunders, médica, enfermeira, assistente social e capelã e foram trazidos para América em 1970 por Elizabeth Kübler Ross, psiquiatra, que teve contato com o trabalho de Cicely no Reino Unido. O termo paliativo vem de Pallium, que significa manto, proteção.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2017: “Os cuidados paliativos (CP) são uma abordagem que melhora a qualidade de vida dos pacientes (adultos e crianças) e suas famílias, que enfrentam problemas associados a doenças potencialmente fatais. Previne e alivia o sofrimento através da identificação precoce, avaliação correta e tratamento da dor e outros problemas, sejam eles físicos, psicossociais ou espirituais.

Objetivos e princípios 

O objetivo principal dos Cuidados Paliativos em Oncologia é o bem estar e a qualidade de vida do paciente, promovendo alívio da dor e outros sintomas em todas as suas dimensões. Honram a biografia, os desejos e as necessidades do paciente e de seus familiares/cuidadores, além de afirmar a vida e a morte como processo natural – não aceleram ou atrasam a morte. Devem ser iniciados desde o diagnóstico de doenças que ameacem a vida (como por exemplo, câncer, insuficiência cardíaca classe III/IV, síndromes demenciais, doença renal dialítica, esclerose lateral amiotrófica, entre outras), concomitantemente às outras medidas terapêuticas. Não são restritos a pacientes em fim de vida. Abrangem as necessidades tanto do paciente, quanto de sua família e seus cuidadores, incluindo o período de luto.

Forma de atuação em Cuidados Paliativos

A avaliação do paciente em cuidado paliativo é multidimensional (dimensões biológica, psicológica, social e espiritual). Contempla sua biografia, em que se extraem os valores e percepções essenciais na compreensão da trajetória do paciente até o momento da avaliação e norteiam a construção do plano de cuidados. Realiza-se uma investigação de todo o processo do adoecimento, desde o diagnóstico, os tratamentos já realizados, os resultados dos exames mais relevantes, as comorbidades e as medicações em uso contínuo. Faz-se, além do exame clínico, aplicação de algumas escalas, como por exemplo o ESAS (Escala de Avaliação de Sintomas de Edmonton) e o PPS (Palliative Performance Scale). Formula-se então uma impressão em que se coloca a percepção em relação ao estado do paciente, a expectativa em relação ao tratamento proposto e o prognóstico, para, por fim, elaborar-se o plano de cuidados a ser seguido. Plano este a ser compartilhado com o paciente, seus familiares e demais profissionais envolvidos no cuidado.

Modalidades de Atuação em Cuidados Paliativos

Os cuidados paliativos atuam em diversas modalidades: consultas ambulatoriais, times hospitalares de interconsultas, enfermarias, hospices, assistência domiciliar, hospital dia e assistência remota.

Considerações Finais em Cuidados Paliativos 

O cuidado paliativo é um cuidado integral multiprofissional baseado em evidências, aplicável durante todo o curso da doença, indicado não apenas para pacientes em fim de vida, mas para todo paciente que apresente uma doença ameaçadora da vida. Preza pelo respeito à autonomia do paciente e pela boa e efetiva comunicação, reafirmando a vida e a morte como processos naturais e evitando a obstinação terapêutica. Por fim, atua em conjunto com outras especialidades e demais tratamentos curativos ou não.

Dra. MANON P. V. SILVA
CUIDADOS PALIATIVOS & GERIATRIA

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