SUMÁRIO

ACIDO ZOLEDRÔNICO    3

ABATACEPTE    3

AFLIBERCEPTE    3

ATEZOLIZUMABE    3

AVELUMABE    3

BACILO DE CALMETTE-GUÉRIN    3

BELIMUMABE    3

BEVACIZUMABE    3

BLEOMICINA    3

BORTEZOMIBE    3

CABAZITAXEL    3

CARBOPLATINA    3

CARFILZOMIBE    3

CARMUSTINA    3

CETUXIMABE    3

CICLOFOSFAMIDA    3

CISPLATINA    3

CITARABINA    3

CLADRIBINA    3

DACARBAZINA    3

DARATUMUMABE    3

DAUNORRUBICINA    3

DECITABINA    3

DOCETAXEL    3

DOXORRUBICINA    3

DOXORRUBICINA LIPOSSOMAL PEGUILADO    3

DURVALUMABE    3

EPIRRUBICINA    3

ERIBULINA    3

ETOPOSÍDEO    3

FLUDARABINA    3

FLUORURACILA    3

FOLINATO DE CÁLCIO    3

GENCITABINA    3

GOLIMUMABE    3

IFOSFAMIDA    3

INFLIXIMABE    3

IPILIMUMABE    3

IRINOTECANO    3

METOTREXATO    3

MITOXANTRONA    3

NAB-PACLITAXEL    3

NIVOLUMABE    3

OXALIPLATINA    3

PACLITAXEL    3

PAMIDRONATO DISSÓDICO    3

PANITUMUMABE    3

PEMBROLIZUMABE    3

PEMETREXEDE    3

PERTUZUMABE    3

RAMUCIRUMABE    3

RITUXIMABE    3

TEMOZOLOMIDA    3

TOCILIZUMABE    3

TRASTUZUMABE    3

TRASTUZUMABE ENTANSINA    3

VEDOLIZUMABE    3

VIMBLASTINA    3

VINCRISTINA    3

VINORELBINE    3

 

 

 

 

 

 

 

 

ACIDO ZOLEDRÔNICO

 

Classe Terapêutica:    Bisfosfonatos

            

Mecanismo de ação: a ação seletiva dos bisfosfonatos é baseada na sua elevada afinidade por osso mineralizado, mas o mecanismo molecular preciso que conduz à inibição da atividade osteoclástica é ainda desconhecido. Adicionalmente à inibição da reabsorção óssea osteoclástica, zoledronato exerce efeitos antitumorais diretos em culturas de células humanas de CA de mama e de mieloma, inibindo a proliferação e induzindo à apoptose.    

                

Nomes comerciais: Zometa, Zolibbs, Aclasta            

Temperatura de armazenamento:    15°C e 30°C        

                    

 

Reconstituição:

Diluente: Pronto para uso

Apresentação: 4mg/5 mL    

Concentração Frasco: 0,8 mg/mL

Estabilidade: Desprezar    

Diluição:

Diluente: SF 0,9 % ou SG 5%    

Volume: 100 mL

Concentração Bolsa: 0,04 mg/mL        

Estabilidade: 24 horas, 2ºC a 8ºC    

 

* Aclasta: solução pronta para uso, não necessita diluição, concentração 5 mg/100mL.

*Ácido Zoledrônico Sandoz:    solução pronta para uso, não necessita diluição, concentração 4mg/100mL.

 

Em casos de ajuste de dose, seguir tabela abaixo:

Ajuste de Dose

4 mg/ 100 mL – pronto para uso

4 mg/5 mL – concentrado

Clearance de creatinina basal (ml/min)

Dose recomendada de ácido zoledrônico 

Volume a ser retirado do frasco

Substituir com o mesmo vol.de SF 0,9%

Volume a ser retirado para diluição em 100 mL SF 0,9%

> 60

4,0 mg

N/A

N/A

5 mL

50 – 60

3,5 mg

12

12

4,4 mL

40 – 49

3,3 mg

18

18

4,1 mL

30 – 39

3,0 mg

25

25

3,8 mL

 

Equipo: Equipo Macro

PVC: Compatível            

Fotossensibilidade: Não            

Via de Administração: Endovenoso            

Ação dermatológica: Nenhuma            

Potencial Emético: Baixo            

Tempo de Infusão: 15 minutos            

                    

MANIPULAÇÃO

Materiais:                    

  • Luvas estéreis
  • Seringa 5 mL
  • Agulha 40x12mm
  • Bolsa de soro
  • Equipo
  • Frasco ampola de Ácido Zoledrônico                    

Modo de preparo:

Retire a quantidade necessária do frasco, de acordo com a prescrição médica e transfira para a bolsa de infusão, com equipo previamente preenchido. Misture o conteúdo da bolsa de infusão com movimentos oscilantes.

*Para as soluções prontas para uso, somente preencher o equipo com SF 0,9% e conecta-lo ao frasco. No caso de dose diferente de 4mg, seguir orientações da tabela anterior.

                    

Pré-medicação: Não necessária.                    

Ajustes para função hepática: Não há dados disponíveis                    

Ajustes para função renal: metástases ósseas ou mieloma múltiplo: ClCr> 60 mL/min: administrar 4 mg; ClCr 50 a 60 mL/min: 3,5 mg; ClCr 40 a 49 mL/min: 3,3 mg; ClCr 30 a 39 mL/min: 3 mg; ClCr< 30 mL/min: não administrar. Hipercalcemia relacionada à neoplasia: 4 mg para pacientes com Cr < 4,5 mg/dL; se Cr > 4,5 mg/dL, avaliar risco versus benefício. Suspender temporariamente se houver aumento de 0,5 mg/dL da Cr basal quando Cr < 1,4 mg/dL pré-tratamento, ou de 1,0 mg/dL da Cr basal quando Cr ≥ 1,4 mg/dL pré-tratamento.    

 

Interações Medicamentosas:                    

Recomenda-se precaução quando: administrado com aminoglicosídeos, por efeito aditivo, resultando num nível sérico de cálcio mais baixo durante períodos mais prolongados do que o requerido. Quando administrado com outros fármacos potencialmente nefrotóxicos e ter atenção à possibilidade de hipomagnesemia durante o tratamento. Quando administrado em combinação com Talidomida em pacientes com mieloma múltiplo, o risco de disfunção renal pode ser aumentado.                    

 

Reações Adversas:                    

Síndrome semelhante a gripe: dor óssea, febre, fadiga, arrepios; artralgia e mialgia; hipocalcemia assintomática; diminuição nos níveis de fosfato sérico; náuseas e vômitos; anorexia; necrose asséptica do osso da mandíbula; dispneia; aumento agudo da creatinina sérica; arritmia cardíaca; dor lombar; tontura.                    

Orientações Gerais:                    

Em pacientes com risco de insuficiência cardíaca a hidratação excessiva deve ser evitada. Antes do início deste tratamento, um exame dentário e odontologia preventiva devem ser considerados. Evitar procedimentos dentários invasivos durante o tratamento.            

A dose recomendada para adultos e idosos é uma infusão de 4 mg a cada 3 a 4 semanas.

Suplemento oral de cálcio 500 mg e vitamina D 400 UI são recomendados diariamente aos pacientes, desde o início do tratamento.                    

                    

Referências:                    

1. Bula Zolibbs 2021;                    

2. MOC – Drogas 2022;                 

3. Bragalone D.L, Drug Information Handbook for Oncology, 12 Ed, Lexicomp, 2014.                    

 

 

 

 

 

 

 

ABATACEPTE

 

Classe Terapêutica:        Proteína de fusão solúvel

            

Mecanismo de ação:    Para tornarem-se ativos, os linfócitos T precisam de pelo menos dois sinais moleculares. O primeiro deles é feito pela apresentação do antígeno pelo complexo de histocompatibilidade ao receptor da célula T. O segundo sinal, também chamado de co-estimulação, é realizado pela interação das moléculas CD 80/86, presentes na célula apresentadora de antígeno, com o CD 28 dos linfócitos T. O CTLA-4 é um receptor especifico para o CD 80/86 que tem uma afinidade cerca de 500 a 2500 vezes maior do que o CD 28, que quando ativo inibe de forma efetiva a função da célula T. Esta molécula ocorre naturalmente na célula T e funciona como um mecanismo de regulação para baixo da sua ativação pelo mecanismo acima descrito. Em animais a ausência do CTLA-4 se associa a doenças linfoproliferativas. O abatacepte (CTLA4Ig) é uma proteína de fusão fabricada por engenharia genética constituída pelo domínio extracelular do receptor CTLA4 e um fragmento Fc da imunoglobulina humana IgG1. Ao ligar-se as moléculas CD80 e 86, o abatacepte bloqueia o segundo sinal, impedindo a ativação do linfócito T.    

 

Nomes comerciais: Orencia                

Temperatura de armazenamento:    2ºC a 8ºC, protegido da luz. Não congelar.

                    

 

Reconstituição:

Diluente: AD

Volume: 10 mL

[ ] Frasco: 25 mg/mL

Estabilidade: Desprezar após o uso

 

Diluição:                    

Diluente: SF 0,9%

Volume: Qsp para 100 mL

[ ] Bolsa: Máximo 10 mg/mL    

Estabilidade: 24 horas com infusão                    

 

Equipo: Bomba padrão ou pvc free com filtro 0,22 μ.

PVC: Compatível                    

Soro Glicosado: Sem dados disponíveis                    

Fotossensibilidade: Não            

Via de Administração: Via endovenosa / via subcutânea (seringa preenchida)            

Ação dermatológica: Sem dados disponíveis

Potencial Emético: Sem dados disponíveis        

Tempo de Infusão: 30 minutos            

                    

MANIPULAÇÃO

Materiais                    

  • Luvas estéreis
  • Seringa 12 mL sem silicone (fornecida junto ao medicamento)                    
  • Agulha 40x12mm                    
  • Equipo padrão ou pvc free com filtro 0,22 μ.                
  • Bolsa de soro qsp 100 mL                
  • Frasco ampola de Abatacepte                    

 

Modo de preparo:

Com a seringa sem silicone injete 10 mL de água destilada no frasco-ampola de Abatacepte, direcionando o fluxo de água destilada para a parede do frasco, não agitar, realize movimentos circulares suaves até completa dissolução. Da bolsa de soro de 100 mL, retire um volume de soro correspondente ao volume da dose prescrita, para que resulte um volume final de 100 mL. Retire a quantidade necessária do frasco, de acordo com a prescrição médica e transfira para a bolsa de infusão, com volume de soro já retirado e com equipo previamente preenchido. Misture o conteúdo da bolsa de infusão com movimentos oscilantes.                    

Pré-medicação: Não necessária                

 

Extravasamento: Sem referência

                    

Ajustes para função hepática: Não foram realizados estudos                    

Ajustes para função renal: Não foram realizados estudos                        

                    

Interações Medicamentosas:                    

Com bloqueadores de TNF (etanercepte, infliximabe e adalimumabe) há risco aumentado de infecções e o uso concomitante não é recomendado. Ao fazer transição da terapia com agentes TNF para terapia com Abatacepte, os pacientes devem ser monitorados.                    

                    

Reações Adversas:                    

Infecção do trato respiratório superior e inferior, infecção do trato urinário, infecções por herpes, pneumonia, cefaleia, tontura, hipertensão, tosse, dor abdominal, diarreia, náusea, dispepsia, úlcera bucal, estomatite aftosa, erupção cutânea, dermatite, fadiga, astenia, reações no local da injeção, aumento da pressão, teste de função hepática anormal.    

                

Referências:                    

1. Bula Orencia – 11/2021

    
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

AFLIBERCEPTE

 

Classe Terapêutica:        Antiangiogênico

            

Mecanismo de ação: O aflibercepte é uma proteína recombinante fundida que consiste de porções para a ligação VEGF de domínios extracelulares dos receptores VEGF 1 e 2 humanos fundidos à porção Fc de IgG1 humana. O aflibercepte atua como um receptor atrativo solúvel que se liga ao VEGF-A, com afinidade superior ao receptor natural, bem como os ligantes PIGF e VEGF-B. Atuando como uma armadilha ligante, ele evita que os ligantes endógenos se liguem aos respectivos receptores e assim bloqueia a mediação do sinal no receptor. O aflibercepte bloqueia a ativação dos receptores VEGF e a proliferação de células endoteliais, inibindo desse modo o crescimento de novos vasos que suprem os tumores com oxigênio e nutrientes.

 

Nomes comerciais: Zaltrap                

Temperatura de armazenamento:    2ºC e 8ºC sob proteção da luz. Não congelar nem agitar.        

                    

 

Reconstituição:

Diluente: Pronto para uso

Apresentação: 100 mg/4mL e 200 mg/8mL

[ ] Frasco: 25 mg/mL

Estabilidade: 48 horas *

 

Diluição:                    

Diluente: SF 0,9% ou SG 5%

Volume: 100 mL

[ ] Bolsa: 0,6 a 8 mg/mL    

Estabilidade: 24 horas 2 a 8ºC / 8 horas < 25ºC                    

 

Equipo: Bomba padrão com filtro 0,22 μ (não usar filtros de fluoreto de polivinilideno (PVDF) ou náilon)

PVC: Compatível                    

Soro Glicosado: Compatível                    

Fotossensibilidade:     Não                

Via de Administração: Endovenosa                

Ação dermatológica: Sem referências        

Potencial Emético: Baixo                    

Tempo de Infusão: 1 hora                

                    

MANIPULAÇÃO

Materiais                    

  • Luvas estéreis
  • Seringa 20 mL                    
  • Agulha 40x12mm                    
  • Equipo padrão com filtro 0,22 μ            
  • Bolsa de soro                    
  • Frasco ampola de Aflibercept                     

 

Modo de preparo:                    

Retire a quantidade necessária do frasco, de acordo com a prescrição médica e transfira para a bolsa de infusão, com equipo previamente preenchido. Misture o conteúdo da bolsa de infusão com movimentos oscilantes.                                        

Pré-medicação: Não necessária

                    

Extravasamento: Sem referências
                    

Ajustes para função hepática: Não há estudos clínicos.                     

Ajustes para função renal: Não há estudos clínicos.                

                    

Interações Medicamentosas:                    

Não foram conduzidos estudos formais de interações medicamento-medicamento para aflibercepte.                    

Reações Adversas:                    

Leucopenia, diarreia, neutropenia, proteinúria, aumento da AST, estomatite, fadiga, trombocitopenia, aumento da ALT, hipertensão, diminuição de peso, diminuição do apetite, epistaxe, dor abdominal, disfonia, creatinina sérica aumentada e dor de cabeça.                

                    

Orientações Gerais:                    

Monitorar a PA durante a terapia. Aflibercepte pode causar hemorragia grave e por vezes fatal, bem como o desenvolvimento de perfurações no trato gastrintestinal.                    

                    

Referências:                    

1. Bula Zaltrap 01/2021

2. MOC- Drogas 2022

    
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

ATEZOLIZUMABE

 

Classe terapêutica: Anticorpo monoclonal anti PD-L1

 

Mecanismo de ação: Atezolizumabe liga se ao PD-L1 expresso nas células tumorais ou nas células imunológicas infiltrantes de tumores e bloqueia sua interação com os receptores PD-1 e B7.1 presentes nas células T e em células apresentadoras de antígeno. O bloqueio dessa interação reativa a resposta imunológica e antitumoral, ocorrendo sem indução da citotoxicidade celular dependente de anticorpo.

 

Nomes comerciais: Tecentriq

Temperatura de armazenamento: 2ºC a 8ºC, protegido da luz. Não congelar.

 

 

Reconstituição:

Diluente: Pronto para uso

Apresentação: 840mg/14 ml ou
1200 mg/20 mL

Concentração frasco: 60 mg/mL

Estabilidade: Diluição imediata

Diluição:

Diluente: SF 0,9 %

Volume: 250 mL

Concentração bolsa: 3,2 mg/mL e 16,8 mg/ml

Estabilidade: 8 hs <25ºC ou 24 hs 2 a 8ºC

 

Equipo: Equipo Macro para infusão em 30 minutos e Equipo BIC infusão de 60 minutos

PVC: Compatível

Soro glicosado:
Incompatível

Fotossensibilidade: Não

Via de Administração: Endovenosa

Ação dermatológica: Nenhuma

Potencial emético: Baixo

Tempo de infusão: 60 minutos na primeira infusão, se bem tolerado, infusões subsequentes em 30 minutos.

 

MANIPULAÇÃO

Materiais                    

  • Luvas estéreis
  • Seringa 20 mL                    
  • Agulha 40×12                    
  • Equipo bomba padrão de acordo com o tempo de infusão            
  • Bolsa de soro                    
  • Frasco ampola de Atezolizumabe

                    

Modo de preparo:

Retire a solução reconstituída do frasco-ampola de acordo com a dose prescrita e transfira para a bolsa de infusão com equipo previamente preenchido. Misture o conteúdo da bolsa de infusão com movimentos oscilantes.    

            

Pré-medicação: Não necessária

                    

Extravasamento: Consultar em Classificação de Potencial Dermatológico e Conduta em caso de Extravasamento

                    

Ajustes para função hepática /renal: Não recomendado, segurança não avaliada em pacientes com comprometimento hepático e/ou renal.

    

Interações Medicamentosas:

Sem relevância clínica ou desconhecida. Corticosteroides sistêmicos ou imunossupressores antes do início de Atezolizumabe deve ser evitado devido à sua potencial interferência na atividade farmacodinâmica e na eficácia de Atezolizumabe. Porém, corticosteroides sistêmicos ou outros imunossupressores podem ser utilizados para tratar reações adversas imunorrelacionada após o início de Atezolizumabe.                

Reações Adversas:

Constipação, diminuição do apetite, náusea, tosse, dispneia, fadiga, dor abdominal, colite e pancreatite imunorrelacionada, insuficiência adrenal, diabetes melito, hipertireoidismo, hipofisite, hipotireoidismo, hepatite imunorrelacionada, síndrome de Eaton-Lambert; síndrome de Guillain-Barré, encefalite, meningite, miastenia grave, hematúria, infeção do trato urinário, doença pulmonar intersticial e pneumonite imunorrelacionada, febre, doença infecciosa, reação infusional.

                

Orientações Gerais:

Monitorar a função hepática, sintomas de hepatite e alterações na função da tireoide antes e periodicamente durante o tratamento. Monitorar a ocorrência das demais reações imunorrelacionada. Na maioria, as reações adversas imunorrelacionada que ocorreram durante o tratamento com Atezolizumabe foram reversíveis com a interrupção de Atezolizumabe e introdução de corticosteroides e/ou cuidados de suporte.    

        

Referências:

  1. Bula Tecentriq – Roche 05/2022
  2. MOC – Drogas 2022
  3. BC Cancer – 2019

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

AVELUMABE

 

Classe terapêutica: Anticorpo monoclonal anti PD-L1

 

Mecanismo de ação:
 Avelumabe liga-se ao PDL-1 e bloqueia sua interação com os receptores PD-1 e B7.1. Isto remove os efeitos supressores de PDL-1 sobre as células T citotóxicas CD8+, o que resulta na restauração das respostas antitumorais de células T. O avelumabe também mostrou induzir a lise das células tumorais mediada por células natural killer (NK) através da citotoxidade celular dependente de anticorpo (ADCC) in vitro.

 

Nomes comerciais: Bavencio

Temperatura de armazenamento: 2ºC a 8ºC, protegido da luz. Não congelar.

 

 

Reconstituição:

Diluente: Pronto para uso

Apresentação: 200 mg/10 mL

Concentração frasco: 20 mg/mL

Estabilidade: Diluição imediata

Diluição:

Diluente: SF 0,9 %

Volume: 250 mL

Concentração bolsa: 0,8mg/mL

Estabilidade: 24 hs 2 a 8ºC

 

Equipo: Bomba padrão com filtro 0,22 μ

PVC: Compatível

Soro glicosado:
Incompatível

Fotossensibilidade: Não

Via de Administração: Endovenosa

Ação dermatológica: Nenhuma

Potencial emético: Baixo

Tempo de infusão: 60 minutos.

 

MANIPULAÇÃO

Materiais                    

  • Luvas estéreis
  • Seringa 20 mL                    
  • Agulha 40×12                    
  • Equipo bomba padrão com filtro 0,22 μ             
  • Bolsa de soro                    
  • Frasco ampola de Avelumabe

                    

Modo de preparo:

Retire a solução reconstituída do frasco-ampola de acordo com a dose prescrita e transfira para a bolsa de infusão com equipo previamente preenchido. Misture o conteúdo da bolsa de infusão com movimentos oscilantes.    

Pré-medicação: Os pacientes devem ser pré-medicados com um anti-histamínico e com paracetamol antes das primeiras 4 infusões de avelumabe. Se a quarta infusão for completada sem uma reação relacionada à infusão, a pré-medicação para doses subsequentes deve ser administrada a critério do médico.                    

Extravasamento: Consultar em Classificação de Potencial Dermatológico e Conduta em caso de Extravasamento

                    

Ajustes para função hepática: Hepatite imunomediada, AST ou ALT > 3 e até 5 × LSN ou BT > 1,5 e até 3 × LSN, administrar 1 a 2 mg/kg/dia de prednisona ou equivalentes e suspender avelumabe até resolução da toxicidade a G0 ou G1; pode-se reintroduzir avelumabe após resolução e desmame de corticosteroides. Hepatite, AST ou ALT > 5 × LSN ou BT > 3 × LSN: administrar 1 a 2 mg/kg/dia de prednisona ou equivalentes e suspender avelumabe permanentemente.

 

Ajustes para função Renal: Disfunção renal imunomediada e nefrite, creatinina sérica > 1,5 e até 6 × LSN; administrar 1 a 2 mg/kg/dia de prednisona ou equivalentes e suspender avelumabe até resolução da toxicidade a G0 ou G1; pode-se reintroduzir avelumabe após resolução e desmame de corticosteroides. Disfunção renal imunomediada e nefrite, creatinina sérica > 6 × LSN; administrar 1 a 2 mg/kg/dia de prednisona ou equivalentes e suspender avelumabe permanentemente.

    

Interações Medicamentosas: Nenhum estudo de interação foi conduzido com avelumabe. O avelumabe é metabolizado primariamente por vias catabólicas. Portanto, não se espera que o avelumabe apresente interações medicamentosas farmacocinéticas com outros fármacos.        

 

Reações Adversas:

Fadiga, náuseas, diarreia, diminuição do apetite, constipação, reações relacionadas à infusão, diminuição do peso e vômito. Anemia, dispneia e dor abdominal. Infecções do trato urinário, linfopenia, hipotireoidismo, cefaleia, tonturas, neuropatia periférica, hipertensão, hipotensão, tosse, dispneia, boca seca, erupção cutânea, prurido, erupção cutânea maculopapular, pele seca, dor nas costas, artralgia, mialgia, fadiga, Pirexia, edema periférico, astenia, calafrios, doença semelhante à gripe. Aumento da gama-glutamiltransferase, aumento da fosfatase alcalina, aumento da amilase, aumento da lipase, aumento da creatinina sanguínea.

 

Orientações Gerais:

Pacientes devem ser monitorados quanto a alterações na função hepática e sintomas de hepatite imunomediada. Devem ser descartadas outras causas além da hepatite imunomediada. A maioria das reações adversas imunomediadas que ocorreram durante o tratamento com avelumabe foram reversíveis e controladas com a descontinuação temporária ou permanente de avelumabe, administração de corticosteroides e/ou cuidados de suporte.

 

Referências:

  1. Bula Bavencio – 2021
  2. MOC – Drogas 2022
  3. BC Cancer – 2019

BACILO DE CALMETTE-GUÉRIN

 

Classe Terapêutica:        Modulador da resposta biológica

            

Mecanismo de ação:    BCG é uma bactéria viva atenuada, Mycobacterium bovis, que exerce várias ações antitumorais, entre elas a indução de uma reação inflamatória local na bexiga, a ativação de histiócitos e a estimulação direta e indireta da resposta imune específica e não específica. A resposta inflamatória marcante promove a destruição das células tumorais, e a resposta imune antitumoral inclui a ativação dos linfócitos T e a liberação de citoquinas.

 

Nomes comerciais: Imuno BCG, Immucyst                     

Temperatura de armazenamento:    2º a 8ºC, protegido da luz                

                    

 

Reconstituição:

Diluente: SF 0,9 %

Volume: 3 mL

[ ] Ampola: 40 mg/3 mL

Estabilidade: Desprezar após uso

 

Diluição:                    

Diluente: SF 0,9%

Volume: qsp para 50 mL

[ ] Seringa: De acordo com dose prescrita

Estabilidade: 4 horas     2º a 8ºC, PL            

 

Equipo: Em seringa de 60 mL

PVC: Sem referência                    

Soro Glicosado: Não                

Fotossensibilidade: Não            

Via de Administração: Intravesical                

Potencial Emético: Nenhum                     

Tempo de Infusão: Instilação lenta                    

                

MANIPULAÇÃO

Materiais:                    

  • Luvas estéreis
  • Seringa 3 mL                    
  • Agulha 40x12mm                    
  • Seringa de 60 mL                    
  • Bolsa de soro de 100 mL                    
  • Ampola de Bacilo de Calmette-Guérin                    

 

Modo de preparo:                    

Ressuspenda a(s) ampola(s)em 50 ml de SF 0,9%:

– Bata levemente a ampola para que o liófilo se deposite no fundo da ampola;

– Envolva a ampola com o saco plástico que a acompanha, e quebre-a no ponto de ruptura;

– Retire o plástico lentamente, a fim de permitir que o ar penetre na ampola gradualmente;

– Injete lentamente pela parede da ampola 2 gotas do diluente, a fim de umedecer o liófilo. Em seguida, adicione um pouco mais do diluente, dedilhando a ampola até obter uma suspensão homogênea. Por fim, injete lentamente o restante do diluente (3 ml.). EVITE AGITAÇÃO VIGOROSA.

 

– Retire a quantidade necessária da ampola de acordo com a prescrição médica e transfira para uma seringa estéril e descartável de 50 ml. Adicione SF 0,9%, até o volume total de 50 ml. A suspensão deve ser homogênea e levemente opaca.

 

Pré-medicação: Não necessária                    

 

Ajustes para função hepática: Sem dados disponíveis                    

Ajustes para função renal: Sem dados disponíveis            

                    

Interações Medicamentosas:                    

BCG é sensível à quimioterapia antituberculose comumente usada tal como: estreptomicina, ácido paraminossalicílico, isoniazida, rifampicina e etambutol. Estudos de interação além dos relacionados acima não foram realizados. Em combinação com azatioprina, devido a uma resposta imune diminuída, pode resultar em risco maior para ocorrência de infecção. 2. Em combinação com ácido micofenólico, sirolimo, devido à supressão do sistema imune, pode resultar em resposta inadequada ao BCG. Em combinação com leflunomida, devido à imunossupressão causada, pode resultar em resposta inadequada ao BCG.                    

Reações Adversas:                    

Reação no local da injeção, exantema, linfadenopatia axilar ou cervical, disúria, hematúria, noctúria, poliúria polaciúria, estado gripal, lesão caseosa, micobacteriose disseminada, infecção por Mycobacterium bovis.                    

Orientações Gerais:                    

Administração: Instilar 50 ml de suspensão de IMUNO BCG assepticamente, através de sonda uretral, lentamente na bexiga vazia, tomando-se cuidado para nunca forçar o fluxo. No fim da instilação, a sonda uretral é removida, e o paciente é instruído para reter a suspensão na bexiga por 2 horas. Afim de garantir a maior eficiência do medicamento, procurar manter repouso pelo período de 15 minutos em cada uma das posições (bruços, costas, lado esquerdo, lado direito). Restrição de ingestão de fluido 3-6 horas antes da instilação pode ser recomendada para pacientes com capacidade limitada da bexiga. Como IMUNO BCG não é um material de risco biológico, a suspensão pode ser expurgada normalmente, não sendo necessárias precauções especiais.                    

                    

Referências:                    

1. Bula Imuno BCG – 07/2015

2. MOC- Drogas 2022

3. Bragalone D.L, Drug Information Handbook for Oncology, 12 Ed, Lexicomp, 2014    

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

BELIMUMABE

 

Classe Terapêutica:    Anticorpo monoclonal / antiangiogênico    

        

Mecanismo de ação: O estimulador de linfócitos B (BLyS, também chamado de BAFF e TNFSF13), um dos membros da família de ligantes do fator de necrose tumoral (TNF), inibe a apoptose das células B e estimula a diferenciação dessas células em plasmócitos produtores de imunoglobulina. O BLyS tem superexpressão nos pacientes com LES levando a elevados níveis plasmáticos de BLyS. Há forte associação entre a atividade do LES (segundo avaliação do Safety of Estrogen in Lupus Erythematosus National Assessment – Systemic Lupus Erythematosus Disease Activity Index [SELENA SLEDAI, ou Avaliação Nacional da Segurança do Estrógeno no Lúpus Eritematoso Sistêmico – Índice de Atividade da Doença Lúpus Eritematoso Sistêmico]) e as concentrações plasmáticas do BLyS. O belimumabe é um anticorpo monoclonal IgG1l totalmente humano que se liga especificamente ao BLyS solúvel humano e inibe sua atividade biológica. O belimumabe não se liga diretamente às células B, mas, pela ligação ao BLyS, inibe a sobrevida das células B, inclusive as autorreativas, e normaliza a diferenciação das células B em plasmócitos produtores de imunoglobulina.    

    

Nomes comerciais: Benlysta            

Temperatura de armazenamento:    2 °C e 8 °C. Não congelar.        

                    

 

Reconstituição:

Diluente: 120 mg com 1,5 ml AD / 400 mg com 4,8 ml AD

Apresentação: 120 mg e 400 mg

Concentração Frasco: 80 mg/mL    

Estabilidade: 8 horas de 2ºC a 8ºC, PL

Diluição:

Diluente: SF 0,9 %

Volume: Qsp 250 SF 0,9% (Retirar volume da bolsa igual o volume de Belimumabe)

Concentração Bolsa: 4mg/ml

Estabilidade: 8 horas (2ºC a 8ºC)

                

Equipo: Equipo BIC

PVC: Compatível            

Soro Glicosado: Incompatível            

Fotossensibilidade: Não            

Via de Administração: Endovenosa            

Ação dermatológica: Nenhuma            

Potencial Emético: Baixo            

Tempo de Infusão: 1 hora        

                    

MANIPULAÇÃO                    

Materiais:                    

  • Luvas estéreis                    
  • Seringa 20 mL                    
  • Agulha 40x12mm                    
  • Bolsa de soro                    
  • Equipo de bomba padrão                    
  • Frasco de Belimumabe + Diluente                    

                    

Modo de preparo: Faça a diluição do medicamento e após retire a quantidade necessária do frasco, de acordo com a prescrição médica e transfira para a bolsa de infusão, com equipo previamente preenchido. Misture o conteúdo da bolsa de infusão com movimentos oscilantes.                    

Pré-medicação: Não necessária.                    

 

Extravasamento: Consultar em Classificação de Potencial Dermatológico e Conduta em caso de Extravasamento

 

Ajustes para função hepática: Não há dados disponíveis                    

Ajustes para função renal: Não há dados disponíveis                    

                    

Interações Medicamentosas:                    

Não se realizaram estudos sobre interações medicamentosas de belimumabe. Em estudos clínicos sobre pacientes com LES, a administração concomitante de micofenolato mofetil, ciclofosfamida, azatioprina, hidroxicloroquina, metotrexato, anti-inflamatórios não-esteroidais, aspirina e inibidores da HMG-CoA redutase não teve efeito expressivo sobre as exposições ao belimumabe. A coadministração de esteroides e de inibidores da ECA resultou em aumento estatisticamente significativo da depuração sistêmica na população de análise Modelo de texto de bula – Profissional de saúde Benlysta 10 farmacocinética. No entanto, esses efeitos não tiveram significância clínica porque sua magnitude ficou dentro da faixa de variação normal de depuração.                 

                    

Reações Adversas:                    

Hipertensão, alopecia, síndrome mão-pé, prurido, boca seca, dor abdominal, constipação, diarreia, náusea, vômito, anorexia, estomatite, paladar alterado, hemorragia, astenia, tontura, cefaleia, proteinúria, dispneia, infecção do trato respiratório superior, epistaxe. Tromboembolismo arterial, insuficiência cardíaca congestiva, encefalopatia hipertensiva, infarto do miocárdio, cicatrização prejudicada, fascite necrosante; deiscência da ferida, hemorragia gastrintestinal, neutropenia febril, oclusão da artéria cerebral, infarto cerebral hemorrágico, ataque isquêmico transitório, pneumonia intersticial.

                    

Referências:                    

1. Bula Benlysta 05/2022                    

2. MOC- Drogas 2022;

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

BEVACIZUMABE

 

Classe Terapêutica:    Anticorpo monoclonal / antiangiogênico    

        

Mecanismo de ação: Está direcionado ao VEFG, promovendo sua neutralização. VEFG é um fator de crescimento pró-angiogênico superexpresso em uma extensa escala de tumores sólidos, incluindo o câncer colorretal. Assim, impede sua interação com receptores endoteliais. A ligação do VEFG a esses receptores inicia a angiogênese. Quando utilizado em câncer de colorretal, causa inibição de crescimento microvascular retardando a progressão metastática.    

    

Nomes comerciais: Avastin            

Temperatura de armazenamento:    2ºC a 8ºC, protegido da luz        

                    

 

Reconstituição:

Diluente: Pronto para uso

Apresentação: 400 mg/16 mL e 100 mg/4mL

Concentração Frasco: 25 mg/mL    

Estabilidade: 7 dias **    

Diluição:

Diluente: SF 0,9 %

Volume: 100 SF 0,9%

Concentração Bolsa: 1,4 e 16,5 mg/mL

Estabilidade:    24 horas (2ºC a 8ºC)    

 

** sala classificada e controle microbiológico.                

 

Equipo: Em infusão de 30 minutos Equipo Macro / Infusões de 60 e 90 minutos Equipo BIC

PVC: Compatível            

Soro Glicosado: Incompatível            

Fotossensibilidade: Não            

Via de Administração: Endovenosa            

Ação dermatológica: Nenhuma            

Potencial Emético: Baixo            

Tempo de Infusão:1ª infusão em 90 minutos, 2ª infusão em 60 minutos, se bem tolerada infusões subsequentes em 30 minutos.            

                    

MANIPULAÇÃO                    

Materiais:                    

  • Luvas estéreis                    
  • Seringa 20 mL                    
  • Agulha 40x12mm                    
  • Bolsa de soro                    
  • Equipo de bomba padrão     de acordo com o tempo de infusão                
  • Frasco de Bevacizumabe                    

                    

Modo de preparo: Retire a quantidade necessária do frasco, de acordo com a prescrição médica e transfira para a bolsa de infusão, com equipo previamente preenchido. Misture o conteúdo da bolsa de infusão com movimentos oscilantes.                    

 

Pré-medicação: Não necessária.                    

 

Extravasamento: Consultar em Classificação de Potencial Dermatológico e Conduta em caso de Extravasamento

Ajustes para função hepática: Não há dados disponíveis.                    

Ajustes para função renal: Não há dados disponíveis                    

                    

Interações Medicamentosas:                    

Combinação de bevacizumabe e sunitinibe: em dois estudos clínicos de carcinoma colorretal metastático (CCRm), foi relatada anemia hemolítica microangiopática (AHMA). Todos esses achados foram reversíveis com a descontinuação de bevacizumabe e maleato de sunitinibe.                    

                    

Reações Adversas:                    

Hipertensão, alopecia, síndrome mão-pé, prurido, boca seca, dor abdominal, constipação, diarreia, náusea, vômito, anorexia, estomatite, paladar alterado, hemorragia, astenia, tontura, cefaleia, proteinúria, dispneia, infecção do trato respiratório superior, epistaxe. Tromboembolismo arterial, insuficiência cardíaca congestiva, encefalopatia hipertensiva, infarto do miocárdio, cicatrização prejudicada, fascite necrosante; deiscência da ferida, hemorragia gastrintestinal, neutropenia febril, oclusão da artéria cerebral, infarto cerebral hemorrágico, ataque isquêmico transitório, pneumonia intersticial.

                    

Referências:                    

1. Bula Avastin 04/2022                    

2. MOC- Drogas 2022;

3. Bragalone D.L, Drug Information Handbook for Oncology, 12 Ed, Lexicomp, 2014.                    

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

BLEOMICINA

 

Classe Terapêutica: Antineoplásico, Antibiótico Antineoplásico    

        

Mecanismo de ação: é um glicopeptídeo derivado de culturas do fungo Streptomyces verticullus. Liga-se ao DNA da célula, impedindo sua síntese, e pode também impedir a síntese do RNA e proteínas. Agente específico de fase do ciclo celular (fases G – 2 e M).

                

Nomes comerciais: Bonar, Tevableo, Cinaleo, Tecnomicina            

Temperatura de armazenamento:    2º C a 8º C ao abrigo da luz e umidade        

                    

 

Reconstituição:                

Diluente: SF 0,9%

Volume: 5 mL

Concentração Frasco: 3 mg/mL

Estabilidade:    24 horas 15 a 25ºC    

Diluição:                    

Diluente: SF 0,9%

Volume: 100 mL

Concentração Bolsa: Sem recomendação

Estabilidade:    24 horas 15 a 25ºC

Obs: Cinaleo reconstituída é estável por 24hs sob refrigeração (2º C a 8 º C)                    

Equipo: Equipo Macro

PVC: Compatível            

Soro Glicosado: Incompatível            

Fotossensibilidade: Não            

Via de Administração: Endovenoso            

Ação dermatológica: Irritante             

Potencial Emético: Mínimo            

Tempo de Infusão: 10 minutos            

                    

MANIPULAÇÃO                    

Materiais                    

  • Luvas estéreis
  • Seringa 10 mL                    
  • Agulha 40x12mm                    
  • SF 0,9% 10 mL                    
  • SF 0,9% 100 mL                    
  • Equipo macro                    
  • Frasco ampola de Bleomicina

                    

Modo de preparo:                    

Injete 5mL de soro fisiológico no frasco-ampola de 15UI e agite até completa dissolução do pó. Retire a solução reconstituída do frasco-ampola de acordo com a dose prescrita e transfira para a bolsa de infusão de SF 0,9 % com equipo previamente preenchido. Misture o conteúdo da bolsa de infusão com movimentos oscilantes.                    

                    

Pré-medicação: Não necessária.                    

                

Extravasamento: Consultar em Classificação de Potencial Dermatológico e Conduta em caso de Extravasamento

 

Ajustes para função hepática: Não há dados disponíveis                    

Ajustes para função renal: Administrar 70% da dose se ClCr 40 a 50 mL/min; 60% se ClCr 30 a 40mL/min; 55% se ClCr 20 a 30 mL/min; 45% se ClCr 10 a 20 mL/min; 40% se ClCr 5 a 10 mL/min; sem correção se ClCr> 50 mL/min.                    

 

Interações Medicamentosas:                    

  • Contraindicado com Brentuximabe: Aumento de toxicidade pulmonar.
  • Fenitoína: provável diminuição dos níveis plasmáticos e da eficácia de fenitoína.
  • Digoxina: podem ocorrer alterações na mucosa intestinal; diminuição da absorção e do efeito desta.

                    

Reações Adversas:                    

Hiperqueratose nas mãos e unhas, hiperpigmentação da pele, prurido, alopecia, vesículas, rash cutâneo, eritema, danos às unhas, flacidez da pele, flebite, náuseas, vômitos, mucosite, estomatite, alteração no paladar, edema e eritema em mãos e pés; síndrome de Raynaud, hipotensão , dor torácica durante a infusão da medicação, acidente vascular cerebral, arteriosclerose coronariana, infarto agudo do miocárdio, reações idiossincráticas, reações semelhantes a anafilaxia: hipotensão, confusão mental, febre, calafrios, pneumonite e fibrose pulmonar.                    

                    

Orientações Gerais:                    

A toxicidade pulmonar causada pela Bleomicina parece ser relacionada à dose. Doses totais acima de 400 unidades provocam um aumento significativo desta toxicidade, e portanto, devem ser administradas com muito cuidado.                    

                    

Referências:                    

1. Bula Bonar Biossintética atualizada em Novembro de 2021;

2. Bula Cinaleo Meizler Biopharma S/A;                     

3. Bula Tevableo Teva;                    

4. Bula Tecnomicina Zodiac;                     

5. MOC- Drogas 2022;                     

6. Bragalone D.L, Drug Information Handbook for Oncology,12 Ed, Lexicomp, 2014.                    

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

BORTEZOMIBE

 

Classe Terapêutica: Antineoplásico Inibidor de Proteassoma

        

Mecanismo de ação: Inibe, de modo reversível, a atividade similar à da quimotripsina no proteassoma 26S, complexo enzimático que degrada proteínas ubiquitinadas, e regula a homeostase proteica no interior da célula. A inibição da proteólise desejada pode afetar no interior da célula a ativação de cascatas de sinalização. Essa interrupção dos mecanismos normais de homeostasia pode levar à morte celular.                    

Nomes comerciais: Velcade            

Temperatura de armazenamento: 15°C e 30°C, protegido da luz.        

                    

 

Reconstituição:                

Diluente: SF 0,9%

Volume: SC – 1,4 mL / EV – 3,5 mL

Conc. Frasco: SC – 2,5 mg/mL / EV – 1 mg/mL

Estabilidade:    8 horas no frasco original ou

3 horas na seringa em temperatura <25ºC.

Diluição:                    

Diluente: N/A

Volume: N/A

Concentração Bolsa: N/A    

Estabilidade:     N/A

 

        

Equipo: N/A

PVC: N/A            

Soro Glicosado: N/A            

Fotossensibilidade: Não            

Via de Administração: Subcutâneo/Endovenoso            

Ação dermatológica: Irritante            

Potencial Emético: Mínimo            

Tempo de Infusão: N/A, bolus            

                    

MANIPULAÇÃO                    

Materiais:                    

  • Luvas estéreis
  • Seringa 3 mL                    
  • Agulha 40x12mm                    
  • Agulha 13×4,5mm                    
  • SF 0,9% 10 mL                    
  • Tampa tipo macho                    
  • Frasco ampola de Bortezomibe

 

Modo de preparo:                

Subcutâneo: Injete 1,4 mL de soro fisiológico no frasco-ampola e agite até completa dissolução do pó. Retire a solução reconstituída do frasco-ampola de acordo com a dose prescrita e substitua a agulha 40x12mm por uma tampa tipo macho até a administração do mesmo, para administrar use uma agulha 13×4,5mm.

Intravenoso: Injete 3,5mL de soro fisiológico no frasco-ampola e agite até completa dissolução do pó. Retire a solução reconstituída do frasco-ampola de acordo com a dose prescrita e substitua a agulha 40x12mm por uma tampa tipo macho até a administração do mesmo, a administração será intravenosa em bolus.    

Pré-medicação: Não necessária.    

 

Extravasamento: Consultar em Classificação de Potencial Dermatológico e Conduta em caso de Extravasamento

            

Ajustes para função hepática: Caso insuficiência hepática moderada ou grave, iniciar com dose reduzida se BT > 1,5 x LSN (qualquer nível de AST); nos ciclos subsequentes aumentar ou reduzir a dose conforme tolerabilidade.                    

Ajustes para função renal: diálise pode reduzir as concentrações do bortezomibe; administrar pós-diálise.                

Interações Medicamentosas:                    

Inibidores da CYP3A4: cetoconazol, itraconazol, atazanavir, claritromicina, eritromicina, indinavir, nefazodona, nelfinavir, posaconazol, ritonavir, saquinavir, telitromicina, verapamil e voriconazol. Pode ocorrer aumento dos níveis e da toxicidade do bortezomibe.

Indutores da CYP3A4: aminoglutetimida, carbamazepina, nevirapina, oxcarbazepina, rifampicina, fenitoina e fenobarbital. Pode ocorrer diminuição dos níveis e da eficácia do bortezomibe.

                                

Reações Adversas:                    

Frequentes: Hipotensão, erupção cutânea, constipação, anorexia, diarreia, náusea, vômito, anemia, artralgia, dor óssea, mialgia, astenia, tontura, disestesia, cefaleia, insônia, parestesia, neuropatia periférica, transtorno mental, tosse, dispneia, infecção do trato respiratório inferior, febre.

Graves: ICC; doença cardíaca, necrólise epidérmica tóxica, neutropenia, trombocitopenia, insuficiência hepática aguda, angioedema, neuralgia pós-herpética, leucoencefalopatia multifocal progressiva, síndrome de leucoencefalopatia posterior reversível (raro), ataque isquêmico transitório, síndrome de angústia respiratória aguda (SARA), pneumonia intersticial, pneumonite aguda, síndrome de lise tumoral.                    

Orientações Gerais:                    

Como cada via de administração apresenta diferente concentração da solução reconstituída, deve-se ter cuidado no momento de calcular o volume a ser administrado.

Devem decorrer pelo menos 72 horas entre as administrações consecutivas de Bortezomibe.

Ocorreram casos fatais de administração inadvertida de bortezomibe pela via intratecal.                    

Referências:                    

1. Bula Bortezomibe Accord atualizada em Junho de 2021

2. MOC- Drogas 2022

3. Bragalone D.L, Drug Information Handbook for Oncology, 12 Ed, Lexicomp, 2014.                

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

CABAZITAXEL

 

Classe Terapêutica: Antineoplásico inibidor mitótico/Taxano

            

Mecanismo de ação: Rompe a rede microtubular das células. Cabazitaxel liga-se à tubulina e promove sua agregação em microtúbulos, enquanto simultaneamente inibe sua dissociação. Isso conduz à estabilização dos microtúbulos. O que resulta na inibição das funções de interfase e mitose.        

            

Nomes comerciais: Jevtana            

Temperatura de armazenamento:15°C e 30°C        

                    

 

Reconstituição:

Diluente: Próprio

Volume: 5,67 mL

Concentração Frasco: 10 mg/mL

Estabilidade:    01 h (Jevtana) e 1h30 (Proazitax) ambos 15°C à 25°C

 

Diluição:

Diluente: SF 0,9 % / SG 5%

Volume: 250 mL

Concentração Bolsa: 0,10 a 0,26 mg/mL

Estab: 8 hs 15°C à 30°C / 48 hs 2°C à 8°C (Jevtana) e 12 hs 15°C à 30°C / 60 hs 2°C à 8°C (Proazitax)

Equipo: PVC free com filtro 0,22 µ

PVC: Incompatível             

Soro Glicosado: Compatível            

Fotossensibilidade: Não            

Via de Administração: Endovenoso            

Ação dermatológica: Nenhuma        

Potencial Emético: Baixo            

Tempo de Infusão:60 minutos            

                    

MANIPULAÇÃO                    

Materiais                    

  • Luvas estéreis
  • Seringa 10 mL                    
  • Agulha 40x12mm                    
  • Equipo de bomba PVC free com filtro                    
  • Bolsa de soro                 
  • Frasco ampola de Cabazitaxel e diluente

                    

Modo de preparo:                    

Retire todo o conteúdo do diluente fornecido e injete-o lentamente no frasco-ampola, direcionando o líquido para a parede interna do frasco e misture manual e suavemente através de inversões repetidas do frasco-ampola, até que se obtenha uma solução límpida e homogênea (aproximadamente 45 segundos), deixe a solução em repouso por aproximadamente 5 minutos e verifique se está límpida e homogênea. Retire a solução reconstituída do frasco-ampola de acordo com a dose prescrita e transfira para a bolsa de infusão de SF 0,9 % com equipo previamente preenchido (ambos PVC free). Misture o conteúdo da bolsa de infusão com movimentos oscilantes.    

                

Pré-medicação: Cimetidina 300mg / Dexametasona 10 mg / Difenidramina 50 mg/Palonosetrona 0,25mg / Fosaprepitanto 150 mg

 

Extravasamento: Consultar em Classificação de Potencial Dermatológico e Conduta em caso de Extravasamento

        

Ajustes para função hepática: não utilizar quando AST e/ou ALT ≥ 1,5 × LSN ou BT ≥ LSN.                    

Ajustes para função renal: usar com cautela em pacientes com comprometimento renal severo.                    

Interações Medicamentosas:    

Inibidores da CYP3A4:  Carbamazepina, Fenitoína, fenobarbital e rifampicina podem diminuir os níveis e a eficácia do cabazitaxel. Aprepitanto, diltiazem, eritromicina, fluconazol e verapamil. Pode resultar em aumento na concentração plasmática do cabazitaxel. Se usados concomitantemente, monitorar o aumento da intensidade dos eventos adversos devido ao cabazitaxel.

        

Reações Adversas:                    

Anemia grau 3 ou 4; neutropenia febril; leucopenia grau 3 ou 4; neutropenia grau 3 ou 4; trombocitopenia; alopecia; constipação; diarreia, grau 3 ou 4; anorexia; náusea; vômito; dor nas costas; astenia; neuropatia periférica; hematúria; tosse; dispneia; fadiga; febre.    

                

Orientações Gerais:                    

Pré-medicar com difenidramina 50 mg, dexametasona 10 mg, e Cimetidina 300 mg, 30 min antes da infusão. Utilizar envase e dispositivos de infusão livre de PVC.                    

                    

Referências:                    

1. Bula Jevtana 2021

2. MOC- Drogas 2022

3. Bragalone D.L, Drug Information Handbook for Oncology,12 Ed, Lexicomp, 2014.                

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

CARBOPLATINA

 

Classe Terapêutica: Antineoplásico alquilante/ complexo de coordenação de platina.

            

Mecanismo de ação: pertence a uma segunda geração dos análogos de platina. Atua de forma similar aos agentes alquilantes e apresenta propriedades bioquímicas semelhantes às da cisplatina. Produz predominantemente ligações cruzadas intercadeias no DNA, alterando sua estrutura e inibindo sua síntese. Assim como a cisplatina, contém um átomo central de platina, no entanto, apresenta menor toxicidade renal, neurológica e gastrintestinal. Agente não específico de fase do ciclo celular.

                

Nomes comerciais: FauldCarbo (Libbs) / Blau (C-Platin)        

Temperatura de armazenamento: < 25ºC, protegido da luz        

                    

 

Reconstituição:                

Diluente: Pronto para uso    

Apresentação: 150 mg/15mL

Concentração Frasco: 10 mg/mL    

Estabilidade:    48 horas 15 a 25ºC, protegido da luz

Dose

Volume diluição

130 mg a 250 mg

250 mL

> 250 mg

500 mL

 

Diluição:                

Diluente: SF 0,9% ou SG 5%

Volume: De acordo com a dose (tabela ao lado)

*doses < 130 mg, calcular volume de diluição necessário.

Concentração Bolsa: entre 0,5 e 2mg/mL

Estabilidade: 24 horas 2 a 8ºC, PL (Libbs) e 24 horas 15º a 25ºC , PL (Blau)

 

Equipo: Equipo BIC

PVC: Compatível             

Soro Glicosado: Compatível             

Fotossensibilidade: Sim            

Via de Administração: Endovenoso            

Ação dermatológica: Irritante ³            

Potencial Emético: Moderado            

Tempo de Infusão: 30 min (AUC 2) ou 60 minutos (AUC>2)            

                    

MANIPULAÇÃO                    

Materiais                    

  • Luvas estéreis
  • Seringa 20 mL                    
  • Agulha 40x12mm                    
  • Equipo de bomba padrão                    
  • Bolsa de soro                
  • Frasco ampola de Carboplatina                    

 

 

Modo de preparo:

Retire a quantidade necessária do frasco, de acordo com a prescrição médica e transfira para a bolsa de infusão de soro, com equipo previamente preenchido. Misture o conteúdo da bolsa de infusão com movimentos oscilantes.                    

                    

Pré-medicação:                    

Dexametasona 10 mg / Granisetrona 3 mg ou Palonosetrona 0,25mg / Fosaprepitanto 150 mg

                    

Extravasamento: Consultar em Classificação de Potencial Dermatológico e Conduta em caso de Extravasamento

 

Ajustes para função hepática: não é necessário.    

Ajustes para função renal: a fórmula do AUC corrige automaticamente a dose de acordo com a função renal.                    

Interações Medicamentosas:                    

Varfarina: pode resultar em possível diminuição de ligação às proteínas ou do metabolismo desta, e risco aumentado de elevação do INR e sangramento.

Fenitoína: pode ocorrer a diminuição de sua absorção gastrintestinal e dos níveis séricos.

Amicacina, estreptomicina, gentamicina, netilmicina, tobramicina: pode ocorrer aumento do risco de ototoxicidade.                    

                    

Reações Adversas:                    

A principal toxicidade da Carboplatina é a supressão da medula óssea, manifestada pela trombocitopenia, leucopenia, anemia. A mielosupressão é relacionada à dose. Hipersensibilidade; perda visual inexplicável, distúrbios visuais, entre outras reações como alopecia; hipocalcemia; hipocalemia; hipomagnesemia; hiponatremia; dor abdominal; diarreia; náusea; vômito; anemia; leucopenia; neutropenia; trombocitopenia; fosfatase alcalina elevada; AST aumentado; ureia anormal; creatinina sérica elevada;                     

Orientações Gerais:                    

Recomenda-se diluir a Carboplatina em solução glicosada a 5% quando se pretende realizar infusão IV prolongada.                

Considerar para cálculo de dose, clearance de creatinina máximo 100mL/min (padronizado pela instituição), exceto em casos de hematologia. Em literatura é considerado clearance máximo de 125mL/min.     

                    

Referências:                    

1. Bula Fauldcarbo 04/2021

2. MOC- Drogas 2022

3. Bragalone D.L, Drug Information Handbook for Oncology, 12 Ed, Lexicomp, 2014.                

                    

 

 

 

 

 

 

 

CARFILZOMIBE

 

Classe Terapêutica: Inibidor de proteassoma.

            

Mecanismo de ação:
é um inibidor de proteassoma tetrapeptídeo epoxicetona com atividades pró-apoptótica e antiproliferativa em células de tumores sólidos e hematológicos através da ligação irreversível aos sítios ativos contendo treonina N-terminal do proteassoma 20S.

                

Nomes comerciais: Kyprolis®            

Temperatura de armazenamento: 2ºC a 8ºC, protegido da luz        

                    

 

Reconstituição:                

Diluente: 29 ml de AD    

Apresentação: 60 mg

Concentração Frasco: 2 mg/mL    

Estabilidade:    24 horas 2ºC a 8ºC, protegido da luz

 

Diluição:                

Diluente: SG 5%

Volume: 50 ou 100 ml (Mais utilizado 50 ml)

Concentração Bolsa: Entre 0,6 e 1,2 mg/mL

Estabilidade: 24 horas 2 a 8ºC ou 4 horas 15 a 30ºC

 

Equipo: Equipo Macro    

PVC: Compatível    

Soro Glicosado: Compatível             

Fotossensibilidade: Não        

Via de Administração: Endovenoso            

Ação dermatológica: Sem informação        

Potencial Emético: Baixo    

Tempo de Infusão: De 10 a 30 minutos conforme protocolo        

                    

MANIPULAÇÃO                    

Materiais                    

  • Luvas estéreis
  • Seringa 20 mL                    
  • Agulha 40x12mm                    
  • Equipo de                
  • Bolsa de soro glicosado                
  • Frasco de Carfilzomibe            
  • Frasco do diluente    

 

 

 

 

 

Modo de preparo:

Reconstituir o Carfilzomibe com 29 ml de AD, direcionando o jato diretamente para a parede do frasco. Não agitar! Retire a quantidade necessária do frasco, de acordo com a prescrição médica e transfira para a bolsa de infusão de soro glicosado, com equipo previamente preenchido. Misture o conteúdo da bolsa de infusão com movimentos oscilantes. O carfilzomibe não é compatível com SF 0,9%.                

                    

Pré-medicação:                    

Dexametasona 20mg EV

                    

Extravasamento: Consultar em Classificação de Potencial Dermatológico e Conduta em caso de Extravasamento

 

Ajustes para função hepática:
não é necessário ajuste de dose inicial em pacientes com insuficiência hepática basal leve ou moderada.    

Ajustes para função renal:
nenhum ajuste de dose inicial é necessário para pacientes com insuficiência renal basal.     

                    

Interações Medicamentosas:                    

Como carfilzomibe é primariamente metabolizado via epóxido hidrolase e peptidase, desconhece-se se o perfil farmacocinético é afetado pela administração concomitante de inibidores ou indutores da CYP3A4. Acredita-se que o carfilzomibe não sofra influência da exposição a outros fármacos.                

                    

Reações Adversas:    Frequentes:
Edema periférico, constipação, diarreia, náusea, vômito, anemia, linfocitopenia, neutropenia, trombocitopenia, dor nas costas, cefaleia, creatinina sérica elevada, tosse, dispneia, infecção do trato respiratório superior, fadiga, febre. Sérias: Parada cardíaca; isquemia do miocárdio, neutropenia graus 3 e 4, trombocitopenia graus 3 e 4, AST elevado graus 3 e 4, insuficiência hepática, neuropatia periférica, IRA; IR; creatinina sérica elevada graus 3 e 4, dispneia graus 3 e 4, síndrome da lise tumoral.

                

Orientações Gerais:                    

O equipo e o cateter de administração IV devem ser lavados com solução salina ou com solução de glicose 5% imediatamente antes e após a administração de KYPROLIS. 1º ciclo: hidratação oral de 30 mL/kg/dia pelo menos 48 horas antes de iniciar o 1º ciclo, além de 250-500mL de hidratação IV antes (recomendado) e depois (se necessário) de cada dose; ciclos subsequentes: continuar com hidratação oral ou parenteral conforme necessidade

                    

Referências:                    

1. Bula Kyprolis 10/2021

2. MOC- Drogas 2022

        

 

 

 

 

CARMUSTINA

 

Classe Terapêutica: Agente alquilante / Nitrossoureia

            

Mecanismo de ação: sua ação citotóxica é mediada através de seus metabólitos, que inibem várias enzimas envolvidas com a formação do DNA. É também responsável pela quebra nas cadeias do DNA, ocasionando interferência na síntese do DNA, RNA e proteínas. Agente não específico de fase do ciclo celular.

    

Nomes comerciais: Becenum, Nibisnu            

Temperatura de armazenamento:2º C a 8º C        

                    

 

Reconstituição:                

Diluente: Próprio + AD

Volume: 3 mL + 27 mL – reconstituir com 3 mL do diluente e acrescentar 27 mL de AD     

[ ] Frasco: 3,33mg/mL

Estabilidade:    24 hs, protegido da luz    

Diluição:                    

Diluente: SF 0,9% ou SG5%

Volume:500 mL

[ ] Bolsa: de acordo com a dose

Estabilidade:    8hs TA ou 24hs refrigerado + 6hs TA, protegido da luz    

 

    

Equipo: Bomba PVC free fotossensível

PVC: Incompatível             

Soro Glicosado: Compatível             

Fotossensibilidade: Sim, bolsa coberta            

Via de Administração: Endovenoso            

Ação dermatológica: Irritante        

Potencial Emético: Moderado (<= 250mg) / Alto (> 250mg)            

Tempo de Infusão: 120 min            

                    

MANIPULAÇÃO                    

Materiais                    

  • Luvas estéreis
  • Seringa 20 mL                    
  • Agulha 40x12mm                    
  • Equipo de bomba PVC Free fotoprotetor                    
  • Bolsa de soro                
  • Frasco ampola de Carmustina
  • Diluente e AD    

                    

Modo de preparo:

 

Dissolver a carmustina completamente com 3 mL de diluente estéril e em seguida acrescentar 27 mL de água estéril para injeção à solução alcoólica (o volume final do medicamento preparado será de 30 mL). Retire a quantidade necessária do frasco, de acordo com a prescrição médica e transfira para a bolsa de infusão de soro, com equipo previamente preenchido. Misture o conteúdo da bolsa de infusão com movimentos oscilantes. Descartar luvas após manipulação. Os frascos armazenados e contendo a solução reconstituída e armazenados sob refrigeração devem ser examinados quanto à formação de cristais antes do seu uso. Se forem observados cristais, estes podem ser novamente dissolvidos aquecendo-se o frasco a temperatura ambiente com agitação.    

            

Pré-medicação:                    

Dexametasona 10 mg / Granisetrona 3 mg ou Palonosetrona 0,25mg / Fosaprepitanto 150 mg            

Extravasamento: Consultar em Classificação de Potencial Dermatológico e Conduta em caso de Extravasamento

                    

Ajustes para função hepática: Pode ser necessário, mas não está estabelecido. Deve ser ajustada de acordo com o monitoramento de suas respectivas funções.

                    

Ajustes para função renal: ClCr 46 a 60 mL/min: administrar 80% da dose; ClCr 31 a 45 mL/min: 75% da dose; ClCr ≤ 30 mL/min: contraindicada.                    

                    

Interações Medicamentosas:                    

  • Associada à cimetidina, pode ocorrer inibição do metabolismo da carmustina; com provável aumento da toxicidade, em especial a mielotoxicidade. Evitar o uso concomitante. Se associadas, considerar ajuste de dose da carmustina.
  • Com digoxina, pode provocar alterações na mucosa intestinal e diminuição da absorção e do efeito desta. Recomendam-se monitorar os níveis da digoxina e ajustar a dose, se necessário.
  • Com Fenitoína, pode ocorrer diminuição da absorção ou aumento do metabolismo e/ou diminuição da eficácia desta. Monitorar os níveis de fenitoína durante e após a terapia com carmustina e ajustar a dose, se necessário. Em algumas situações, considerar o uso de fenitoína injetável.                    

Reações Adversas:                    

Hipotensão devido ao diluente alcoólico; desconforto no peito; rubor (infusão rápida); taquicardia; reações no local da injeção (queimação, eritema, necrose, dor, inchaço); náusea e vômito (,, relacionado à dose); leucopenia e trombocitopenia (comum); anemia; malignidades secundárias após terapia de longo prazo com nitrossoureias (LA, displasias da medula óssea); nível aumentado reversível de fosfatase alcalina, transaminases e bilirrubina; doença veno-oclusiva (raro em terapia de dose alta, > 200 mg/m²); ataxia; tontura; cefaleia; derrame conjuntival; diminuição do tamanho do rim; azotemia progressiva; comprometimento renal (doses altas cumulativas após terapia prolongada com carmustina); pneumonite (dose alta); Infiltrado e/ou fibrose pulmonar.                    

 

Orientações Gerais:    

Utilizar somente recipientes de vidro para a preparação e a administração. As soluções de reconstituição e de infusão devem ser protegidas da luz.

                    

Referências:                    

1. Bula NIBISNU® 05/2022

2. MOC- Drogas 2022

3. BC Cancer Extravasation Hazard Table 2014 revised 2018

4. Bragalone D.L, Drug Information Handbook for Oncology, 12 Ed, Lexicomp, 2014            

 

 

 

CETUXIMABE

 

Classe Terapêutica:    Anticorpo monoclonal / antiangiogênico    

 

Mecanismo de ação: Cetuximabe liga-se especificamente à parte extracelular do EGFR e, por competição, inibe a ligação de EGF e de outros ligantes. Cetuximabe bloqueia a fosforilação e ativação das quinases associadas ao receptor, o que resulta em inibição do crescimento celular, indução da apoptose e decréscimo da produção de VEGF.        

                    

Nomes comerciais: Erbitux                    

Temperatura de armazenamento:    2ºC a 8ºC        

                    

 

Reconstituição:                

Diluente: Pronto para uso

Volume: 500 mg/100mL ou 100 mg/20mL

[ ] Frasco: 5 mg/mL

Estabilidade:7 dias ** 2ºC a 8ºC

** Sala classificada e controle microbiológico.

Diluição:                    

Diluente: Não necessita de diluição (bolsa vazia)

Volume: N/A

[ ] Bolsa: 5 mg/mL    

Estabilidade:    24 hs 2ºC a 8ºC            

 

                    

Equipo: Equipo BIC

PVC: Compatível            

Soro Glicosado: Incompatível            

Fotossensibilidade: Não                

Via de Administração: Endovenosa            

Ação dermatológica: Nenhuma        

Potencial Emético: Mínimo                    

Tempo de Infusão: 1ª infusão em 120 minutos, infusões subsequentes em 60 min.                

MANIPULAÇÃO                    

Materiais:                    

  • Luvas estéreis                    
  • Seringa 20 mL                    
  • Agulha 40x12mm                    
  • Bolsa de SF 0,9% vazia                    
  • Equipo de bomba padrão     (BIC)                
  • Frasco de Cetuximabe                    

                    

Modo de preparo:                    

Retire a quantidade necessária do frasco, de acordo com a prescrição médica e transfira para a bolsa vazia de SF 0,9 %, com equipo previamente preenchido.

                

Pré-medicação: Pré medicar com Difenidramina 50 mg e Dexametasona 20 mg, 20 minutos antes.    

 

Extravasamento: Consultar em Classificação de Potencial Dermatológico e Conduta em caso de Extravasamento

 

                    

Ajustes para função hepática: Não necessário

Ajustes para função renal: Não necessário                    

                    

Interações Medicamentosas:

Em associação com capecitabina e oxaliplatina (XELOX), a frequência da diarreia grave pode estar aumentada.

Em combinação à radioterapia local nas áreas da cabeça e do pescoço, efeitos indesejáveis típicos da radioterapia foram adicionais (mucosite, dermatite por radiação, disfagia, leucopenia, apresentando-se principalmente como linfocitopenia).

Em combinação com quimioterapia baseada em platina, as frequências de leucopenia ou neutropenia graves podem estar aumentadas.

Em combinação com as fluoropirimidinas, a frequência de isquemia e síndrome mão-pé (eritrodisestesia palmo-plantar) podem estar aumentadas.                    

                    

Reações Adversas:                    

Comuns: reações cutâneas (> 80%), pele ressecada, prurido, hipomagnesemia, diminuição de peso, obstipação, diarreia, náusea, neutropenia, doenças infecciosas, astenia, cefaleia, neuropatia sensorial, dispneia, fadiga, dor, conjuntivite, aumento nos níveis enzimáticos hepáticos (AST, ALT, fosfatase alcalina);

Graves: morte súbita, abcesso, erupção acneiforme graus 3 e 4, hipomagmesemia, leucopenia e neutropenia graus 3 e 4.

 

Orientações Gerais:                    

Cetuximabe deve ser administrado sob a supervisão de um médico com experiência na administração de medicamentos antineoplásicos. É necessário um monitoramento minucioso durante a infusão e por pelo menos uma hora após seu término. Deve ser assegurada a disponibilidade de equipamento para reanimação.    

Monitorar nível sérico de magnésio regularmente durante o tratamento. A combinação de Cetuximabe com quimioterapia contendo oxaliplatina é contraindicada em pacientes com câncer colorretal metastático (CCRm) RAS mutado com base nos testes disponíveis ou cujo status RAS seja desconhecido. 

 

 

Referências:                    

1. Bula Erbitux 06/2022                    

2. MOC- Drogas 2022

3. Bragalone D.L, Drug Information Handbook for Oncology, 12 Ed, Lexicomp, 2014.                    

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

CICLOFOSFAMIDA

 

Classe Terapêutica: Antineoplásico Alquilantes/ Mostrada nitrogenada.    

        

Mecanismo de ação: Ciclofosfamida (pró-fármaco) após ativação pelas enzimas microssomais hepáticas aos metabólitos citotóxicos, mostarda fosforamida e acroleína, forma ligações cruzadas com o DNA das células tumorais e, como a célula continua sua síntese de RNA e proteínas, ocorre um desiquilíbrio, levando a célula a morte. Ação imunossupressora. Agente não especifico da fase do ciclo celular, ativo em todas as fases deste. É dialisável. Atravessa parcialmente as barreiras hematoencefálicas e placentárias.        

 

Nomes comerciais: Genuxal            

Temperatura de armazenamento: Comprimido: 2° a 8° C / Pó extemporâneo: 15 a 25°C        

                    

 

Reconstituição:

Diluente: SF 0,9 %

Volume: 200 mg em 10 mL / 1000 mg em 50 ml

[ ] Frasco: 20 mg/mL

Estabilidade:    24 horas 15 a 25°C / 6 dias -2 a 8°C     

Diluição:

Diluente: SF 0,9 %

Volume: 250 mL

[ ] Bolsa: mínimo 2mg/mL            

Estabilidade: 24 horas 15 a 30°C    

 

 

Equipo: Equipo Macro
30 minutos / Acima de 30 minutos Equipo BIC

PVC: Compatível            

Soro Glicosado: Compatível            

Fotossensibilidade: Não            

Via de Administração: Endovenoso/ intramuscular /oral            

Ação dermatológica: Irritante ³            

Potencial Emético: Moderado            

Tempo de Infusão: De 30 a 120 minutos            

                    

MANIPULAÇÃO

Materiais:                    

  • Luvas estéreis                    
  • Seringa 20 mL                    
  • Agulha 40x12mm                    
  • SF 0,9% para reconstituição                    
  • Equipo de bomba padrão     de acordo com o tempo de infusão                
  • SF 0,9% 250 mL                     
  • Frasco ampola de Ciclofosfamida

                    

Modo de preparo:                    

Injete 50mL de SF 0,9% no frasco-ampola de 1000 mg e/ou 10mL de SF 0,9% no frasco-ampola de 200 mg e agite vigorosamente até completa dissolução do pó. Retire a solução reconstituída do frasco-ampola de acordo com a dose prescrita e transfira para a bolsa de infusão de SF 0,9 % com equipo previamente preenchido. Misture o conteúdo da bolsa de infusão com movimentos oscilantes.                    

 

 

Pré-medicação:                    

Dexametasona 10 mg / Granisetrona 3 mg ou Palonosetrona 0,25mg / Fosaprepitanto 150 mg                    

Extravasamento: Consultar em Classificação de Potencial Dermatológico e Conduta em caso de Extravasamento

            

Ajustes para função hepática: BT 3,1 a 5,0 mg/dL ou transaminases > 3 x LSN: administrar 75 % da dose usual; BT > 5,0/dL: contraindicado.    

                

Ajustes para função renal: ClCr < 10 mL/min: administrar 75 % da dose. Como a ciclofosfamida é moderadamente dialisável, administrar 50 % da dose pós-hemodiálise ou 75 % da dose em CAPD.    

                    

Interações Medicamentosas:                    

– Imunossupressores – podem aumentar o risco de infecção e desenvolvimento de neoplasias. Atenção especial a paciente com sistema imunológico debilitados, como pacientes portadores de diabetes, problemas de rins e fígado.

– Fenobarbital – a velocidade do metabolismo e a atividade leucopênica da ciclofosfamida são aumentadas pela administração crônica de altas doses de fenobarbital.

 

Reações Adversas:                    

Leucopenia, trombocitopenia, anemia; anorexia, náuseas, vômitos, mucosite oral; amenorréia, azoospermia; insuficiência cardíaca congestiva (ICC), cardiotoxicidade.

 

Orientações Gerais:                    

A terapia com ciclofosfamida só deve ser iniciada 4 a 8 dias após cirurgia.

Não partir nem triturar os comprimidos, deve ser ingerido inteiro com água, durante ou após as refeições.

Uso de luvas para o manuseio.

Dosagens altas (acima de 10 mg/kg) devem ser sempre acompanhadas de uma vigorosa hidratação endovenosa, alopurinol, bicarbonato de sódio e mesna para proteção vesical; o controle da diurese e da hematúria através de fitas reagentes é indispensável.

Aumentar a ingestão de água durante o tratamento.

                    

Referências:                    

1. Bula Genuxal Baxter 07/2021

2. MOC- Drogas 2022

3. Bragalone D.L, Drug Information Handbook for Oncology, 12 Ed, Lexicomp, 2014.

4. BC cancer acesso 09.12.2015

                    

 

 

 

 

 

 

 

 

 

CISPLATINA

 

Classe Terapêutica: Antineoplásico alquilantes/ complexo de coordenação de platina.

            

Mecanismo de ação: Complexo de metal pesado que contém um átomo central de platina. Após hidrólise na célula, o metabólito produz ligações cruzadas intrafilamento e interfilamento no DNA, interferindo com sua síntese e função, e também inibindo a transcrição. Apresenta propriedades semelhantes aos agentes alquilantes. Agente não especifico de fase do ciclo celular. Não atravessa facilmente a barreira hematoencefálicas. É eliminada parcialmente pela hemodiálise.                    

 

Nomes comerciais: C-Platin®, Fauldcispla®, Cisplatina genérico            

Temperatura de armazenamento: 15 a 25ºC, protegido da luz        

                    

 

Reconstituição:                

Diluente: Pronto para uso

Apresentação:50 mg/50mL e 100mg/100mL

[ ] Frasco: 1 mg/mL

Estabilidade:    28 dias    – 20ºC a 25ºC, PL (Libbs) ou 28 dias – 15ºC a 30ºC, PL(Blau)    

 

Diluição:

Diluente: SF 0,9 %

Volume:100 a 1000 mL        

[ ] Bolsa: N/A        

Estabilidade:24 horas – 15ºC a 25ºC, PL ou 6 horas 15ºC a 25ºC, sem PL (Libbs) ou 8 horas 15ºC a 30ºC, PL (Blau)

                    

Equipo: Equipo BIC

PVC: Compatível            

Soro Glicosado: Incompatível            

Fotossensibilidade: Sim, após 6 horas de manipulação, cobrir bolsa e equipo bomba fotossensível

Via de Administração: Intravenosa            

Ação dermatológica: Irritante < 0,4mg/mL / Vesicante > 0,4mg/mL            

Potencial Emético: Alto            

Tempo de Infusão: 60 a 120 minutos            

                    

MANIPULAÇÃO                    

Materiais                    

  • Luvas estéreis
  • Seringa 20 mL ou 60 mL                    
  • Agulha 40x12mm                    
  • Equipo de bomba padrão     (BIC)                
  • Bolsa de SF 0,9%                    
  • Frasco ampola de Cisplatina

                    

Modo de preparo:                    

Retire a quantidade necessária do frasco, de acordo com a prescrição médica e transfira para a bolsa de infusão de SF 0,9 %, com equipo previamente preenchido. Misture o conteúdo da bolsa de infusão com movimentos oscilantes.                    

                    

Pré-medicação:    

– Hidratação com 1000 mL SF0,9% com Cloreto de potássio 10mL, Gluconato de Cálcio 10mL e Sulfato de magnésio 10mL                

– Cimetidina 300mg / Dexametasona 10mg / Granisetrona 3mg ou Palonosetrona 0,25mg / Fosaprepitanto 150mg

– Manitol 250 mL concomitante                    

    

Extravasamento: Consultar em Classificação de Potencial Dermatológico e Conduta em caso de Extravasamento

        

Ajustes para função hepática: não é necessário    

Ajustes para função renal: se ClCr> 60 mL/min ao término do ciclo, administrar 100% da dose no ciclo seguinte; se 40 a 59 mL/min, administrar 50% da dose; se < 40 mL/min, omitir a dose da cisplatina. Se, ao final do ciclo, ClCr permanecer < 40 mL/min, descontinuar a cisplatina; se ficar entre 40 e 60 mL/min, reduzir a dose em 50% no ciclo seguinte.    

                

Interações Medicamentosas:                    

– Com furosemida, pode haver risco aumentado de ototoxicidade e/ou nefrotoxicidade. Administrar furosemida em doses baixas e com balanço hídrico positivo. Se associadas, monitorar a função renal e auditiva.

– Com aminoglicosídeos pode haver risco aumentado de nefrotoxicidade. Usar com cautela durante ou logo após a terapia com cisplatina e se associados, monitorar a função renal.

– Com fenitoína, aumento do metabolismo desta com provável diminuição de seu nível sérico. Monitorar os níveis séricos durante e após a terapia com cisplatina e ajustar a dose, se necessário.

– Com carbamazepina, diminuição da absorção ou aumento da eliminação desta, com provável diminuição de seu nível sérico. Monitorar os níveis de anticonvulsivantes quando carbamazepina for associada e considerar o aumento de dose.                    

                    

Reações Adversas:                    

Anemia, leucopenia, trombocitopenia, nefrotoxicidade, ototoxicidade, mielossupressão, distúrbios eletrolíticos séricos, hiperuricemia, encefalopatia, neuropatia, toxicidade ocular, náuseas e vômitos, hepatotoxicidade.                    

                    

Orientações Gerais:                    

Recomenda-se a pré-hidratação com 1 a 2 L EV (acrescidos de 30 mL de MgSO4 10%) para garantir uma diurese de 100 a 150 mL/h, e para estimular a diurese, prescrever 12,5 a 50 g de manitol (em média 37,5g).                    

Referências:                    

1. Bula Fauldcispla 01/2021

2. MOC- Drogas 2022

3. Bragalone D.L, Drug Information Handbook for Oncology, 12 Ed, Lexicomp, 2014.                

 

 

 

 

 

 

 

 

 

CITARABINA

 

Classe Terapêutica:    Antineoplásico Antimetabólito/ Análogo de pirimidina

            

Mecanismo de ação: Análogo da desoxicitidina que requer ativação intracelular para a formação do metabólito de nucleotídeo Ara-CTP, que bloqueia a síntese e função do DNA e inibe a DNA polimerase. O Ara-CTP inibe a em-enzima ribonucleotídeoredutase, resultando em níveis reduzidos de desoxirribonucleotídeos essenciais para a síntese e função do DNA. Atua sobre a fase S e, sob certas condições, bloqueia a progressão das células da fase G1 para a fase S. Agente específico de fase do ciclo celular. Metabolismo no fígado. Atravessa a barreira hematoencefálicas. Não é ativa por via oral.    

 

Nomes comerciais: Fauldcita            

Temperatura de armazenamento:    Temperatura ambiente (15°C a 25°C), protegido da luz        

                    

 

Reconstituição:                

Diluente: Pronto para uso

Apresentação: 500mg/5ml

[ ] Frasco: 100mg/ml

Estabilidade:    Desprezar após o uso    

 

Diluição:

Diluente: SF 0,9% / SG 5%

Volume: > 50mL

[ ] Bolsa: N/A

Estabilidade:    24h 15° a 25°C

 

Equipo: Equipo BIC

PVC: Compatível            

Soro Glicosado: Compatível            

Fotossensibilidade: Sim            

Via de Administração: Endovenoso, intratecal            

Ação dermatológica: Nenhuma            

Potencial Emético: Moderado se>200 mg/m2 / Baixo se < 200 mg/m2            

Tempo de Infusão:1 a 2 horas            

                    

MANIPULAÇÃO

Materiais                    

  • Luvas estéreis
  • Seringa 20 mL                    
  • Agulha 40x12mm                    
  • Equipo de bomba padrão     (BIC)                
  • Bolsa de soro                
  • Frasco ampola de Citarabina                    

 

Modo de preparo:                    

Retire a quantidade necessária do frasco, de acordo com a prescrição médica e transfira para a bolsa de infusão, com equipo previamente preenchido. Misture o conteúdo da bolsa de infusão com movimentos oscilantes.                    

                    

Pré-medicação: de acordo com a dose                    

Dexametasona 10 mg / Granisetrona 3 mg ou Palonosetrona 0,25mg / Fosaprepitanto 150 mg                    

            

Extravasamento: Consultar em Classificação de Potencial Dermatológico e Conduta em caso de Extravasamento

 

Ajustes para função hepática: considerar redução inicial da dose em 50% se BT ≥ 2 mg/dL e aumentar conforme tolerância.    

                

Ajustes para função renal: na terapia de dose alta, sugere-se ajuste de dose para minimizar a neurotoxicidade; se ClCr> 60 mL/min, administrar 100% da dose; se 46-60 mL/min, administrar 60% da dose; se 31-45 mL/min, administrar 50% da dose; e se < 30 mL/min, descontinuar a citarabina e considerar terapia alternativa.                    

                    

Interações Medicamentosas:                    

– Quinolonas orais, pode ocorrer alterações na mucosa intestinal e diminuição da absorção e da eficácia das quinolonas. Monitorar a resposta a estas e ajustar a dose, se necessário.

– Digoxina, pode ocorrer alterações na mucosa intestinal e nos níveis plasmáticos desta. Monitorar os níveis plasmáticos da digoxina e ajustar a dose, se necessário. -Se administrada via intravenosa concomitantemente com metotrexato via intratecal pode aumentar o risco de reações adversas neurológicas severas como dor de cabeça, paralisia, coma e episódios semelhantes a AVC.                

Reações Adversas:                    

Tromboflebite, erupção cutânea, hiperuricemia, inflamação anal, diarreia, anorexia, náusea e vômito, estomatite, úlcera anal, mucosite, diminuição na contagem de reticulócitos; anemia megaloblástica, diminuição da função hepática, febre, anemia, sangramento, leucopenia, trombocitopenia, anafilaxia, neuropatia, retenção urinária, disfunção renal, doenças infecciosas, sepse, dor abdominal, mialgia.                    

Orientações Gerais:                    

Doses altas podem ser aplicadas através de bomba de infusão sem diluição.                     

Referências:                    

1. Bula Fauldcita 07/2021

2. MOC- Drogas 2022

3. Bragalone D.L, Drug Information Handbook for Oncology, 12 Ed, Lexicomp, 2014.                    

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

CLADRIBINA

 

Classe Terapêutica:    Antimetabólito/análogo de purina.

            

Mecanismo de ação:    análogo da purina desoxiadenosina, cladribina seletivamente destrói os linfócitos e monócitos, malignos ou não, que apresentam grande quantidade de desoxicitidina quinase mas pequena quantidade de desoxinucleotidase. O fármaco entra passivamente através da membrana celular, é fosforilado pela desoxicitidina quinase para 2-cloro-2-desoxi-b-D-adenosina monofosfato (2-CdAMP), que é metabolizado na forma 5-trifosfato (CdATP), a suposta espécie ativa, que se incorpora ao DNA e inibe sua síntese e função. A cladribina é tóxica tanto para os monócitos e linfócitos que se dividem ativamente quanto para os inativos, permitindo a morte das células “pilosas” que estão frequentemente em fase de quiescência. Agente não específico de fase do ciclo celular.

 

Nomes comerciais: Leustatin        

Temperatura de armazenamento:    De 2ºC a 8ºC, protegido da luz        

                    

 

Reconstituição:                

Diluente: Pronto para uso

Apresentação: 8mg/ml e 10mg/ml

[ ] Frasco: 1mg/ml

Estabilidade:    8 horas, 2ºC a 8ºC, PL

 

Diluição:

Diluente: SF 0,9%

Volume: 100 ml a 500 ml

[ ] Bolsa: 0,08 a 0,1mg/ml ou 0,1 a 50mg/ml

Estabilidade:    24h 2ºC a 8ºC ou 15º a 30ºC

Equipo: Bomba PVC free com filtro 0,22 µ

PVC: Compatível            

Soro Glicosado: Incompatível            

Fotossensibilidade: Não            

Via de Administração: Endovenoso            

Ação dermatológica: Não consta        

Potencial Emético: Mínimo

Tempo de Infusão: 24 horas            

                    

MANIPULAÇÃO

Materiais                    

  • Luvas estéreis
  • Seringa 20 mL                    
  • Agulha 40x12mm                    
  • Equipo de bomba PVC free com filtro 0,22 µ                
  • Bolsa de soro                
  • Frasco ampola de Cladribina                    

 

Modo de preparo:                    

Retire a quantidade necessária do frasco, de acordo com a prescrição médica e transfira para a bolsa de infusão, com equipo previamente preenchido. Misture o conteúdo da bolsa de infusão com movimentos oscilantes.        

Pré-medicação: Dexametasona 10mg

Extravasamento: Consultar em Classificação de Potencial Dermatológico e Conduta em caso de Extravasamento

    

Ajustes para função hepática:
sem dados disponíveis; usar com cautela.

                

Ajustes para função renal:    adiar ou descontinuar na ocorrência de toxicidade renal.        

                    

Interações Medicamentosas: Cuidados devem ser tomados se cladribina for administrada em sequência ou em conjunto com outros medicamentos que conhecidamente causam mielossupressão. Após a administração de cladribina, devem ser tomados cuidados antes da administração de outras terapias imunossupressoras ou mielossupressoras. Devido ao risco aumentado de infecções nos casos de imunossupressão com quimioterapia, incluindo cladribina, não é recomendado administrar vacinas de vírus vivos atenuados para pacientes tratados com cladribina.

                

Reações Adversas:    Frequentes:
exantema, náusea, cefaleia, fadiga, febre. Sérias: eritema multiforme; síndrome de Stevens-Johnson; necrólise epidérmica tóxica, anemia severa neutropenia febril; neutropenia grave; trombocitopenia grave, doenças infecciosas; infecções oportunistas, neurotoxicidade, nefrotoxicidade.                

Orientações Gerais:    Monitorar os pacientes quanto aos sinais de infecção, pois apresentam um risco aumentado às infecções oportunistas, incluindo herpes, fungos e Pneumocystis carinii.                

                

Referências:                    

1. Bula Leustatin 2021

2. MOC- Drogas 2022

3. Guia Oncológico Einstein 2013

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

DACARBAZINA

 

Classe Terapêutica: Antineoplásico Alquilante/ Triazeno    

        

Mecanismo de ação: Alquilante não clássico, inicialmente desenvolvido como um antimetabólito de purina, porém sua atividade antitumoral não é mediada via inibição da biossíntese de purinas. A ativação metabólica é requerida para a atividade antitumoral. Adicionalmente, liga-se aos grupos sulfidrila das proteínas. Dacarbazina inibe a síntese do DNA e RNA. Agente não específico da fase do ciclo celular.        

 

Nomes comerciais: Fauldacar (Libbs), Dacarb (Eurofarma)

Temperatura de armazenamento:    2ºC a 8ºC, protegido da luz        

                    

 

Reconstituição:

Diluente: Água Destilada

Volume:19,7 mL – 200 mg / 59,6 mL – 600 mg

[ ] Frasco:10 mg/mL

Estabilidade: 72 horas 2 a 8ºC, PL (Libbs) ou 8 horas 15 a 30ºC e 36 horas 2 a 8ºC, PL (Eurofarma)

Diluição:                    

Diluente: SG 5% / SF 0,9%

Volume:250 a 500 mL    

[ ] Bolsa: máximo 10mg/mL

Estabilidade:    24 horas – 2ºC a 8ºC, prot. da luz    

 

 

Equipo: Bomba padrão fotossensível

PVC: Compatível            

Soro Glicosado: Compatível            

Fotossensibilidade: Sim, proteger da luz            

Via de Administração: Endovenoso            

Ação dermatológica: Irritante – Se grande volume tratar como vesicante            

Potencial Emético: Alto            

Tempo de Infusão: 60 a 120 minutos            

                    

MANIPULAÇÃO

Materiais:                    

  • Luvas estéreis
  • Seringa 20 mL ou 60 mL                    
  • Agulha 40x12mm                    
  • Equipo de bomba fotoprotetor                    
  • Água destilada para reconstituição                    
  • Bolsa de soro
  • Frasco ampola de Dacarbazina    

                

Modo de preparo:                    

Injete 59,6 mL de água destilada no frasco-ampola de 600 mg e/ou 19,7 mL de água destilada no frasco-ampola de 200 mg e agite vigorosamente até completa dissolução do pó. Retire a quantidade necessária do frasco, de acordo com a prescrição médica e transfira para a bolsa de infusão, com equipo previamente preenchido. Misture o conteúdo da bolsa de infusão com movimentos oscilantes.                    

Pré-medicação:                    

Cimetidina 300 mg / Dexametasona 10 mg / Granisetrona 3 mg ou Palonosetrona 0,25mg / Fosaprepitanto 150 mg                    

Extravasamento: Consultar em Classificação de Potencial Dermatológico e Conduta em caso de Extravasamento

 

Ajustes para função hepática: recomenda-se monitorar função hepática.                    

Ajustes para função renal: se ClCr 46 a 60 mL/min, administrar 80% da dose; se ClCr 31 a 45 mL/min: 75% da dose; se ClCr< 30 mL/min: 70% da dose.                    

                    

Interações Medicamentosas:                    

– Com quinolonas orais poderão ocorrer alterações na mucosa intestinal e provável diminuição da absorção e da eficácia das quinolonas. Necessário monitorar o paciente e ajustar a dose desta, se necessário.

– Com levodopa pode resultar em resposta reduzida à levodopa. Se associadas, considerar o aumento de dose de levodopa.

– Com Paclitaxel, teniposídeo, topotecana e vinorelbina, o risco de depressão da medula óssea aumenta.

                    

Reações Adversas:                    

Hipotensão; alopecia; diminuição do apetite; náusea e vômito; cefaleia; polineuropatia; síndrome gripal; fotossensibilidade (raro); mielossupressão; necrose hepática; trombose da veia hepática; hepatotoxicidade; anafilaxia; hemorragia cerebral; convulsão.                    

                    

Orientações Gerais:                    

Infusão rápida pode ocasionar severa irritação venosa.                    

A concentração da solução infundida não pode ser maior do que 10 mg/mL                    

Referências:                    

1. Bula Fauldacar 01/2021

2. MOC- Drogas 2022

3. Bragalone D.L, Drug Information Handbook for Oncology, 12 Ed, Lexicomp, 2014.                    

                    
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

DARATUMUMABE

 

Classe terapêutica: Anticorpo monoclonal anti-CD38

Mecanismo de ação: Daratumumabe liga-se à glicoproteína transmembrana CD38 expressa na superfície das células hematopoiéticas tumorais e induz à apoptose através da ligação cruzada mediada pelo domínio Fc. A apoptose também é induzida pela lise celular devido à citotoxicidade dependente do complemento (CDC), pela citotoxicidade mediada por células dependente de anticorpo (CCDA) e pela fagocitose celular dependente de anticorpo (FCDA). Outras células que são susceptíveis à lise celular por daratumumabe incluem as mieloides derivadas de células supressoras e um subconjunto de células T reguladoras [CD38 + T (regs)] que expressam CD38.

Nomes comerciais: Dalinvi

Temperatura de armazenamento: Sob refrigeração entre 2°C e 8°C. Não congelar. Proteger da luz.

 

 

Reconstituição:

Diluente: Pronto para uso

Apresentação: 400 mg/20 mL e 100 mg/ 5 mL

Concentração frasco: 20 mg/mL

Estabilidade: 48 hs 2 a 8ºC (Base RDC 67)

 

Diluição:

Diluente: SF 0,9%

Volume: 500 a 1000 mL

Concentração bolsa: De acordo com dose

Estabilidade: 24 hs 2 a 8ºC + 15 hs < 25ºC com tempo de infusão

 

Equipo: Equipo bomba padrão com filtro 0,22 µ

PVC: Compatível

Soro glicosado: Incompatível

Fotossensibilidade: Não

Via de Administração: Intravenosa

Ação dermatológica: Nenhuma

Potencial emético: Baixo

Tempo de infusão: De acordo com tabela abaixo:

 

Volume de diluição

Velocidade Inicial

(1ª hora)

Incrementos na velocidade

Velocidade máxima

1ª infusão

1000 mL

50 mL/h

50 mL/h a cada hora

200 mL/h

2ª infusão

500 mL

50 mL/h

50 mL/h a cada hora

200 mL/h

Infusões subsequentes

500 mL

100 mL/h

50 mL/h a cada hora

200 mL/h

OBS: O aumento escalonado da velocidade de infusão deve ser considerado apenas na ausência de reações infusionais.

MANIPULAÇÃO

 

Materiais                    

  • Luvas estéreis
  • Seringa 20 mL                    
  • Agulha 40×12    
  • Equipo bomba padrão com filtro 0,22 µ            
  • Bolsa de soro                    
  • Frasco ampola de Daratumumabe

 

Modo de preparo:

Retire da bolsa SF 0,9% mesmo volume que será injetado de Daratumumabe e despreze. Retire a solução do frasco-ampola de acordo com a dose prescrita e transfira para a bolsa de infusão com equipo previamente preenchido. Misture o conteúdo da bolsa de infusão com movimentos oscilantes.

    

Pré-medicação: Dexametasona 10mg

                    

Extravasamento: Consultar em Classificação de Potencial Dermatológico e Conduta em caso de Extravasamento

                    

Ajustes para função hepática /renal: não foram conduzidos estudos formais. Com base em uma análise da farmacocinética populacional, não é necessário ajustar a dose para pacientes com comprometimento hepático/renal.

    

Interações Medicamentosas: Não foram conduzidos estudos de interação medicamentosa. Avaliações de farmacocinética clínica da pomalidomida, talidomida e bortezomibe indicaram que não há interação medicamentosa clinicamente relevante quando daratumumabe é usado em combinação a esses tratamentos.

 

Reações Adversas:

Frequentes: relacionadas a infusão, fadiga, náusea, diarreia, espasmo muscular, pirexia, tosse, neutropenia, trombocitopenia, anemia, neuropatia sensorial periférica, infecção do trato respiratório superior.

Graves: pneumonia, infecção do trato respiratório superior, edema pulmonar, influenza, pirexia, diarreia, fibrilação atrial.

Infusionais: congestão nasal, tosse, calafrios, irritação da garganta, vômito e náusea.

Severas: broncoespasmo, dispneia, edema da laringe, edema pulmonar, hipóxia e hipertensão.

– pode ocorrer reativação do vírus da Hepatite B (VHB) e focos primários de tuberculose podem ser ativados.

 

Orientações Gerais:

Deve ser considerada profilaxia antiviral para a prevenção da reativação do vírus herpes Zoster dentro de 1 semana após início de Daratumumabe e continuar por pelo menos 3 meses de tratamento consecutivos.

Não realize a infusão de Daratumumabe concomitantemente com outros agentes na mesma linha intravenosa.

 

Referências:

  1. Bula Dalinvi – Janssen – 05/2022
  2. MOC – Drogas 2021

 

DAUNORRUBICINA

 

Classe Terapêutica:    Antineoplásico Antibiótico/ Antraciclina.    

        

Mecanismo de ação: É derivado de culturas de Streptomycespeucetius. Intercala-se e liga-se ao DNA, bloqueando a síntese do DNA, RNA e proteínas. Inibe a topoisomerase II, formando um complexo DNA-topoisomerase II, levando a uma eventual quebra do DNA. Agente não específico de fase do ciclo celular, embora exerça efeitos citotóxicos máximos na fase S. Não atravessa a barreira hematoencefálicas. Atravessa a placenta.

    

Nomes comerciais: Daunoblastina            

Temperatura de armazenamento:    15ºC a 30ºC, protegido da luz        

                    

 

Reconstituição:                

Diluente: Próprio

Volume:10 mL    

[ ] Frasco:2 mg/mL

Estabilidade:    24 hs – 15 a 30ºC / 48 hs – 4 e 10°C

 

Diluição:                    

Diluente: SF 0,9% / SG 5%

Volume:100 mL

[ ] Bolsa: máximo 5 mg/mL

Estabilidade:    24 horas à 25ºC                

 

Equipo: Equipo Macro                    

PVC: Compatível            

Soro Glicosado: Compatível            

Fotossensibilidade: Sim            

Via de Administração: Endovenoso            

Ação dermatológica: Vesicante            

Potencial Emético: Moderado            

Tempo de Infusão:15 a 30 minutos            

                    

MANIPULAÇÃO

Materiais:                    

  • Luvas estéreis
  • Seringa 20 mL                     
  • Agulha 40x12mm                    
  • Equipo de bomba padrão     (Macro)                
  • SF 0,9% 100 mL                    
  • Frasco ampola de Daunorrubicina e diluente    

                

Modo de preparo:                    

Injete o conteúdo da ampola de diluente no frasco-ampola e agite até completa dissolução do pó. Retire a solução reconstituída do frasco-ampola de acordo com a dose prescrita e transfira para a bolsa de infusão de SF 0,9 % com equipo previamente preenchido. Misture o conteúdo da bolsa de infusão com movimentos oscilantes.                    

                    

Pré-medicação:                    

Dexametasona 10 mg / Granisetrona 3 mg ou Palonosetrona 0,25mg / Fosaprepitanto 150 mg                    

Extravasamento: Consultar em Classificação de Potencial Dermatológico e Conduta em caso de Extravasamento

        

Ajustes para função hepática: se BT 1,2 a 3 mg/dL, administrar 75% da dose; se BT > 3 mg/dL: 50% da dose.    

Ajustes para função renal: se Cr > 3 mg/dL, administrar 50% da dose.                    

                    

Interações Medicamentosas:                    

Em combinação com amiodarona, dolasetrona, procainamida, quinidina, sotalol, efeitos aditivos no prolongamento do intervalo QT, com risco aumentado de arritmias ventriculares. Evitar a associação; se não for possível, recomenda-se o monitoramento clínico. Associada às quinolonas orais, pode provocar alterações na mucosa intestinal, com provável diminuição da absorção e da eficácia das quinolonas. Monitorar o paciente e ajustar a dose desta, se necessário.                    

 

Reações Adversas:                    

Alopecia, náuseas e vômitos, cardiotoxicidade, mielosupressão, hiperurecemia.                

                    

Referências:                    

1. Bula Daunoblastina 11/2020

2. MOC- Drogas 2022

3. Bragalone D.L, Drug Information Handbook for Oncology, 12 Ed, Lexicomp, 2014.                

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

DECITABINA

 

Classe terapêutica: Agente hipometilante.

 

Mecanismo de ação: Decitabina é um agente Antimetabólito, análogo da pirimidina, que tem a capacidade de promover a inibição da metilação do DNA. Após a fosforilação, decitabina é incorporada ao DNA e inibe a DNA metiltransferase, causando hipometilação e consequente morte celular (na fase S do ciclo celular).

 

Nomes comerciais: Dacogen

Temperatura de armazenamento: 2ºC e 8ºC

 

 

Reconstituição:

Diluente: AD refrigerada 2 a 8ºC

Volume: 10 mL

Concentração frasco: 5 mg/mL

Estabilidade: 15 minutos

Diluição:

Diluente: SF 0,9% / SG 5%

Volume: 50 mL

Concentração bolsa: 0,15 a 1,0 mg/mL

Estabilidade: vide observação

Obs: A estabilidade da solução reconstituída é de 15 minutos. Se diluída com diluentes gelados (2-8ºC), é mantida estável por até 4 horas sob refrigeração.

 

Equipo: Equipo BIC

PVC: Compatível

Soro glicosado: Compatível

Fotossensibilidade: Não

Via de Administração: Endovenoso

Ação dermatológica: Nenhuma

Potencial emético: Mínimo

Tempo de infusão: Esquema de 5 dias, administrar por 1 hora; esquema de 3 dias, administrar por 3 horas, a cada 8 horas.

 

MANIPULAÇÃO

Materiais                    

  • Luvas estéreis
  • Seringa 10 mL                    
  • Agulha 40×12                    
  • Equipo bomba padrão (BIC)        
  • Bolsa de soro                    
  • Frasco ampola de Decitabina
  • AD 10 mL gelada                    

 

 

Modo de preparo:

Injete 10 mL de AD gelada no frasco-ampola de 50 mg e agite até completa dissolução do pó. Retire a solução reconstituída do frasco-ampola de acordo com a dose prescrita e transfira para a bolsa de infusão com equipo previamente preenchido. Misture o conteúdo da bolsa de infusão com movimentos oscilantes.    

 

Pré-medicação: Não necessário

                    

Extravasamento: Consultar em Classificação de Potencial Dermatológico e Conduta em caso de Extravasamento

                

Ajustes para função hepática: se BT ≥ 2 × LSN, não administrar até resolução.        

Ajustes para função renal: se Cr sérica ≥ 2 mg/dL, não administrar até resolução.    

    

Interações Medicamentosas:                    

Vacinas: Como existe risco de interação, a aplicação de vacinas bacterianas atenuadas deve ocorrer após 2 semanas ou mais para minimizar tal risco.

                    

Reações Adversas:

Reação muito comum: pneumonia, infecções do trato urinário, outras infecções (todas as infecções virais, bacterianas, fúngica, incluindo fatais), neutropenia febril, neutropenia, trombocitopenia, anemia, leucopenia, dor de cabeça, epistaxe, diarreia, vômito, estomatite, náusea, pirexia (febre).

Reação comum: choque séptico, sepse, sinusite, pancitopenia, hipersensibilidade (alergia) incluindo reação anafilática.

                

Referências:

1. Bula Dacogen – Janssen 11/2021

2. MOC – Drogas 2022

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

DOCETAXEL

 

Classe Terapêutica: Antineoplásico Inibidor Mitótico/Taxano

            

Mecanismo de ação: Promove a agregação das tubulinas na formação e estabilização dos microtúbulos, inibindo sua despolimerização e tornando-os não funcionantes, o que ocasiona um bloqueio da divisão celular na metáfase. É um agente radiossenbilizante. Agente específico da fase do ciclo celular (fase M).

 

Nomes comerciais: Docelibbs (Libbs) / Docetaxel pronto para uso (Glenmark)/ Doceuno (Eurofarma)    

Temperatura de armazenamento:    15º a 30ºC, protegido da luz        

                    

Reconstituição:                    

Diluente: Pronto para Uso

Volume: 20mg/1mL e 80mg/4mL

[ ] Frasco: 20 mg/mL                 

Estabilidade:    8 hs – 15 a 25ºC

 

Diluição:

Dose

Volume diluição

< 75 mg

Calcular

75 a 190 mg

250 mL

≥ 190 mg

500 mL

Diluente: SF 0,9% ou SG 5%

Volume: De acordo com a tabela ao lado.

[ ] bolsa: Entre 0,3 e 0,74 mg/mL

Estabilidade:    6 horas <25ºC ou 48 horas 2ºC a 8ºC com infusão (Eurofarma) e 9 horas <25ºC com infusão ou 48 horas 2ºC a 8ºC com infusão (Libbs)

 

Equipo: Equipo BIC

PVC: Incompativel            

Soro Glicosado: Compatível            

Fotossensibilidade: Não            

Via de Administração: Endovenoso            

Ação dermatológica: Vesicante            

Potencial Emético: Baixo            

Tempo de Infusão: 60 minutos            

                    

MANIPULAÇÃO

Materiais                    

  • Luvas estéreis
  • Seringa 20 mL                    
  • Agulha 40x12mm                    
  • Equipo de bomba padrão     (BIC)                
  • Bolsa de soro
  • Frasco ampola de Docetaxel pronto para uso

     

Modo de preparo: Docetaxel pronto para uso, retire a quantidade necessária do frasco de acordo com a dose prescrita, e transfira para a bolsa de infusão com equipo previamente preenchido. Misture o conteúdo da bolsa de infusão com movimentos oscilantes e suaves.                    

Pré-medicação:                    

Cimetidina 300 mg / Dexametasona 10 mg/ Difenidramina 50 mg/Palonosetrona 0,25 mg /Fosaprepitanto 150 mg    

 

Extravasamento: Consultar em Classificação de Potencial Dermatológico e Conduta em caso de Extravasamento

                    

Ajustes para função hepática: uso não recomendado se BT > LSN ou se AST e/ou ALT > 1,5 × LSN concomitante com fosfatase alcalina > 2,5 × LSN.    

Ajustes para função renal: não é necessário. Pode ser administrado antes ou depois da hemodiálise.                    

Interações Medicamentosas:                    

– Inibidores da CYP3A4: atazanavir, cetoconazol, claritromicina, indinavir, itraconazol, nefazodona, nelfinavir, ritonavir, saquinavir, telitromicina e voriconazol. Pode resultar em risco aumentado de toxicidade do docetaxel. Se associados, considerar redução de dose deste em 50%, monitorando de perto a toxicidade: febre, diarreia, anemia, leucopenia, trombocitopenia.

– Inibidores da CYP3A4: ciclosporina, eritromicina e terfenadina. Se associados, monitorar o paciente de perto para a toxicidade devido ao docetaxel.

– Indutores da CYP3A4: carbamazepina, fenitoína, fenobarbital, oxcarbamazepina e rifampicina. Pode resultar em diminuição dos níveis e da eficácia do docetaxel. Se associados, considerar aumento da dose deste.

            

Reações Adversas:                    

Edema, vasodilatação, alopecia, alteração das unhas, prurido, erupção cutânea, diarreia, náusea, vômito, estomatite, anemia, leucopenia, neutropenia, astenia, neuropatia, síndrome de Stevens-Johnson, necrólise epidérmica tóxica, colite, trombocitopenia, hepatotoxicidade, anafilaxia, pneumonia intersticial, embolia pulmonar, doenças infecciosas.                    

                    

Orientações Gerais:                    

Pré-medicar com corticosteroide por 3 dias, iniciando 1 dia antes da QT para diminuir as reações de hipersensibilidade e de retenção de fluídos.                    

                    

Referências:                    

1. Bula Docelibbs 04/2021

2. MOC- Drogas 2022

3. Bragalone D.L, Drug Information Handbook for Oncology,12 Ed, Lexicomp, 2014.                

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

DOXORRUBICINA

                

Classe Terapêutica:    Antineoplásico / Antraciclina    

        

Mecanismo de ação: É derivado de culturas de Streptomycespeucetius var. caesis. Liga-se ao DNA da célula impedindo a síntese de DNA, RNA e proteínas. É um potente quelante de ferro, e o complexo formado se liga às membranas celulares e ao DNA, produzindo radicais livres de hidroxila (OH), que favorecem a clivagem nos pontos de ligação. Embora apresente toxicidade máxima na fase S, é um agente não específico de fase do ciclo celular. Não atravessa a barreira hematoencefálica.            

 

Nomes comerciais: Fauldoxo (Libbs)            

Temperatura de armazenamento: 2ºC a 8ºC, protegido da luz        

                    

 

Reconstituição:                

Diluente: Pronto para uso

Apresentação: 50mg/25 mL    

[ ] Frasco: 2 mg/mL

Estabilidade:7 dias 20ºC a 25ºC / 15 dias 2ºC a 8ºC, quando protegido da luz

Diluição:

Diluente: SF 0,9% / SG 5%

Volume:50 mL    

[ ] Bolsa: Máximo 2 a 5 mg/mL

Estabilidade: 48 hs 20 a 25ºC (SF) ou 7 dias 2 a 8ºC (SF / SG), quando protegido da luz.

 

                    

Equipo: Equipo Macro                    

PVC: Compatível            

Soro Glicosado: Compatível            

Fotossensibilidade:
Sim, para infusões longos, bolsa coberta e equipo fotoprotetor            

Via de Administração: Endovenoso            

Ação dermatológica: Vesicante            

Potencial Emético: Moderado            

Tempo de Infusão: 15 minutos            

                    

MANIPULAÇÃO

Materiais                    

  • Luvas estéreis
  • Seringa 20 mL                     
  • Agulha 40x12mm                    
  • Equipo de bomba padrão     Macro                
  • Bolsa de soro
  • Frasco ampola de Doxorrubicina                    

 

Modo de preparo:                    

Retire a quantidade necessária do frasco, de acordo com a prescrição médica e transfira para a bolsa de infusão com equipo previamente preenchido. Misture o conteúdo da bolsa de infusão com movimentos oscilantes.                

Pré-medicação:                    

Dexametasona 10 mg / Granisetrona 3 mg ou Palonosetrona 0,25mg / Fosaprepitanto 150 mg                    

 

Extravasamento: Consultar em Classificação de Potencial Dermatológico e Conduta em caso de Extravasamento

                    

Ajustes para função hepática: se BT 1,2 a 3 mg/dL, administrar 50% da dose; se BT 3,1 a 5 mg/dL: 25% da dose; se BT > 5 mg/dL: não administrar.                    

Ajustes para função renal: não é necessário. Sem necessidade de dose suplementar em hemodiálise.                    

Interações Medicamentosas:                    

– Ciclofosfamida, dactinomicina ou mitomicina: podem sensibilizar o coração aos efeitos cardiotóxicos do cloridrato de doxorrubicina.                    

– Fármacos cardiotóxicos, como ciclofosfamida, mitoxantrona, idarrubicina, daunorrubicina ou epirrubicina: a dose cumulativa de doxorrubicina deve ser reduzida.                    

– Paclitaxel: relatada alta incidência de infarto agudo do miocárdio;                    

– Fenobarbital: aumento de eliminação de doxorrubicina e diminuição das concentrações plasmáticas de

– Propranolol e bloqueadores do canal de cálcio: pode aumentar risco de cardiotoxicidade;        

– Vacinas de vírus vivo: pode ocorrer potencialização da replicação viral, aumento das reações adversas a vacina, e/ou diminuição da resposta imunológica.                    

– Ciclosporina: neurotoxicidade evidenciada por convulsões e/ou coma.                    

 

Reações Adversas:                    

Alopecia, náusea, vômito, cardiomiopatia de início agudo, ICC de início tardio, insuficiência ventricular esquerda, IAM, miocardite, pericardite, complicações locais por extravasamento, pancreatite, ulceração do cólon, leucopenia grau 3 ou 4, neutropenia, trombocitopenia, hepatite, doença veno-oclusiva, anafilaxia, choque séptico, pneumonite por radiação. LMA, SMD.                     

                    

Orientações Gerais:                    

A limitação da dose total de 550 ou 400 mg/m2 reduz o risco de cardiomiopatia induzida pelo fármaco.

                    

Referências:                    

1. Bula Fauldoxo 11/2020

2. MOC- Drogas 2022

3. Bragalone D.L, Drug Information Handbook for Oncology,12 Ed, Lexicomp, 2014.                                

                
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

DOXORRUBICINA LIPOSSOMAL PEGUILADO

 

Classe Terapêutica:    Antineoplásico / Antraciclina    

        

Mecanismo de ação: É formada pela doxorrubicina encapsulada em lipossomas com metoxipolietilenoglicol (MPEG) conjugado na superfície. Esse processo é conhecido como peguilação e protege os lipossomas da detecção pelo sistema mononuclear fagocitário, o que prolonga o tempo de circulação sanguínea. Inibe a síntese de DNA e RNA ao se intercalar entre os pares de bases do DNA, inibindo a ainda a topoisomerase II no ponto da clivagem do DNA. A doxorrubicina é também um potente quelante de ferro, e o complexo formado se liga às membranas celulares e ao DNA, produzindo radicais livres de hidroxil (OH), que favorecem a clivagem posterior nos pontos de ligação.    

        

Nomes comerciais: Doxopeg            

Temperatura de armazenamento:    2ºC a 8ºC        

                    

 

Reconstituição:

Diluente: Pronto para uso

Apresentação:20 mg/10 mL

[ ] Frasco: 2mg/mL

Estabilidade:    48 hs 2 a 8ºC (RDC 67)

Diluição:

Diluente: SG 5%

Volume:<90 mg -250 mL / >90 mg – 500 ml

[ ] Bolsa: N/A    

Estabilidade:24 horas 2 a 8ºC    

 

 

Equipo: Equipo BIC

PVC: Compatível            

Soro Fisiológico: Incompatível            

Fotossensibilidade: Não            

Via de Administração: Endovenoso            

Ação dermatológica: Irritante            

Potencial Emético: Baixo            

Tempo de Infusão: 60 minutos            

                    

MANIPULAÇÃO

Materiais                    

  • Luvas estéreis
  • Seringa 20 mL                     
  • Agulha 40x12mm                    
  • Equipo de bomba padrão     (BIC)                
  • Bolsa de soro                    
  • Frasco ampola de Doxorrubicina Lipossomal                    

                    

Modo de preparo:                    

Retire a quantidade necessária do frasco, de acordo com a prescrição médica e transfira para a bolsa de infusão com equipo previamente preenchido. Misture o conteúdo da bolsa de infusão com movimentos oscilantes.                    

Pré-medicação:                    

Dexametasona 10 mg

 

Extravasamento: Consultar em Classificação de Potencial Dermatológico e Conduta em caso de Extravasamento

                    

Ajustes para função hepática: Se BT 1,2 a 3 mg/dL, administrar 50% da dose; se BT > 3 mg/dL: 25% da dose.                    

Ajustes para função renal: Não é necessário.                     

                    

Interações Medicamentosas:                    

– Clozapina: inibição da CYP2D6 pela doxorrubicina lipossomal peguilado, que pode resultar em aumento nos níveis plasmáticos da clozapina e do risco de prolongamento do intervalo QT. Monitorar o prolongamento do intervalo QT e descontinuar clozapina se intervalo QT > 500 milissegundos.

– Varfarina: pode resultar em elevação do INR e sangramento. Monitorar o INR e sinais de sangramento. Considerar o ajuste de dose de varfarina para manter o nível de anticoagulação desejado.

– Glicosamina: diminuição da expressão de topoisomerase II, diminuindo a eficácia da doxorrubicina lipossomal peguilado; evitar o uso concomitante.

– Amiodarona, dolasetrona, procainamida, quinidina, sotalol: pode ocorrer prolongamento do intervalo QT, e risco de arritmias ventriculares. Se a associação for necessária, recomenda-se o monitoramento clínico. – Bloqueadores do canal de cálcio: pode resultar em aumento da concentração plasmática de doxorrubicina lipossomal peguilado. Monitorar o paciente para os efeitos adversos decorrente dela.

– Carbamazepina: provável diminuição de seu nível sérico. Se associadas, monitorar os níveis anticonvulsivantes e considerar o aumento de dose da carbamazepina.

– Digoxina: pode provocar alterações na mucosa intestinal e dos níveis plasmáticos desta. Monitorar os níveis plasmáticos e ajustar a dose da digoxina, se necessário.

– Fenitoína: pode resultar na diminuição de sua eficácia. Monitorar os níveis plasmáticos da fenitoína e considerar o ajuste de dose.

– Quinolonas orais: pode provocar alterações na mucosa intestinal, provável diminuição da absorção e eficácia das quinolonas. Monitorar o paciente e ajustar a dose desta, se necessário.                    

Reações Adversas:                    

Alopecia, síndrome mão-pé, erupção cutânea, constipação, diarreia, anorexia, náusea, estomatite, vômito, astenia, fadiga, febre,     cardiomiopatia, insuficiência cardíaca, mielossupressão, neutropenia, trombocitopenia, hiperbilirrubinemia, anafilaxia, reação infusional.                    

                    

Referências:                    

1. Bula Doxopeg – Zodiac 04/2021

2. MOC- Drogas 2022

3. Bragalone D.L, Drug Information Handbook for Oncology, 12 Ed, Lexicomp, 2014.            

 

    
 

 

 

 

 

 

 

 

 

DURVALUMABE

 

Classe terapêutica: Anticorpo monoclonal anti PD-L1

 

Mecanismo de ação: Durvalumabe liga-se ao PD-L1 expresso nas células tumorais ou nas células imunológicas infiltrantes de tumores e bloqueia sua interação com os receptores PD-1 e CD80 presentes nas células T e em células apresentadoras de antígeno. O bloqueio dessa interação reativa a resposta imunológica e antitumoral, ocorrendo sem indução da citotoxicidade celular dependente de anticorpo.

 

Nomes comerciais: Imfinzi

Temperatura de armazenamento: 2ºC a 8ºC, protegido da luz.

 

 

Reconstituição:

Diluente: Pronto para uso

Apresentação: 120 mg/2,4 mL e 500 mg/10 mL

Concentração frasco: 50 mg/mL

Estabilidade: Diluição imediata

Diluição:

Diluente: SF 0,9 % ou SG 5%

Volume: 250 mL

Concentração bolsa: 0,48 ou 2,0 mg/mL

Estabilidade: 4 hs 15 a 30ºC ou 24 hs 2 a 8ºC

 

Equipo: Equipo bomba padrão c/Fil 0,22 µ

PVC: Compatível

Soro glicosado: Compatível

Fotossensibilidade: Não

Via de Administração: Endovenosa

Ação dermatológica: Nenhuma

Potencial emético: Baixo

Tempo de infusão: 1 hora

 

MANIPULAÇÃO

Materiais                    

  • Luvas estéreis
  • Seringa 20 mL                    
  • Agulha 40×12                    
  • Equipo bomba padrão c/Fil 0,22 µ             
  • Bolsa de soro                    
  • Frasco ampola de Durvalumabe

                    

Modo de preparo:

Retire a solução reconstituída do frasco-ampola de acordo com a dose prescrita e transfira para a bolsa de infusão com equipo previamente preenchido. Misture o conteúdo da bolsa de infusão com movimentos oscilantes.    

Pré-medicação: Não necessária

                    

Extravasamento: Consultar em Classificação de Potencial Dermatológico e Conduta em caso de Extravasamento

                    

Ajustes para função hepática /renal: Com base na análise da farmacocinética na população, nenhum ajuste de dose é recomendado para Durvalumabe em pacientes com disfunção renal e hepática.

    

Interações Medicamentosas:

O durvalumabe é uma imunoglobulina e suas principais vias de eliminação são o catabolismo proteico através do sistema retículo-endotelial ou disposição mediada por alvo, portanto, não foram realizados estudos formais de interação medicamentosa, uma vez que interações metabólicas medicamentosas não são esperadas. A interação farmacocinética fármaco-fármaco entre durvalumabe e quimioterapia foi avaliada no estudo CASPIAN e nenhuma interação significativa foi identificada.

                

Reações Adversas:

As reações adversas mais frequentes foram tosse, diarreia e reações dermatológicas. Pneumonitea, Disfonia, Aspartato aminotransferase aumentada ou Alanina aminotransferase aumentada, Dor abdominal, Diarreia, Hipotireoidismo, Hipertireoidismo, Creatinina sanguínea aumentada, Disúria, Erupção cutânea, Prurido, Sudorese noturna, Pirexia, Edema periférico, Infecções do trato respiratório superior, Pneumonia, Candidíase oral, Infecções dentárias e de tecidos moles orais, Influenza, Mialgia, Reação relacionada à infusão.

                

 

Referências:

  1. Bula Imfinzi 2022
  2. MOC – Drogas 2022

     

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

EPIRRUBICINA

 

Classe Terapêutica:    Antineoplásico / Antraciclina    

        

Mecanismo de ação: Intercala-se e liga-se ao DNA, bloqueando a síntese do DNA, RNA e a atividade mitótica. Inibe a topoisomerase II, formando um complexo DNA- topoisomerase que pode ser clivado.                    

Nomes comerciais: Farmorrubicina RD, Farmorrubicina CS            

Temperatura de armazenamento:    2ºC a 8ºC        

                    

 

Reconstituição:                

Diluente: Pronto para uso

Volume: 50mg /25 mL

[ ] Frasco: 2 mg / mL

Estabilidade: 48 horas 2 a 8ºC (RDC 67)    

Diluição:                

Diluente: SF 0,9% / SG 5%

Volume:50 mL

[ ] Bolsa: Sem referências

Estabilidade: 24 horas 2 a 8ºC

 

                    

Equipo: Equipo Macro

PVC: Compatível            

Soro Glicosado: Compatível            

Fotossensibilidade: Não            

Via de Administração: Endovenoso / Intravesical            

Ação dermatológica: Vesicante            

Potencial Emético: Moderada            

Tempo de Infusão: 15 minutos            

                    

MANIPULAÇÃO

Materiais                    

  • Luvas estéreis
  • Seringa 20 mL                     
  • Agulha 40x12mm                    
  • Equipo de bomba padrão     (Macro)                
  • Bolsa de soro                
  • Frasco ampola de Epirrubicina                     

                    

Modo de preparo:                    

Retire a quantidade necessária do frasco, de acordo com a prescrição médica e transfira para a bolsa de infusão com equipo previamente preenchido. Misture o conteúdo da bolsa de infusão com movimentos oscilantes.                    

Pré-medicação:                    

Dexametasona 10 mg/Fosaprepitanto 150 mg/Granisetrona 3mg ou Palonosetrona 0,25mg        

                    

Extravasamento: Consultar em Classificação de Potencial Dermatológico e Conduta em caso de Extravasamento

 

Ajustes para função hepática: se BT 1,2 a 3 mg/dL ou AST 2 a 4 × LSN, iniciar com 50% da dose; se BT > 3,0 mg/dL ou AST > 4 × LSN: 25% da dose.    

Ajustes para função renal: é necessário quando creatinina > 5 mg/dL.                    

Interações Medicamentosas:                    

– Amiodarona, dolasetrona, procainamida, quinidina, sotalol: pode ocorrer prolongamento do intervalo QT, com risco aumentado de arritmias ventriculares. Evitar associação, se não for possível, recomenda-se monitoramento clínico.                    

Cimetidina: pode ocorrer aumento da toxicidade da epirrubicina como mielossupressão e cardiotoxicidade. Recomenda-se a troca por outro medicamento, como a ranitidina.

Quinolonas orais: pode provocar alterações na mucosa intestinal, e provável diminuição da absorção e da eficácia das quinolonas. Recomenda-se monitorar o paciente e caso necessário ajustar a dose das quinolonas.                

Reações Adversas:                    

Alopecia, rubor, prurido, erupção cutânea, diarreia, doença inflamatória da membrana mucosa, náusea e vômito, anemia, leucopenia, neutropenia, trombocitopenia, letargia, conjuntivite, ceratite, amenorreia, doenças infecciosas, cardiotoxicidade, ICC, tromboflebite, complicações locais na ocorrência de extravasamento, hiperuricemia, náusea e vômito grau 3 e 4, anafilaxia, hipersensibilidade, embolia pulmonar.

                    

Orientações Gerais:                    

O risco de desenvolvimento de falência cardíaca congestiva aumenta rapidamente com dose cumulativa total acima de 900 mg/m2 de Epirrubicina. Esta dose só deve ser excedida com extrema cautela.         

Monitorar a cardiotoxicidade.                    

                    

Referências:                    

1. Bula Epirrubicina Accord – 01/2021

2. MOC- Drogas 2022

3. Bragalone D.L, Drug Information Handbook for Oncology, 12 Ed, Lexicomp, 2014.    

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

ERIBULINA

 

Classe Terapêutica:    Inibidor Mitótico

        

Mecanismo de ação: Eribulina, um análogo sintético da halicondrina B, um produto natural isolado da esponja marinha Halichondriaokadai, é um não taxano. A eribulina inibe a fase de crescimento dos microtúbulos sem afetar a fase de encurtamento e sequestra a tubulina em agregados não produtivos. A eribulina exerce seus efeitos através de um mecanismo antimitótico que causa o bloqueio das fases G2/M do ciclo celular, a ruptura dos fusos mitóticos e, finalmente, a apoptose celular.

                

Nomes comerciais: Halaven – Eisei            

Temperatura de armazenamento:    15ºC e 30ºC. Não congelar.        

                    

 

Reconstituição:                

Diluente: Pronto para uso

Apresentação: 1 mg / 2mL

[ ] Frasco: 0,5 mg/mL

Estabilidade: 24 horas 2 a 8ºC / 4 horas 15 a 30ºC

Diluição:

Diluente: SF 0,9%

Volume: 100 mL

[ ] Bolsa: N/A

Estabilidade: 24 horas 2 a 8ºC / 4 horas 15 a 30ºC

 

                    

Equipo: Equipo Macro

PVC: Compatível             

Soro Glicosado: Incompatível             

Fotossensibilidade: Não            

Via de Administração: Endovenoso            

Ação dermatológica: Nenhuma            

Potencial Emético: Baixo            

Tempo de Infusão: 2 a 5 minutos            

                    

MANIPULAÇÃO

Materiais                    

  • Luvas estéreis
  • Seringa 10 mL                    
  • Agulha 40x12mm                    
  • Equipo Macro gravitacional
  • Bolsa de soro                    
  • Frasco ampola de Eribulina

                    

Modo de preparo:                    

Retire a quantidade necessária do frasco, de acordo com a prescrição médica e transfira para a bolsa de infusão com equipo previamente preenchido. Misture o conteúdo da bolsa de infusão com movimentos oscilantes.    

Pré-medicação: Não necessário

 

Extravasamento: Consultar em Classificação de Potencial Dermatológico e Conduta em caso de Extravasamento

Ajustes para função hepática: Leve – reduzir dose para 1,1 mg/m2; Moderada – Reduzir dose para 0,7 mg/m2.                    

Ajustes para função renal: Moderada – reduzir dose para 1,1 mg/m2                    

                    

Interações Medicamentosas:                    

Não possui interações medicamentosas conhecidas.                    

                    

Reações Adversas:                    

Astenia/fadiga, alopecia, neuropatia periférica, náusea, vomito, diarreia, edema periférico, constipação, anemia, neutropenia, leucopenia, dor de cabeça, dor nas costas, dor óssea, dor nas extremidades, tosse, dispneia, inflamação da mucosa, infecção do trato urinário, prolongamento de intervalo QT.                    

Orientações Gerais:                    

Pode ser administrado diluído ou não diluído. Não deve ser administrado na mesma linha intravenosa que outros medicamentos.    

 

                

Referências:                    

1. Bula Eribulina – Eisai 03/2021

2. MOC- Drogas 2022

3. Bragalone D.L, Drug Information Handbook for Oncology, 12 Ed, Lexicomp, 2014.                    

 

 

 

    
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

ETOPOSÍDEO

 

Classe Terapêutica:    Antineoplásico Epipodofilotoxina / Inibidor de Topoisomerase II    

        

Mecanismo de ação: Derivado semissintético da podofilotoxina que induz à ruptura da alça dupla do DNA em virtude de uma interação com a enzima DNA-topoisomerase II ou a formação de radicais livres. Ao contrário da podofilotoxina, o etoposídeo não interfere no conjunto microtubular. O etoposídeo interrompe o ciclo celular na metáfase. Agente específico de fase do ciclo celular (fase S terminal e G 2 inicial).    

 

Nomes comerciais: Eunades    / Epósido        

Temperatura de armazenamento:    < 25ºC        

    
 

                

 

Reconstituição:                

Diluente: Pronto para uso

Apresentação: 100mg / 5mL    

[ ] Frasco: 20 mg/mL

Estabilidade: 24 horas **<25ºC

(** Controle microbiológico)

 

 

 

Diluição:

Diluente: SF 0,9% ou SG 5%

Volume: De acordo com a tabela abaixo

[ ] Bolsa: Entre 0,2 a 0,4 mg/mL

Estabilidade: 24 horas 2 a 8ºC

Dose

Volume diluição

≤ 100 mg

250 mL

Entre 100 mg e 200mg

500 mL

Acima de 200mg

Calcular volume do diluente para [] entre 0,2 e 0,4 mg/mL

 

OBS: concentração > 0,4 mg/ mL pode resultar em formação de cristais. Quando em dosagem alta, recomenda-se não diluir e administrar em bomba de infusão durante 4 a 6 horas.

 

            

Equipo: Equipo BIC

PVC: Incompatível            

Soro Glicosado: Compatível            

Fotossensibilidade: Não            

Via de Administração: Endovenoso            

Ação dermatológica: Irritante            

Potencial Emético: Baixo            

Tempo de Infusão: 30 a 60 minutos            

                    

MANIPULAÇÃO

 

Materiais                    

  • Luvas estéreis
  • Seringa 10 mL                    
  • Agulha 40x12mm                    
  • Equipo de bomba padrão     (BIC)                
  • Bolsa de soro                    
  • Frasco ampola de Etoposídeo                    

 

Modo de preparo:                    

Retire a quantidade necessária do frasco, de acordo com a prescrição médica e transfira para a bolsa de infusão, com equipo previamente preenchido. Misture o conteúdo da bolsa de infusão com movimentos oscilantes.                    

Pré-medicação:                    

Dexametasona 10 mg                     

    

Extravasamento: Consultar em Classificação de Potencial Dermatológico e Conduta em caso de Extravasamento

 

Ajustes para função hepática: se BT 1,5 a 3 mg/dL ou AST > 3 × LSN, administrar 50% da dose. Considerar redução de dose se hipoalbuminemia.    

                

Ajustes para função renal: se ClCr> 50 mL/min, 100% da dose; se ClCr 15 a 50 mL/min, 75% da dose; não há dados disponíveis em pacientes com ClCr< 15 mL/min, motivo pelo qual redução adicional da dose deve ser considerada nesses pacientes.                    

                    

Interações Medicamentosas:                    

Varfarina: pode haver risco aumentado para elevação do INR e sangramento.

Inibidores fortes da CYP3A4: atazanavir, cetoconazol, fluconazol, indinavir, itraconazol, nefazodona, nelfinavir, ritonavir, saquinavir, podem diminuir o metabolismo dos substratos da CYP3A4. Considerar modificação de terapia.                    

Aprepitanto: pode resultar em aumento dos níveis plasmáticos do etoposídeo. Se associados, monitorar a toxicidade: hepatotoxicidade, mielossupressão, náusea, vômito, diarreia.                    

Glicosamina: diminuição da eficácia do etoposídeo. Evitar o uso concomitante.                    

Reações Adversas:                    

Alopecia, náusea, vômito, anorexia, diarreia, doença inflamatória da membrana mucosa, ICC, IAM, síndrome de Stevens-Johnson; necrólise epidérmica tóxica, mielossupressão, dose-limitante, hepatotoxicidade, hipersensibilidade.                    

                    

Orientações Gerais:                    

Foi relatado que os dispositivos plásticos de acrílico ou ABS (um polímero de acrilonitrila, butadieno e estireno) podem se romper ou vazar quando usados com o produto não diluído.                    

Referências:                    

1. Bula Tevaetopo – Teva 2021

2. MOC- Drogas 2022

3. Bragalone D.L, Drug Information Handbook for Oncology, 12 Ed, Lexicomp, 2014.                    

 

 

 

 

 

 

 

FLUDARABINA

 

Classe Terapêutica: Antineoplásico Antimetabólito / Análogo de purina

        

Mecanismo de ação: É um nucleotídeo fluorado análogo ao agente antiviral vidarabina. Fludarabina é um pró-fármaco que é relativamente resistente à desaminação por adenosina desaminase. O fosfato de fludarabina é rapidamente desfosforilado a 2 Fluoro-ara-A, o qual é captado pelas células e em seguida é fosforilado pela desoxicitidina quinase ao trifosfato ativo, 2-fluoro-ara-ATP. Esse metabólito mostrou inibir a ribonucleotídeoredutase, a DNA polimerase alfa/delta e épsilon, a DNA primase e a DNA ligase, inibindo assim a síntese de DNA. Além disso, ocorre inibição parcial da RNA polimerase II e consequente redução na síntese de proteína.

                

Nomes comerciais: Fludara    / Fludallibs        

Temperatura de armazenamento:    15°C e 30°C, protegido da luz e umidade        

                    

 

Reconstituição:                

Diluente: AD

Volume: 2mL            

[ ] Frasco: 25 mg/mL

Estabilidade:    8 horas T.A.

Diluição:                    

Diluente: SF 0,9% ou SG 5%

Volume: 100 mL

[ ] Bolsa: N/A

Estabilidade: 48 horas T.A.

 

                    

Equipo: Equipo Macro

PVC: Compatível            

Soro Glicosado: Compatível            

Fotossensibilidade: Não            

Via de Administração: Endovenoso / Via oral (comprimido)            

Ação dermatológica: Nenhuma            

Potencial Emético: Mínimo            

Tempo de Infusão: 30 minutos            

                    

MANIPULAÇÃO

Materiais                    

  • Luvas estéreis
  • Seringa 3 mL                    
  • Agulha 40x12mm                    
  • Equipo de bomba padrão     (macro)                
  • Bolsa de soro                
  • Frasco ampola de Fludarabina                    

 

Modo de preparo:                    

Injete 2mL de água destilada no frasco-ampola de 50 mg e agite vigorosamente até completa dissolução do pó. Retire a solução reconstituída do frasco-ampola de acordo com a dose prescrita e transfira para a bolsa de infusão, com equipo previamente preenchido. Misture o conteúdo da bolsa de infusão com movimentos oscilantes.                    

                    

Pré-medicação: Dexametasona 10 mg                    

Extravasamento: Consultar em Classificação de Potencial Dermatológico e Conduta em caso de Extravasamento

                    

Ajustes para função hepática: usar com cautela se o benefício compensar o risco.            

Ajustes para função renal: se ClCr 30 a 70 mL/min, administrar 50% da dose; se ClCr< 30 mL/min, uso contraindicado.                    

                    

Interações Medicamentosas:                    

– Com dipiridamol e outros inibidores da captação de adenosina, pode resultar em redução da eficácia terapêutica da fludarabina, evitar a terapia concomitante.    

                    

Reações Adversas:                    

Náusea, vomito, anorexia, astenia, parestesia, fadiga, tosse, febre, doenças infecciosas, dor, tremores, nível de hemoglobina diminuído, anemia hemolítica, neutropenia, pancitopenia, trombocitopenia, síndrome da lise tumoral, neurotoxicidade, toxicidade pulmonar.                    

                    

Orientações Gerais:                    

Os comprimidos podem ser ingeridos ou não junto com as refeições.                    

                    

Referências:                    

1. Bula Fludarabina – Libbs 01/2021

2. MOC- Drogas 2022

3. Bragalone D.L, Drug Information Handbook for Oncology, 12 Ed, Lexicomp, 2014.                    

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

FLUORURACILA

 

Classe Terapêutica:    Antineoplásico Antimetabólito/ Análogo de pirimidina

            

Mecanismo de ação: Interfere na síntese de DNA e RNA através de três possíveis mecanismos: o metabólito fluorouridina-5-trifosfato (FUTP) é incorporado ao RNA, no lugar do trifosfato de uridina (UTP), produzindo um RNA alterado e interferindo com a síntese proteica; o metabólito ativo F-dUMP (monofosfato de fluorodesoxiuridina) inibe a timidilatosintetase (TS), o que resulta de uma diminuição na produção de timidina (necessário para a síntese e reparo do DNA). Leucovorina (formiltetraidrofolato, formil-FH4) aumenta a ação do fluoruracila, pois estabiliza a ligação do FdUMP à TS; e o metabólito trifosfato de fluorodesoxiuridina (FdUTP) é incorporado no DNA, interferindo com sua replicação. Agente específico de fase do ciclo celular (fase S).                    

                    

Nomes comerciais: Fauldfluor            

Temperatura de armazenamento:    20 a 25º C, não congelar, proteger da luz        

                    

 

Reconstituição:                

Diluente: Pronto para uso

Apresentação    : 2500 mg/50 mL ou 500mg/10ml

[ ] Frasco: 50 mg/ mL    

Estabilidade:    7 dias 20 a 25ºC

 

Diluição:

Diluente: SF 0,9% / SG 5%

Volume: Conforme protocolo

[ ] Bolsa: Conforme protocolo

Estabilidade:    7 dias em SF0,9% <25ºC ou 5 dias em SG 5% <25ºC.

 

 

OBS: Se houver a formação de precipitado, como resultado de exposição a baixas temperaturas, pode-se aquecer a solução a 60°C para dissolução do precipitado, sob agitação vigorosa. Deixar resfriar a temperatura ambiente antes de sua administração.                    

                    

Equipo: Macro gravitacional, bomba padrão ou bomba de infusão contínua

PVC: Compatível            

Soro Glicosado: Compatível            

Fotossensibilidade: Não            

Via de Administração: Endovenoso            

Ação dermatológica: Irritante ³    

Potencial Emético: Baixo            

Tempo de Infusão: Conforme protocolo            

                    

MANIPULAÇÃO

 

Materiais                    

  • Luvas estéreis
  • Seringa 20 mL                    
  • Agulha 40x12mm                    
  • Equipo/bomba de infusão de acordo com o protocolo prescrito                    
  • Bolsa de soro de acordo com o protocolo prescrito                    
  • Frasco ampola de Fluoruracila                    

 

Modo de preparo:                    

Retire a quantidade necessária do frasco, de acordo com a prescrição médica e transfira para a bolsa de infusão ou bomba portátil, com equipo / prime previamente preenchido. Misture o conteúdo da bolsa/bomba de infusão com movimentos oscilantes.                    

 

Pré-medicação:                    

Dexametasona 10 mg                     

 

Extravasamento: Consultar em Classificação de Potencial Dermatológico e Conduta em caso de Extravasamento

                    

Ajustes para função hepática: uso não recomendado se BT > 5,0 mg/dL.                

Ajustes para função renal: usar com cautela no comprometimento renal. Para pacientes em hemodiálise, administrar 50% da dose depois desse procedimento.                    

                    

Interações Medicamentosas:                    

– Varfarina: risco de sangramento, sugere-se monitorar INR. Considerar a anticoagulação com heparina de baixo peso molecular.                    

– Metronidazol e Tinidazol: evitar uso concomitante, pois pode ocorrer aumento da concentração plasmática da fluoruracila. Sugere-se monitorar toxicidade caso associados.                    

– Fenitoína: pode resultar em aumento das concentrações plasmática e toxicidade desta. Sugere-se acompanhar a resposta clínica no início e término do tratamento.                     

– Clortalidona e hidroclorotiazida: pode resultar em mielossupressão. Sugere-se considerar terapia anti-hipertensiva alternativa e se associadas monitorar mielossupressão.                    

                    

Reações Adversas:                    

Anorexia, náuseas e vômitos, estomatite, mucosite, diarreia, cefaleia, alopecia, síndrome mão-pé, erupção maculopapular, prurido, fotossensibilidade, leucopenia com neutropenia, anemia, trombocitopenia, mielossupressão, angina, cardiotoxicidade, arteriosclerose coronariana, tromboflebite, visão turva, lacrimejamento, fotofobia, estenose do sistema lacrimal, úlcera gastrintestinal.                

                    

Referências:                    

1. Bula Fauldfluor – Libbs 04/2021

2. MOC- Drogas 2022

3. Bragalone D.L, Drug Information Handbook for Oncology, 12 Ed, Lexicomp, 2014.                    

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

FOLINATO DE CÁLCIO

 

Classe Terapêutica:        Resgate de metotrexato/agente modulador de quimioterapia.

            

Mecanismo de ação:    ácido folínico é o derivado 5-formil do ácido tetra-hidrofólico, forma ativa do ácido fólico. O ácido folínico é usado principalmente como um antídoto dos antagonistas do ácido fólico, tais como metotrexato, que bloqueiam a conversão do ácido fólico a tetra-hidrofolato por ligação à enzima di-hidrofolato redutase. O ácido folínico é rapidamente convertido a 5-metiltetra-hidrofolato (N5-metil-FH4), o folato fisiológico, normalmente existente no plasma. Em contraste, o ácido folínico também aumenta o efeito do 5-fluoruracila por estabilizar a ligação da forma convertida de 5-fluoruracila (ácido fluorodesoxiuridílico) a timidilato sintetase (TS), contribuindo para a inibição dessa importante enzima no reparo e replicação do DNA.    

 

Nomes comerciais: Leucovorin, Fauldleuco                

Temperatura de armazenamento: 2ºC a 8º C, protegido da luz                    

                    

 

Reconstituição:

Diluente: Pronto para uso

Apresentação: 300 mg / 30 mL

[ ] Frasco: 10 mg/mL

Estabilidade: 48 h2ºC a 8º C, protegido da luz

 

Diluição:                    

Diluente: SF 0,9%

Volume: 50 a 250 mL

[ ] Bolsa: 0,05 a 10 mg/mL    

Estabilidade: 24 h2ºC a 8º C, protegido da luz                    

 

Equipo: 15 a 30 minutos Equipo Macro / >30 minutos Equipo Bic

PVC: Compatível                    

Soro Glicosado: Compatível                        

Fotossensibilidade: Não                

Via de Administração: Endovenosa                

Potencial Emético: Não emetogênico            

Tempo de Infusão: 15 a 120 minutos                

                    

MANIPULAÇÃO

Materiais                    

  • Luvas estéreis
  • Seringa 20 mL                    
  • Agulha 40x12mm                    
  • Equipo padrão de acordo com o tempo de infusão                    
  • Bolsa de soro                    
  • Frasco ampola de Folinato de Cálcio                    

 

Modo de preparo:                    

Retire a quantidade necessária do frasco, de acordo com a prescrição médica e transfira para a bolsa de infusão, com equipo previamente preenchido. Misture o conteúdo da bolsa de infusão com movimentos oscilantes.            

Pré-medicação: Não necessária, verificar os antineoplásicos associado.                    

 

Ajustes para função hepática: Não necessário    

Ajustes para função renal: Não necessário                

                    

Interações Medicamentosas: Primidona, fenobarbital, fenitoína, raltitrexede e trimetoprima podem ter sua eficácia diminuída.    

                

Reações Adversas:                    

Diarreia, náusea, vômito, estomatite, fadiga, alergia.                    

                    

Orientações Gerais:                    

No Brasil, o folinato de cálcio é disponível como uma mistura racêmica, a DL-leucovorin (dextrolevogira), que contém quantidades iguais do isômero dextrogiro e levogiro, mas somente a forma levogira é ativa. Por causa disso, a dose para a forma DL é 2 × > que a dose da forma L.                    

                    

Referências:                    

1. Bula Fauldleuco 04/2021

2. MOC- Drogas 2022

3. BC Cancer Chemotherapy Preparation and Stability Chart© version 2.00

                
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

GENCITABINA

 

Classe Terapêutica: Antineoplásico Antimetabólito/ Análogo de pirimidina

            

Mecanismo de ação: Inibe a síntese do DNA através da conversão intracelular em difosfato e trifosfato de nucleosídeo. O difosfato inibe a ribonucleotídeoredutase necessária para a formação de desoxinucleosídeos, essenciais no processo de síntese do DNA, e o trifosfato compete com os desoxinucleosídeos pela incorporação ao DNA. Age como um falso metabólito, incorporando- se ao DNA e induzindo à apoptose. Agente específico de fase do ciclo celular (fase S).                    

                    

Nomes comerciais: Genlibbs            

Temperatura de armazenamento:15ºC a 30º C, protegido da luz        

                    

 

Reconstituição:    

Diluente: SF 0,9%

Volume: 200 mg – 5 mL / 1000 mg – 25 mL

[ ] Frasco: 38 mg / mL

Estabilidade: 24 horas 15ºC a 30º C    

Diluição:                    

Diluente: SF 0,9%

Volume:250 a 500 mL    

[ ] Bolsa:> 0,1 mg/mL

Estabilidade:24 horas15ºC a 30º C

            .    

Equipo: Equipo Macro                    

PVC: Compatível             

Soro Glicosado: Incompatível            

Fotossensibilidade: Não            

Via de Administração: Endovenoso            

Ação dermatológica: Irritante            

Potencial Emético: Baixo            

Tempo de Infusão:30 minutos            

OBS: Quando punção periférica, pode-se correr SF concomitante.                    

                    

MANIPULAÇÃO

 

Materiais                    

  • Luvas estéreis
  • Seringa 20 mL                    
  • Agulha 40x12mm                    
  • Equipo bomba padrão (Macro)                    
  • Bolsa de SF 0,9% 50mL para reconstituição                    
  • Bolsa de soro para diluição                    
  • Frasco ampola de Gencitabina                    

 

Modo de preparo:                    

Injete 25 mL de SF 0,9% no frasco-ampola de 1000 mg e/ou 5 mL de SF 0,9% no frasco-ampola de 200 mg e agite vigorosamente até completa dissolução do pó. Retire a solução reconstituída do frasco-ampola de acordo com a dose prescrita e transfira para a bolsa de infusão de SF 0,9 % com equipo previamente preenchido. Misture o conteúdo da bolsa de infusão com movimentos oscilantes.                    

Pré-medicação:                    

Dexametasona 10 mg                     

                    

Extravasamento: Consultar em Classificação de Potencial Dermatológico e Conduta em caso de Extravasamento

 

Ajustes para função hepática: Se transaminases elevadas com BT normal, não é necessário o ajuste; se BT > 1,6 mg/dL, independente da ALT: iniciar com 800 mg/m² e, se bem tolerado, escalonar a dose.

    

Ajustes para função renal: Usar com cautela na disfunção renal preexistente, descontinuar se toxicidade renal severa ou na ocorrência de síndrome hemolítica urêmica (HUS) durante o tratamento. Se paciente em hemodiálise, iniciar 6-12 h após a infusão da gencitabina.                    

                    

Interações Medicamentosas:                    

Em combinação com varfarina, possível diminuição do metabolismo desta e da síntese hepática dos fatores de coagulação, além de risco aumentado de sangramento. Monitorar o INR durante e por 1-2 meses após a terapia com gencitabina e ajustar a dose de varfarina, se necessário.                    

                    

Reações Adversas:                    

Frequentes: Edema periférico, alopecia, exantema, hiperglicemia, hipomagnesemia, constipação, diarreia, náusea, vômito, estomatite, anemia, leucopenia, neutropenia, trombocitopenia, fosfatase alcalina elevada, ALT aumentado, AST aumentado, doenças infecciosas, artralgia, mialgia, parestesia, neuropatia motora periférica, neuropatia sensorial, hematúria, proteinúria, creatinina sérica elevada, dispneia, fadiga, febre, dor, deficiência auditiva.                    

Graves: síndrome do extravasamento capilar, arritmia, ICC e IAM (muito raro), erupção bolhosa e distúrbio gangrenoso (muito raro), anemia, sangramento, neutropenia febril, leucopenia grau 3 e 4, neutropenia grau 3 e 4, trombocitopenia grau 3 e 4, hepatotoxicidade e insuficiência hepática (muito raro), doença veno-oclusiva, reação anafilática e hipersensibilidade (raro), leucoencefalopatia posterior reversível, síndrome hemolítico-urêmica, insuficiência renal (raro), microangiopatia trombótica, SARA (raro), broncoespasmo, pneumonia intersticial; edema pulmonar e fibrose pulmonar (raro); insuficiência respiratória (muito raro).                    

Orientações Gerais:                    

Considerar pneumonite por fármaco quando dispneia, febre, tosse e/ou hipoxemia. Suspender a gencitabina e iniciar corticosteróide.

OBS.: tempo de infusão > 60 min aumenta a toxicidade devido ao acúmulo do metabólito ativo (gencitabina trifosfato).                    

                    

Referências:                    

1. Bula Genlibbs – 11/2020

2. MOC- Drogas 2022

3. Bragalone D.L, Drug Information Handbook for Oncology, 12 Ed, Lexicomp, 2014.                    

 

 

 

 

 

 

GOLIMUMABE

 

Classe Terapêutica: Anticorpo monoclonal humano

            

Mecanismo de ação: O golimumabe é um anticorpo monoclonal humano que forma complexos de alta afinidade e estabilidade, com ambas as formas bioativas solúveis e transmembranas do fator de necrose tumoral humano (TNF), que impede a ligação do TNF a seus receptores. Não foi observada ligação a outros ligantes da superfamília de TNF; em particular, o golimumabe não se liga nem neutraliza linfotoxina humana. O TNF-alfa é sintetizado, principalmente, por monócitos ativados, macrófagos e células-T como uma proteína transmembrana que se autoassocia para formar o homotrímero bioativo e é rapidamente liberado da superfície celular por proteólise. A ligação do TNF a outros receptores p55 ou p75 de TNF leva ao agrupamento dos domínios citoplasmáticos do receptor e inicia a sinalização. O TNF foi identificado como uma citocina sentinela chave que é produzida em resposta a vários estímulos e, subsequentemente, promove a resposta inflamatória através da rota de apoptose dependente de caspase e dos fatores de transcrição fator nuclear (NF)-kappaB e proteína de ativação-1 (AP-1). O TNF também modula a resposta imunológica através do seu papel na organização das células imunológicas nos centros germinativos.    

                    

Nomes comerciais: Simponi            

Temperatura de armazenamento:2ºC a 8º C, protegido da luz        

                    

 

Reconstituição:    

Diluente: Pronto para uso

Volume: 50mg/4ml

[ ] Frasco: 12,5mg/ml

Estabilidade: Uso imediato

 

Diluição:                    

Diluente: SF 0,9% (tirar a mesma quantidade de medicamento da bolsa de soro)

Volume:100 mL    

[ ] Bolsa: Sem informação

Estabilidade:6 horas15ºC a 30º C, PL

            .    

Equipo: Bomba padrão com filtro 0,22μ                    

PVC: Compatível             

Soro Glicosado: Incompatível            

Fotossensibilidade: Não            

Via de Administração: Endovenoso            

Ação dermatológica: Nenhuma            

Potencial Emético: Baixo            

Tempo de Infusão:30 minutos            

            

                    MANIPULAÇÃO

 

Materiais                    

  • Luvas estéreis
  • Seringa 20 mL                    
  • Agulha 40x12mm                    
  • Equipo bomba padrão com filtro                
  • Bolsa de SF 0,9% 100mL para reconstituição
  • Frasco ampola de Golimumabe                    

 

Modo de preparo:                    

Dilua o volume total da dose da solução de SIMPONI® para 100 mL com solução de cloreto de sódio 0,9% (p/v) para infusão. Esse procedimento pode ser realizado retirando-se um volume da solução de cloreto de sódio 0,9% (p/v) do frasco de vidro ou bolsa de infusão de 100 mL igual ao volume de SIMPONI® e descarte a solução retirada. Alternativamente, SIMPONI® pode ser diluído usando o mesmo método descrito acima mas com solução de cloreto de sódio 0,45% (p/v) para infusão.

            

Pré-medicação:                    

Não necessário                     

                    

Extravasamento: Consultar em Classificação de Potencial Dermatológico e Conduta em caso de Extravasamento

 

Ajustes para função hepática e renal: Não foram conduzidos estudos específicos de SIMPONI® em pacientes com insuficiência hepática    e renal.             

                    

Interações Medicamentosas:                    

Uso concomitante de SIMPONI® com outros medicamentos biológicos A combinação de SIMPONI® com outros medicamentos biológicos usados para tratar as mesmas condições de SIMPONI®, incluindo anacinra e abatacepte, não é. Vacinas de vírus vivos/agentes infecciosos terapêuticos Vacinas de vírus vivos não devem ser administradas concomitantemente a SIMPONI. Agentes infecciosos terapêuticos não devem ser administrados concomitantemente a SIMPONI®. Não foi observado efeito significativo de metotrexato na depuração de SIMPONI® administrado por via intravenosa.                

                    

Reações Adversas:                    

Frequentes: Edema periférico, alopecia, exantema, hiperglicemia, hipomagnesemia, constipação, diarreia, náusea, vômito, estomatite, anemia, leucopenia, neutropenia, trombocitopenia, fosfatase alcalina elevada, ALT aumentado, AST aumentado, doenças infecciosas, artralgia, mialgia, parestesia, neuropatia motora periférica, neuropatia sensorial, hematúria, proteinúria, creatinina sérica elevada, dispneia, fadiga, febre, dor, deficiência auditiva.                    

Graves: síndrome do extravasamento capilar, arritmia, ICC e IAM (muito raro), erupção bolhosa e distúrbio gangrenoso (muito raro), anemia, sangramento, neutropenia febril, leucopenia grau 3 e 4, neutropenia grau 3 e 4, trombocitopenia grau 3 e 4, hepatotoxicidade e insuficiência hepática (muito raro), doença veno-oclusiva, reação anafilática e hipersensibilidade (raro), leucoencefalopatia posterior reversível, síndrome hemolítico-urêmica, insuficiência renal (raro), microangiopatia trombótica, SARA (raro), broncoespasmo, pneumonia intersticial; edema pulmonar e fibrose pulmonar (raro); insuficiência respiratória (muito raro).                    

        
 

                    

                    

Referências:                    

1. Bula Simponi – 02/2022

2. MOC- Drogas 2022

 

 

 

IFOSFAMIDA

 

Classe Terapêutica: Antineoplásico Alquilante/ mostarda nitrogenada    

        

Mecanismo de ação: Após ativação pelas enzimas microssomais hepáticas, ifosfamida destrói o DNA e bloqueia sua síntese, ligando-se ás proteínas e ao DNA, causando quebra de suas cadeias. Agente não específico de fase do ciclo celular.                    

                    

Nomes comerciais: Genérico Eurofarma            

Temperatura de armazenamento:2º a 8º C (Eurofarma) e <25ºC (Farmarin), protegido da luz        

                    

 

Reconstituição:

Diluente: AD

Volume:1000 mg em 25 mL

[ ] Frasco: 40 mg/mL

Estabilidade: 2 horas 15º a 30º C (Eurofarma) e 24 horas 2º a 8ºC ou a <25ºC (Farmarin)

Diluição:                

Diluente: SF 0,9% / SG 5%

Volume: 500 a 1000 mL

[ ] Bolsa: entre 0,6 e 20 mg/mL

Estabilidade:24 horas 15º a 30º C        

 

                    

Equipo: 30 minutos Equipo macro / > 30 minutos Equipo BIC                    

PVC: Compatível            

Soro Glicosado: Compatível            

Fotossensibilidade: Não             

Via de Administração: Endovenoso            

Ação dermatológica: Irritante ³            

Potencial Emético: Moderado            

Tempo de Infusão: Cerca de 30 minutos, eventualmente 1-2 horas.    

                    

MANIPULAÇÃO

Materiais                    

  • Luvas estéreis
  • Seringa 20 mL                    
  • Agulha 40x12mm                    
  • Equipo bomba padrão de acordo com o tempo de infusão                    
  • Água destilada para reconstituição                    
  • Bolsa de SF 0,9% para diluição                    
  • Frasco ampola de Ifosfamida                    

 

Modo de preparo:                    

Injete 25 mL de água destilada no frasco-ampola de 1000 mg e agite vigorosamente até completa dissolução do pó. Retire a solução reconstituída do frasco-ampola de acordo com a dose prescrita e transfira para a bolsa de infusão de SF 0,9 % com equipo previamente preenchido. Misture o conteúdo da bolsa de infusão com movimentos oscilantes.                    

                    

Pré-medicação:                    

Dexametasona 10 mg / Granisetrona 3 mg ou Palonosetrona 0,25mg / Fosaprepitanto 150 mg                    

Extravasamento: Consultar em Classificação de Potencial Dermatológico e Conduta em caso de Extravasamento

                

Ajustes para função hepática: BT e/ou AST/ALT < 2 × LSN: 100% da dose; BT 2-4 × LSN e/ou AST/ALT 2-5 × LSN: 75% da dose; BT > 4 × LSN e/ou AST/ALT > 5 × LSN: não administrar.

    

Ajustes para função renal: ClCr < 10 mL/min: administrar 75% da dose. Hemodiálise para adultos: não é necessária dose suplementar.                    

                    

Interações Medicamentosas:                    

Indutores da CYP3A4: carbamazepina, fenitoína, fenobarbital, oxcarbazepina, pioglitazona e rifampicina. Pode resultar em aumento na formação de metabólitos nefrotóxicos e neurotóxicos. Se usados concomitantemente, monitorar a toxicidade e considerar o ajuste de dose da ifosfamida.    

Inibidores da CYP3A4: cetoconazol, claritromicina, diltiazem, eritromicina, fluconazol, indinavir, itraconazol, nefazodona, nelfinavir, ritonavir, saquinavir, telitromicina e verapamil, podem ocasionar diminuição do metabolismo da ifosfamida a seus metabólitos ativos, diminuindo sua eficácia. A inibição da CYP3A4 pode induzir também a aumento na formação de metabólitos associados a neurotoxicidade e nefrotoxicidade. Sugere-se monitorar o paciente e considerar ajuste de dose.                

Aprepitanto: inibidor da CYP3A4, pode resultar em eficácia diminuída da ifosfamida devido ao decréscimo da concentração de seus metabólitos agentes alquilantes ativos.

Varfarina: pode resultar em aumento do efeito anticoagulante.                    

                    

Reações Adversas:                    

Muito comuns: náusea e vômito, hematúria, hematúria grave, toxicidade sistema nervoso central.

Comuns: infecção, insuficiência renal, disfunção hepática, flebite, febre. – Incomuns: reação alérgica, anorexia, cardiotoxicidade, coagulopatia, constipação (prisão de ventre), dermatite, diarreia, fadiga, hipertensão, hipotensão, mal-estar, polineuropatia, sintomas pulmonares, salivação, estomatite (inflamação da mucosa oral).                

                    

Orientações Gerais:                    

– Monitorar ocorrência de hematúria antes de cada ciclo. – Utilizar Mesna EV (20% da dose da ifosfamida) no tempo 0, e Mesna VO (40 % da dose da Ifosfamida) 2 e 6 h após infusão desta, para prevenção de cistite hemorrágica. – Encefalopatia por ifosfamida pode ocorrer em 10 a 15% dos casos, podendo ser revertida com a utilização de azul de metileno 50 mg, em solução aquosa 2% EV lento, até 6×/dia.                    

                    

Referências:                    

1. Bula Evolox 09/2021

2. MOC- Drogas 2022

3. Bragalone D.L, Drug Information Handbook for Oncology, 12 Ed, Lexicomp, 2014.                

 

 

 

 

 

 

 

INFLIXIMABE

 

Classe Terapêutica:        Anticorpo Monoclonal

            

Mecanismo de ação:    o infliximabe é um anticorpo monoclonal quimérico, humano-murino, que se liga com alta afinidade a formas solúveis e de membranas do fator de necrose tumoral alfa (TNFα), mas não à lintoxina α (TNFβ) O infliximabe inibe a atividade funcional do TFNα em vários tipos de bioensaios in vitro. O infliximabe previne o surgimento de doenças em camundongos transgênicos, que desenvolvem poliartrite, resultante de expressão constitutiva humano e quando administrado após o início da doença, ele promove a cura de articulações com erosão. In vivo, o infliximabe forma rapidamente complexos estáveis com TNFα humano, um processo paralelo à perda da bioatividade do TNFα.

 

Nomes comerciais: Remicade, Remsima            

Temperatura de armazenamento:    2º a 8ºC    

 

 

Reconstituição:

Diluente: AD

Volume:10 mL

[ ] Frasco:10 mg/mL

Estabilidade: 24 horas 2º a 8º C

 

Diluição:                    

Diluente: SF 0,9%

Volume: 250 mL

[ ] Bolsa: 0,4 e 4,0 mg/mL    

Estabilidade: 24 horas 2º a 8º C                    

 

Equipo: Bomba padrão com filtro < 1,2μ                    

PVC: Compatível                    

Soro Glicosado: Incompatível                    

Fotossensibilidade: Não                    

Via de Administração: Endovenosa                

Ação dermatológica: Nenhuma        

Potencial Emético: Sem referência                    

Tempo de Infusão: 120 minutos            

                    

MANIPULAÇÃO

Materiais                    

  • Luvas estéreis
  • Seringa 20 mL                    
  • Agulha 40x12mm                    
  • Equipo padrão com filtro< 1,2μ                    
  • Bolsa de soro                    
  • Frasco ampola de Infliximabe                    

 

Modo de preparo:                    

Injete 10mL de água destilada no frasco-ampola de 100 mg, direcionando o jato para parede do frasco e gire- o delicadamente para dissolver o pó, não agite. Deixe repousar a solução por cinco minutos. Retire a quantidade necessária do frasco, de acordo com a prescrição médica e transfira para a bolsa de infusão, com equipo com filtro previamente preenchido. Misture o conteúdo da bolsa de infusão com movimentos oscilantes.                    

                    

Pré-medicação: Não necessária.                    

 

Extravasamento: Consultar em Classificação de Potencial Dermatológico e Conduta em caso de Extravasamento

 

Ajustes para função hepática: Não é necessário                    

Ajustes para função renal: Não é necessário                    

                    

Interações Medicamentosas:                    

Não foram realizados estudos de interação.

Os corticosteroides não parecem afetar a farmacocinética do infliximabe de forma clinicamente relevante. Não se recomenda a associação de Infliximabe com outras terapêuticas biológicas usadas no tratamento das mesmas situações que Infliximabe, incluindo anacinra e abatacept.                    

                    

Reações Adversas:                    

Comuns: Dor de cabeça, tontura, náuseas, sintomas abdominais, reações alérgicas, erupção cutânea, urticária, infecções virais (como herpes), infecções respiratórias (resfriado, sinusite, bronquite, pneumonia).

Incomuns: Depressão, agitação, distúrbio no sono, problemas de cicatrização, infecção bacteriana (como tuberculose, infecção do trato urinário, infecções profundas na pele, sepse), infecções fúngicas, asma, função hepática alterada, baixa contagem de células brancas incluindo anemia, piora da desmielinização, ativação de doença autoimune, piora da insuficiência cardíaca, perda dos cabelos, sangramento, reações anafiláticas, reações no local da injeção.

                    

Orientações Gerais:                    

Infliximabe não deve ser infundido concomitantemente na mesma via intravenosa com outros medicamentos. Verificar temperatura, pressão arterial, frequência cardíaca e frequência respiratória do paciente a cada 30 minutos.                    

                    

Referências:                    

1. Bula Remsima 03/2022

2. Guia de administração Remicade out/11.

3. Bragalone D.L, Drug Information Handbook for Oncology, 12 Ed, Lexicomp, 2014                

 

 

 

 

 

 

 

 

 

    
 

 

 

IPILIMUMABE

 

Classe Terapêutica:        Anticorpo monoclonal anti-CTLA-4.

            

Mecanismo de ação:    O CTLA-4 (antígeno 4 associado ao linfócito T citotóxico) é um regulador chave da atividade de células T. O ipilimumabe é um inibidor do ponto de verificação imune do CTLA-4 que bloqueia os sinais inibitórios das células T induzidos por esta via, aumentando o número de células T efetoras reativas ao tumor, que se mobilizam para montar um ataque imunológico direto contra as células tumorais. Este bloqueio pode também reduzir a função da célula T reguladora, o que possibilita um aumento da resposta imune anti-tumor. O ipilimumabe é capaz de esgotar seletivamente as células T reguladoras no local do tumor, permitindo um aumento da razão celular intratumoral T efetoras/T reguladoras, favorecendo a morte celular tumoral.

 

Nomes comerciais: Yervoy            

Temperatura de armazenamento:    2º a 8ºC, PL

 

 

Reconstituição:

Diluente: Pronto para uso

Volume:50mg/10 ml ou 200mg/40ml

[ ] Frasco:5 mg/mL

Estabilidade: 24 horas 2º a 8º C

 

Diluição:                    

Diluente: Sem diluição ou SF 0,9% e SG 5%

Volume: De acordo com a [ ]

[ ] Bolsa: 1 e 4 mg/mL    

Estabilidade: 24 horas 2º a 8º C                    

 

Equipo: Bomba padrão com filtro < 0,22μ                    

PVC: Compativel                

Soro Glicosado: Compatível                     

Fotossensibilidade: Não            

Via de Administração: Endovenosa                

Ação dermatológica: Nenhuma        

Potencial Emético: Mínimo            

Tempo de Infusão: De 30 a
90 minutos            

                    

MANIPULAÇÃO

Materiais                    

  • Luvas estéreis
  • Seringa 20 mL                    
  • Agulha 40x12mm                    
  • Equipo padrão com filtro< 0,22μ                    
  • Bolsa de soro                    
  • Frasco ampola de Ipilimumabe

Modo de preparo:                    

Retire a quantidade necessária do frasco, de acordo com a prescrição médica e transfira para a bolsa de infusão, com equipo com filtro previamente preenchido. Misture o conteúdo da bolsa de infusão com movimentos oscilantes.                    

                    

Pré-medicação: Se necessário: Dexametasona 10mg.            

 

Extravasamento: Consultar em Classificação de Potencial Dermatológico e Conduta em caso de Extravasamento

 

Ajustes para função hepática: o. Não foram encontradas diferenças clinicamente importantes no clearance de ipilimumabe entre os pacientes com insuficiência hepática leve e função hepática normal.                    

Ajustes para função renal:    Não foram encontradas diferenças clinicamente importantes no clearance de ipilimumabe entre pacientes com comprometimento renal leve a moderado e pacientes com função renal normal.                

                    

Interações Medicamentosas: Em um estudo de interações medicamentosas, ipilimumabe não teve um efeito significativo sobre a farmacocinética de substratos do CYP1A2, CYP2E1, CYP2C8 e CYP3A4, quando coadministrado com substratos destas isoenzimas CYP (dacarbazina ou paclitaxel/carboplatina). O uso basal de corticosteroides sistêmicos, antes do início de ipilimumabe, deve ser evitado em razão de sua possível interferência com a atividade farmacodinâmica e eficácia, entretanto, corticosteroides sistêmicos ou outros imunossupressores podem ser usados após o início do uso de ipilimumabe para tratar as reações adversas relacionadas ao sistema imunológico. Sabe-se que o uso de anticoagulantes aumenta o risco de hemorragia gastrointestinal. Uma vez que a hemorragia gastrointestinal é uma reação adversa ao ipilimumabe, os pacientes que necessitarem de terapia anticoagulante concomitante devem ser monitorados cuidadosamente.                    

Reações Adversas:    Diarreia, erupção cutânea, prurido, fadiga, náusea, vômito, redução de apetite, dor abdominal, dor tumoral, anemia, linfopenia, hipopituitarismo (incluindo hipofisite), hipotireoidismo, desidratação, hipocalemia, estado confusional, neuropatia sensorial periférica, tontura, cefaleia, letargia, visão turva, dor no olho, hipotensão, rubor, fogacho, dispneia, tosse, hemorragia gastrointestinal, colite, constipação, doença de refluxo gastresofágico, função hepática anormal, dermatite, eritema, vitiligo, urticária, alopecia, sudorese noturna, pele seca, artralgia, mialgia, dor musculoesquelética, espasmos musculares, calafrios, astenia, edema, dor, doenças semelhantes à gripe (sintomas), ALT elevada, AST elevado, bilirrubina sanguínea elevada, fosfatase alcalina sanguínea elevada, redução de peso.        

                    

Orientações Gerais:        Testes de função hepática (TFHs) e função da tireoide devem ser avaliados no início do tratamento e antes de cada dose de Ipilimumabe. Além disso, quaisquer sinais ou sintomas de reações adversas relacionadas ao sistema imunológico, incluindo diarreia e colite, devem ser avaliados durante o tratamento. Quando administrado em combinação com nivolumabe, nivolumabe deverá ser administrado primeiro seguido de Ipilimumabe no mesmo dia.            

                

                    

Referências:                    

1. Bula Yervoy 2022

2. MOC Drogras 2022

3. Guia Oncologia Eistein 2013                

 

 

 

 

 

 

IRINOTECANO

 

Classe Terapêutica:    Antineoplásico derivado da camptotecina/ Inibidor da Topoisomerase I.            

Mecanismo de ação: É um pró-fármaco convertido pelo plasma, pela mucosa intestinal e pelas enzimas hepáticas em um metabólito ativo (SN -38), é um inibidor da topoisomerase I ocasionando danos irreversíveis ao DNA e RNA, além de apoptose. A topoisomerase I é uma enzima encontrada em alta concentração em algumas células malignas, tais como as de adenocarcinoma de cólon e de LNH. A presença de níveis aumentados de topoisomerase I torna essas células mais sensíveis à ação do irinotecano.    

 

Nomes comerciais: Camptosar®, Irinotecano genérico                    

Temperatura de armazenamento:15º a 30º, protegido da luz        

                    

 

Reconstituição:                

Diluente: Pronto para uso

Apresentação: 100mg/5mL

[ ] Frasco: 20mg/mL

Estabilidade:    48 horas 15º a 25º (RDC 67)

 

Diluição:                    

Diluente: SF 0,9% ou SG 5%

Volume:500 mL

[ ] Bolsa:0,12 a 2,8 mg/mL    

Estabilidade:    24 horas 15º a 30ºC                

 

Equipo: Bomba padrão                    

PVC: Compatível            

Soro Glicosado: Compatível            

Fotossensibilidade: Não            

Via de Administração: Endovenoso            

Ação dermatológica: Irritante ³            

Potencial Emético: Moderado            

Tempo de Infusão: 30 a 90 minutos, pode ser realizada infusão contínua por 24 horas            

                    

MANIPULAÇÃO

Materiais                    

  • Luvas estéreis
  • Seringa 20 mL                    
  • Agulha 40x12mm                    
  • Equipo bomba padrão                    
  • Bolsa de soro para diluição                    
  • Frasco ampola de Irinotecano                    

 

Modo de preparo:                    

Retire a quantidade necessária do frasco, de acordo com a prescrição médica e transfira para a bolsa de infusão, com equipo previamente preenchido. Misture o conteúdo da bolsa com movimentos oscilantes.                    

Pré-medicação:                    

Dexametasona 10 mg / Granisetrona 3 mg ou Palonosetrona 0,25mg / Fosaprepitanto 150 mg / Atropina 0,5 mg (para evitar sintomas colinérgicos agudos ou diarreia)

 

Extravasamento: Consultar em Classificação de Potencial Dermatológico e Conduta em caso de Extravasamento

Ajustes para função hepática: se BT > LSN a ≤ 2 mg/dL, considerar redução da dose inicial; uso não recomendado se BT > 2 mg/dL.     

                

Ajustes para função renal: usar com cautela; não recomendado para pacientes em diálise.                     

Interações Medicamentosas:                    

– Contraindicação:

– Agentes antifúngicos azóis: cetoconazol, fluconazol, itraconazol, voriconazol, posaconazol, pode resultar em reações adversas devido ao irinotecano. Considerar modificação de terapia antifúngica.

-Atazanavir: inibidor da UgT1A1, pode resultar em aumento na concentração plasmática do metabólito ativo do irinotecano, OSN-38.

                    

– Interações Graves:

-Inibidores fortes da CYP3A4: indinavir, ritonavir, nefazodona, nelfinavir, ritonavir, saquinavir, telitromicina, pode resultar em aumento nos níveis plasmáticos de irinotecano. Considerar uma alternativa terapêutica que não apresente ação inibitória.

-Aprepitanto, fosaprepitanto: inibidores da CYP3A4, pode resultar em aumento nos níveis plasmáticos de irinotecano. Usar com cautela e monitorar a ocorrência de eventos adversos relacionados a este: mielossupressão, náusea, vômito, diarreia e febre.

– Carbamazepina, fenitoína e fenobarbital: indutores fortes da CYP3A4, pode diminuir os níveis e a eficácia do irinotecano. Considerar a substituição por um anticonvulsivante não indutor, como levetiracetam, com pelo menos 2 semanas antes do início da terapia, caso não seja possível suspender o uso de anticonvulsivantes indutores, a dose de irinotecano deve ser significativamente aumentada. (ver MOC)

– Rifampicina ou oxcarbazepina: indutores da CYP3A4, podem diminuir os níveis e a eficácia do irinotecano. Monitorar a eficácia dos mesmos e se necessário considerar o aumento de dose para garantir a eficácia terapêutica.

– Interações Moderadas:

– Citalopram: inibição da CYP3A4 pelo irinotecano, que pode resultar em aumento nos níveis plasmáticos do citalopram e risco aumentado de miopatia ou rabdomiólise. Acompanhar o paciente para sinais e sintomas de toxicidade e monitorar os níveis de creatina quinase (CK).

– Dexametasona: através de um mecanismo de interação desconhecido, pode resultar em risco aumentado de linfocitopenia e/ou hiperglicemia. Se associados, monitorar a contagem de linfócitos e a glicose sanguínea.                    

                    

Reações Adversas:                    

Diarreia tardia, náusea, vômitos, diarreia precoce, dor/cólicas abdominais, anorexia, estomatite leucopenia, anemia, neutropenia astenia, febre perda de peso, desidratação alopecia eventos tromboembólicos, leucopenia, neutropenia alopecia.

                    

Referências:                    

1. Bula Irinotecano Eurofarma 04/2022

2. MOC- Drogas 2022

3. Bragalone D.L, Drug Information Handbook for Oncology, 12 Ed, Lexicomp, 2014.                    

 

 

METOTREXATO

 

Classe Terapêutica: Antineoplásico Antimetabólito / Antifolato

            

Mecanismo de ação: Antagonista do ácido fólico que inibe a di-hidrofolato redutase (DHFR), impedindo a conversão do ácido di-hidrofólico em ácido tetra-hidrofólico, que é indispensável à síntese de timinas e purinas. Liga-se também de forma irreversível à TS, acarretando inibição da síntese de purinas e de ácido timidílico. Agente específico de fase do ciclo celular (fase S).                     

 

Nomes comerciais: Miantrex, Fauldmetro, Tevametho            

Temperatura de armazenamento:    2ºC a 8ºC, PL (Libbs) < 25º C, protegido da luz (Teva)    

                    

 

Reconstituição:

Diluente: Pronto para uso

Apresentação    :50 mg/2 mL

[ ] Frasco:25 mg / mL

Estabilidade: Libbs – 48 horas 2ºC a 8ºC, PL / Teva – 48 horas < 25º C PL

Diluição:

Diluente: SF 0,9% ou SG 5%

Volume: 50 a 1000 mL

[ ] Bolsa: Entre 1 e 2 mg/mL

Estabilidade: 24 horas 15 a 30ºC

 

                

Equipo: Equipo Macro < ou =30 minutos                    

PVC: Compatível            

Soro Glicosado: Compatível            

Fotossensibilidade: Não            

Via de Administração: Endovenoso; Intratecal; IM; Intraperitonial; Intravesical        

Ação dermatológica: Nenhuma ³            

Potencial Emético: < 50mg/m2 – mínimo; > 50 a 250mg/m2 – baixo; > 250mg/m2 – moderado

Tempo de Infusão: De acordo com o protocolo            

                    

MANIPULAÇÃO

 

Materiais                    

  • Luvas estéreis
  • Seringa 20 mL                    
  • Agulha 40x12mm                    
  • Equipo bomba padrão                    
  • Bolsa de soro                
  • Frasco ampola de Metotrexato                    

     

Modo de preparo:                    

Retire a quantidade necessária do frasco, de acordo com a prescrição médica e transfira para a bolsa de infusão, com equipo previamente preenchido. Misture o conteúdo da bolsa de infusão com movimentos oscilantes.            

Pré-medicação: Dexametasona 10 mg (Se Necessário)

 

Extravasamento: Consultar em Classificação de Potencial Dermatológico e Conduta em caso de Extravasamento

Ajustes para função hepática: BT 3,1-5 mg/dL ou AST > 180 U/L: administrar 75% da dose; BT > 5 mg/dL: não administrar.     

Ajustes para função renal: para início do tratamento, o ClCr deve ser > 60 mL/min. Se ClCr > 50 mL/min e ≤ 80 mL/min: administrar 70 a 75% da dose; se ClCr 10-50 mL/min: 30 a 50% da dose. Contraindicado se ClCr < 10 mL/min. Não dialisável; dose suplementar não é necessária                    

                    

Interações Medicamentosas:                    

– Agentes quimioterápicos: espera-se uma toxicidade aditiva em esquemas de quimioterapia que combinam fármacos com efeitos farmacológicos similares, devendo ser realizada uma monitoração especial com respeito à depressão de medula óssea, bem como toxicidades renal, gastrintestinal e pulmonar. O aumento da nefrotoxicidade pode ser observado quando uma alta dose de metotrexato é administrada em combinação com um agente quimioterápico potencialmente nefrotóxico (por exemplo, cisplatina). – Citarabina: O metotrexato intratecal administrado concomitantemente com citarabina IV pode aumentar o risco de eventos adversos graves neurológicos, como cefaleia, paralisia, coma e episódios semelhantes a AVC. – L-asparaginase: Foi relatado que a administração de L-asparaginase pode antagonizar o efeito de Metotrexato. – Mercaptopurina: O metotrexato aumenta os níveis plasmáticos de mercaptopurina. A combinação de metotrexato e mercaptopurina pode, portanto, exigir ajuste de dose. – Medicamentos Anti-Inflamatórios não esteroidais (AINES): ácido acetilsalicílico e outros salicilatos, azapropazona, diclofenaco, indometacina e cetoprofeno. A administração concomitante de AINES com a terapia de alta dose de metotrexato pode elevar e prolongar os níveis de metotrexato sérico, o que pode resultar em óbitos por toxicidade grave de origem hematológica (incluindo supressão da medula óssea e anemia aplástica) e gastrointestinal. – Ouro, penicilamina, hidroxicloroquina, sulfalasalazina: não foi estudado o uso combinado, porém pode aumentar a incidência de efeitos adversos. – Inibidores da bomba de prótons: pode reduzir a depuração deste, o que provoca níveis plasmáticos elevados de metotrexato com sinais e sintomas clínicos de toxicidade por esta droga. O uso concomitante de IBP e a alta dose de metotrexato devem ser, portanto, evitados, especialmente em pacientes com comprometimento renal. – Ciprofloxacino: o transporte tubular renal é reduzido pelo ciprofloxacino e deve ser monitorado. – Penicilinas e sulfonamidas: podem reduzir a depuração renal de metotrexato. A toxicidade hematológica e gastrointestinal foi observada em combinação com doses altas e baixas de metotrexato. – Antibióticos orais: Os antibióticos orais, como tetraciclina, cloranfenicol e antibióticos de amplo espectro não absorvíveis, podem reduzir a absorção intestinal de metabolismo ou interferir na circulação entero-hepática ao inibir a flora intestinal e suprimir o metabolismo pelas bactérias.                     

Reações Adversas:                    

Alopecia; fotossensibilidade; erupção cutânea; sensação de queimadura da pele; dor abdominal; diarreia; indigestão; náusea; estomatite; vômito; trombocitopenia; aumento das enzimas hepáticas; tontura; cefaleia; bronquite; nasofaringite; Doença tromboembólica; eritema multiforme; síndrome de Stevens-Johnson; necrólise epidérmica tóxica; agranulocitose; anemia aplásica; leucopenia e pancitopenia; cirrose hepática; fibrose hepática; hepatotoxicidade; infecção oportunista; pneumonia intersticial.                

    

Orientações Gerais:                    

Evitar o uso em pacientes com ascite, derrame pleural ou edema periférico importante, pois a toxicidade pode ser exacerbada nessas situações.

Doses >500 mg/m² requerem resgate com Folinato de Cálcio.                     

                    

Referências:                    

1. Bula Faulmetro Libbs 03/2022

2. Bula Tevametho 01/2022

3. MOC- Drogas 2022

MITOXANTRONA

 

Classe Terapêutica: Antineoplásico Antibiótico/ Antracenediona    

        

Mecanismo de ação: Intercala-se ao DNA e inibe a atividade da topoisomerase II. Bloqueia a síntese de DNA, RNA e proteínas. Agente não específico de fase do ciclo celular.                    

 

Nomes comerciais: Evomixan            

Temperatura de armazenamento:    Entre 2ºC e 8ºC, PL        

                    

 

Reconstituição:

Diluente: Pronto para uso

Apresentação    : 20mg/10 mL

[ ] Frasco: 2mg/mL

Estabilidade:    7 dias 2ºC a 8ºC

Diluição:

Diluente: SF 0,9 % ou SG 5%    

Volume:100 mL

[ ] Bolsa: Sem referências

Estabilidade:48 horas <25ºC

 

                    

Equipo: Equipo Macro

PVC: Compatível            

Soro Glicosado: Compatível            

Fotossensibilidade: Não            

Via de Administração: Endovenoso            

Ação dermatológica: Vesicante            

Potencial Emético: Baixo            

Tempo de Infusão: 15 a 30 minutos            

                    

MANIPULAÇÃO

Materiais                    

  • Luvas estéreis
  • Seringa 20 mL                    
  • Agulha 40x12mm                    
  • Equipo padrão Macro                    
  • Bolsa de soro 100 mL                    
  • Frasco ampola de Mitoxantrona                    

 

Modo de preparo:                    

Retire a quantidade necessária do frasco, de acordo com a prescrição médica e transfira para a bolsa de infusão, com equipo previamente preenchido. Misture o conteúdo da bolsa/bomba de infusão com movimentos oscilantes.                    

                    

Pré-medicação:                    

Dexametasona 10 mg                     

 

Extravasamento: Consultar em Classificação de Potencial Dermatológico e Conduta em caso de Extravasamento

                    

Ajustes para função hepática: considerar ajuste de dose.

Ajustes para função renal: sem dados disponíveis. Usar com cautela em pacientes idosos. Não é necessária dose suplementar durante a hemodiálise.                    

                    

Interações Medicamentosas:                    

– Com Heparina: Pode ocorrer precipitação.                    

– Quinolonas orais: pode provocar alterações na mucosa intestinal, além de provável diminuição da absorção e da eficácia das quinolonas. Se a associação for necessária, monitorar o paciente e ajustar a dose desta, se necessário.                    

                    

Reações Adversas:                    

Náusea, vomito, diarreia, doença inflamatória da membrana mucosa, cefaleia, trombocitopenia, leucopenia, alteração no ciclo menstrual, testes alterados da função hepática, doenças infecciosas do trato urinário, cardiotoxicidade, hepatotoxicidade, LMA secundária, neutropenia febril, doença infecciosa neutropênica; mielossupressão, neutropenia.                     

                    

Orientações Gerais:                    

A mitoxantrona NÃO deve ser misturada com outras drogas na mesma infusão. Recomenda-se monitorar cardiotoxicidade.                    

                    

Referências:                    

1. Bula Evomixan 03/2021

2. MOC- Drogas 2022

3. Bragalone D.L, Drug Information Handbook for Oncology, 12 Ed, Lexicomp, 2014.            

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

NAB-PACLITAXEL

 

 

Classe Terapêutica:     Antineoplásico inibidor mitótico / Taxano            

 

Mecanismo de ação: Nab-paclitaxel é uma forma de Paclitaxel relacionado com a albumina, que funciona como um agente inibidor de micro túbulos, promovendo sua associação a partir de dímeros de tubulina e posteriormente sua estabilização. A estabilização dos micro túbulos impede a despolimerização e causa uma inibição de sua reorganização dinâmica normal que é necessária para as funções mitóticas nas células.

Nos modelos pré-clínicos, Nab-paclitaxel resultou em concentrações intra-tumorais maiores em comparação ao paclitaxel em solução. Nab-paclitaxel contém nanopartículas de paclitaxel ligadas à albumina sérica humana, onde o paclitaxel está presente em um estado não cristalino e amorfo. Estudos in vitro demonstraram que Nab-paclitaxel aumentou o transporte de paclitaxel entre as células endoteliais em comparação com a injeção de paclitaxel. Uma hipótese é que a distribuição intra-tumoral aumentada de paclitaxel com Nab-paclitaxel é devido a um aumento no transporte transendotelial que é mediado pelo receptor de albumina gp-60, e que há um aumento no acúmulo de paclitaxel na área do tumor devido à proteína de ligação à albumina SPARC (proteína ácida secretada rica em cisteína).

 

Nomes comerciais: Abraxaneâ            

Temperatura de armazenamento:     de 15ºC a 30ºC    

            

 

Reconstituição:

Diluente: 20 ml de SF 0,9%

Apresentação    : 100 mg

[ ] Frasco: 5mg/ml

Estabilidade: 24 horas 20ºC a 25ºC

Diluição:

Diluente: Bolsa Vazia de SF 0,9%

Volume: N/A

[ ] Bolsa: N/A

Estabilidade: 12 horas 20ºC a 25ºC

 

 

 

Equipo: Equipo BIC                

PVC: Compatível        

Soro Glicosado: Incompatível        

Fotossensibilidade: Não        

Via de Administração: Endovenoso            

Ação dermatológica: Irritante com propriedades vesicantes            

Potencial Emético:     Baixo        

Tempo de Infusão: 30 a 40 minutos    

    
 

    

MANIPULAÇÃO

Materiais                    

  • Luvas estéreis
  • Seringa 20 mL                    
  • Agulha 40x12mm                    
  • Equipo para bomba padrão (BIC)                    
  • Bolsa de soro vazia
  • SF 0,9% para reconstituição                    
  • Frasco de Nab-Paclitaxel

                        

Modo de preparo:                    

Usando uma seringa estéril, injetar lentamente 20 mL da solução de SF 0,9% em um frasco-ampola de Nab-paclitaxel. Direcionar o fluxo da solução na superfície interna do frasco-ampola e levar pelo menos 1 minuto para a introdução. Não injetar a solução diretamente no liofilizado, já que isto resultaria em formação de espuma. Assim que a adição estiver completa, deixar o frasco-ampola em repouso por no mínimo 5 minutos para garantir o umedecimento adequado da parte sólida. Em seguida, misturar e/ou inverter suavemente e lentamente o frasco-ampola por pelo menos 2 minutos até a completa dissolução de qualquer liofilizado. Evitar a formação de espuma. Calcular o volume de administração total exato exigido para o paciente e retirar lentamente o volume da suspensão reconstituída do frasco-ampola em uma seringa. Injetar a quantidade adequada de Nab-paclitaxel reconstituído em uma bolsa de infusão vazia e estéril.

                    

Pré-medicação: Difenidramina 50 mg, dexametasona 10 mg                

            

Extravasamento: Consultar em Classificação de Potencial Dermatológico e Conduta em caso de Extravasamento

 

Ajustes para função hepática: Os efeitos da disfunção hepática (bilirrubinas séricas 1,5mg /dl) são desconhecidos; não há recomendações disponíveis sobre o ajuste da dose.

                    

Ajustes para função renal: A segurança não foi estabelecida para pacientes com creatinina sérica > 2mg/dL. Usar com cautela.

 

Interações Medicamentosas: Deve-se ter cautela ao administrar Nab-paclitaxel concomitantemente com medicamentos conhecidos por inibir (por exemplo, cetoconazol, eritromicina, fluoxetina, antifúngico imidazol, genfibrozila, clopidogrel, cimetidina, ritonavir, saquinavir, indinavir e nelfinavir) ou induzir (por exemplo, rifampicina, carbamazepina, fenitoína, efavirenz, nevirapina) tanto a CYP2C8 ou CYP3A4. Paclitaxel e gencitabina não compartilham uma via metabólica comum. A depuração do paclitaxel é principalmente determinada pelo metabolismo mediado pela 2C8 e 3A4 do citocromo P450 seguida pela excreção biliar, enquanto gencitabina é inativada pela citidina deaminase seguido pela excreção urinária. As interações farmacocinéticas entre Nab-paclitaxel e gencitabina não foram avaliadas em humanos.                    

Reações Adversas: Fadiga, Edema periférico, Pirexia, Astenia, Calafrios, Náusea, Diarreia, Vômito, Constipação, Dor abdominal, Dor abdominal superior, Alopecia, Erupção cutânea, Neuropatia periférica, Disgeusia, Dor de cabeça, Tontura, Apetite diminuído, Desidratação, Hipocalemia, Tosse, Dispneia, Epistaxe, Peso diminuído, Alanina aminotransferase aumentada, Dor na extremidade, Artralgia, Mialgia, Insônia, Depressão, Ansiedade.                    

                        

Referências:                    

1. Bula Abraxane 2022

2. MOC- Drogas 2022

3. Guia Oncologia Einsten 2013

 

 

 

 

 

 

NIVOLUMABE

 

Classe Terapêutica:        Anticorpo monoclonal / Imunoterápico

            

Mecanismo de ação: a ligação de PD-L1 e PD-L2 ao PD-1 (receptor de morte programada) encontrado nas células T inibe sua proliferação e a produção de citocinas. O aumento da expressão dos ligantes de PD-1 ocorre em alguns tumores, e a sinalização através desta via pode contribuir para a inibição da ativação do sistema imunológico. Nivolumabe é uma imunoglobulina humana G4 (IgG4) que se liga ao receptor PD-1 e bloqueia sua interação com os ligantes PD-L1 e PD-L2, responsáveis pela inibição da resposta imune mediada pela via PD-1.

    

Nomes comerciais: Opdivo            

Temperatura de armazenamento:    2º a 8º C sob proteção da luz, não congelar nem agitar.         

                    

 

Reconstituição:

Diluente: Pronto para uso

Volume: 100 mg/10 mL e 40 mg/4mL

[ ] Frasco: 10 mg/mL

Estabilidade: 24 horas, 2º a 8º C,PL

 

Diluição:                    

Diluente: SF 0,9% ou SG 5%

Volume: Pode ser infundido sem diluição

[ ] Bolsa: 1 a 10 mg/mL    

Estabilidade: 24 horas, 2º a 8º C                    

 

Equipo: Bomba com filtro 0,22 µ                    

PVC: Compatível                    

Soro Glicosado: Compatível                    

Fotossensibilidade: Não                    

Via de Administração: Endovenosa                

Ação dermatológica: Nenhuma        

Potencial Emético: Baixo            

Tempo de Infusão: 30 minutos                

                    

MANIPULAÇÃO

Materiais                    

  • Luvas estéreis
  • Seringa 20 mL                    
  • Agulha 40x12mm                    
  • Equipo padrão com filtro 0,22 µ                        
  • Bolsa de soro                    
  • Frasco ampola de Nivolumabe                    

 

Modo de preparo:                    

Retire a quantidade necessária do frasco, de acordo com a prescrição médica e transfira para a bolsa de infusão, com equipo previamente preenchido. Misture o conteúdo da bolsa de infusão com movimentos oscilantes.                    

 

Pré-medicação: Não necessário                 

 

Extravasamento: Consultar em Classificação de Potencial Dermatológico e Conduta em caso de Extravasamento

 

Ajustes para função hepática:
na ocorrência de hepatite imunorrelacionada durante o tratamento se AST ou ALT > 3 a 5 × LSN ou BT > 1,5 a 3 × LSN, administrar corticosteroides e suspender o tratamento até resolução a G0 ou G1. Se a resolução a G0 ou G1 não ocorrer em 12 semanas, ou se AST ou ALT > 5 × LSN ou BT > 3 × LSN, suspender nivolumabe permanentemente.    

                

Ajustes para função renal: se Cr > 1,5 a 6 × LSN ou > 1,5 × o nível basal, administrar corticosteroides e suspender o tratamento até resolução a G0 ou G1. Se a resolução a G0 ou G1 não ocorrer em 12 semanas, ou se Cr > 6 × LSN suspender nivolumabe permanentemente.            

                    

Interações Medicamentosas:                    

Nenhum estudo de interação fármaco-fármaco foi conduzido com nivolumabe.                    

Reações Adversas:                    

Imunorrelacionadas: Pneumonite, colite, hepatite, erupção cutânea acneiforme, prurido, necrólise epidérmica tóxica, aumento de ALT/AST, aumento de bilirrubina, reação alérgica, nefrite e disfunção renal (aumento assintomático da creatinina sérica), hipertireoidismo, hipofisite (distúrbios endócrinos gerais), diabete mellitus, acidose, reações infusionais.

Fadiga, erupção cutânea, prurido, diarreia e náusea, hipercalemia, hipomagnesemia, hiponatremia, hipocalcemia

Menos frequentes: pancreatite, uveíte, desmielinização, neuropatia autoimune (que inclui paralisia do nervo abducente e facial), síndrome de Guillain-Barré, hipopituitarismo, síndrome miastênica, miosite, miocardite, rabdomiólise,

                

Orientações Gerais:                    

Monitorar a ocorrência de reações imunorrelacionadas; administrar corticosteroides baseado na severidade da reação. Quando ipilimumabe é associado ao nivolumabe, ipilimumabe é administrado após o término da infusão do nivolumabe.                    

                    

Referências:                    

  1. Bula Opdivo – Brystol Meyers – 05/2022
  2. Material Educacional de Minimização de risco – Opdivo
  3. MOC- Drogas 2022
  4. BC Cancer Agency Cancer Drug Manual    

 

 

 

 

 

 

 

 

 

OXALIPLATINA

 

Classe Terapêutica: Antineoplásico alquilante / complexo de coordenação de platina

 

Mecanismo de ação: O átomo central de platina forma um complexo com um grupo oxalato e um 1,2-diaminociclo-hexano em posição trans. Como outros derivados da platina, a oxaliplatina atua sobre o DNA, produzindo ligações covalentes que levam à formação de pontes interfilamento e intrafilamento, inibindo a síntese e a replicação posterior do DNA. Interfere também com a síntese do RNA e das proteínas celulares.

 

Nomes comerciais: Tevaoxali, Eloxatin®, Bioezulen®            

Temperatura de armazenamento:    < 25º C        

                    

 

Reconstituição:

Diluente: Pronto para uso    

Apresentação    :100 mg/20mL e 50 mg/10mL

[ ] Frasco: 5 mg/mL

Estabilidade:48 horas 15 a 25ºC    

 

Diluição:                    

Diluente: SG %

Volume: Conforme tabela abaixo

[ ] Bolsa: Mínima 0,2 mg/mL

Estabilidade:24 horas 2 a 8ºC ou 6 horas 15 a 25ºC

Equipo: Equipo BIC                    

Dose

Volume diluição

≤ 50 mg

Calcular volume

> 50 mg a ≤ 100 mg

250 mL

> 100 mg

500 mL

PVC: Compatível            

Soro Fisiológico: Incompatível            

Fotossensibilidade: Não            

Via de Administração: Endovenoso            

Ação dermatológica: Vesicante            

Potencial Emético: Moderado            

Tempo de Infusão: 2 a 6 horas            

                    

MANIPULAÇÃO

Materiais                    

  • Luvas estéreis
  • Seringa 20 mL                    
  • Agulha 40x12mm                    
  • Equipo padrão (BIC)                    
  • Bolsa de soro glicosado                    
  • Frasco ampola de Oxaliplatina                    

 

Modo de preparo:                    

Retire a quantidade necessária do frasco, de acordo com a prescrição médica e transfira para a bolsa de infusão, com equipo previamente preenchido. Misture o conteúdo da bolsa de infusão com movimentos oscilantes.                    

                    

Pré-medicação:                    

– Dexametasona 10 mg / Granisetrona 3 mg ou Palonosetrona 0,25mg / Fosaprepitanto 150 mg/ Difenidramina 50 mg                    

– Correr soro glicosado pré e pós administração de oxaliplatina.                    

 

Extravasamento: Consultar em Classificação de Potencial Dermatológico e Conduta em caso de Extravasamento

                    

Ajustes para função hepática: Não é necessário, mesmo em pacientes com disfunção hepática grave.    

Ajustes para função renal: Não é necessário na disfunção leve a moderada; se ClCr < 20 mL/min, considerar omissão de dose ou mudança de esquema de tratamento.                    

                    

Interações Medicamentosas:                    

– Varfarina: pode ter a toxicidade aumentada através desta interação. Pacientes com esquemas associados a fluoruracila são mais propensos a apresentar valores anormais de INR do que os que recebem somente fluoruracila ou outros agentes. Recomenda-se monitorar INR por 1 mês após a terapia com oxaliplatina e fluoruracila. Caso INR permaneça instável, aumentar frequência e duração do monitoramento e se necessário, ajustar dose da varfarina.                    

                    

Reações Adversas:                    

Dor abdominal; constipação; diarreia; anorexia; náusea; vômito; anemia; distúrbio granulocitopênico graus 3 e 4; neutropenia; fosfatase alcalina anormal; ALT anormal; AST anormal; testes de função hepática; dor nas costas; parestesia; tosse; febre; edema; acidose metabólica; obstrução intestinal; colite; diarreia por Clostridium difficile; pancreatite aguda; neutropenia febril; anemia hemolítica; leucopenia; neutropenia grau 3 ou 4; trombocitopenia; doença veno-oclusiva; anafilaxia; reação de hipersensibilidade em monoterapia grau 3 ou 4; reação infusional; disestesia faringolaríngea; neuropatia; neuropatia aguda ou persistente; leucoencefalopatia posterior reversível; perda visual transitória; síndrome hemolítica-urêmica; nefrite intersticial aguda; dispneia; pneumonite; fibrose pulmonar; angioedema; perda auditiva.                    

Orientações Gerais:                    

Monitorar neurotoxicidade. Em pacientes tratados com FOLFOX e que recebem varfarina, monitorar TP com frequência.                    

                    

Referências:                    

1. Bula Tevaoxali 04/2021

2. MOC- Drogas 2022

3. Bragalone D.L, Drug Information Handbook for Oncology, 12 Ed, Lexicomp, 2014                

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

PACLITAXEL

 

Classe Terapêutica:        Antineoplásico inibidor mitótico / Taxano            

 

Mecanismo de ação: Fármaco obtido por meio de processo de fermentação biossintética natural, ou seja, fermentação de células vegetais. O paclitaxel promove a agregação dos microtúbulos a partir dos dímeros de tubulina. Ele estabiliza os microtúbulos prevenindo a despolimerização, resultando na inibição da dinâmica normal de reorganização da rede de microtúbulos essencial para as funções celulares. O paclitaxel também induz a formação anormal ou feixe de microtúbulos durante o ciclo celular e múltiplos ásteres de microtúbulos durante a mitose. Atua, provavelmente, como agente específico de fase do ciclo celular (fases G-2 e M).                    

Nomes comerciais: Taxol, Ontax                

Temperatura de armazenamento:    15ºC a 30ºC, Protegido da Luz                

                    

 

Reconstituição:                    

Diluente: Pronto para uso

Apresentação: 150 mg/25 mL

[ ] Frasco: 6 mg/mL

Estabilidade: 28 dias 20ºC a 25ºC

 

Dose

Volume diluição

80 mg – 150 mg

250 mL

> 150 mg

500 mL

Diluição:

Diluente: SF 0,9% / SG 5%

Volume: De acordo com a dose (tabela ao lado)

* doses < 80 mg, calcular volume de soro adequado,

conforme concentração.

[ ] Bolsa:0,3 a 1,2 mg/mL

Estabilidade: 27 horas 15 a 30ºC

 

 

Equipo: PVC free com filtro 0,22 µ                    

PVC: Incompatível            

Soro Glicosado: Compatível            

Fotossensibilidade: Não            

Via de Administração: Endovenoso            

Ação dermatológica: Irritante com propriedades vesicantes            

Potencial Emético: Baixo            

Tempo de Infusão: 1 a 24 horas, de acordo com protocolo            

                    

 

MANIPULAÇÃO

Materiais                    

  • Luvas estéreis
  • Seringa 20 mL                    
  • Agulha 40x12mm                    
  • Equipo para bomba PVC free, com filtro 0,22 micra                    
  • Bolsa de soro                     
  • Frasco ampola de Paclitaxel                    

Modo de preparo:                    

Retire a quantidade necessária do frasco, de acordo com a prescrição médica e transfira para a bolsa de infusão, com equipo previamente preenchido. Misture o conteúdo da bolsa de infusão com movimentos oscilantes.                    

Pré-medicação:                    

Difenidramina 50 mg / Dexametasona 20 mg / Cimetidina 300 mg                    

                    

Extravasamento: Consultar em Classificação de Potencial Dermatológico e Conduta em caso de Extravasamento

 

Ajustes para função hepática: Pacientes com insuficiência hepática podem apresentar risco de toxicidade aumentado, particularmente mielossupressão graus III-IV. O ajuste de dose é recomendado; Para infusão de 3 h (175 mg/m²) no primeiro ciclo, transaminases < 10 × LSN e BT de 1,26 a 2 × LSN: 135 mg/m²; se transaminases < 10 × LSN e BT de 2,01 a 5 × LSN: 90 mg/m²; se transaminases ≥ 10 × LSN, ou BT > 5 × LSN: não administrar.                    

Ajustes para função renal: Não é necessário.

 

Interações Medicamentosas:                    

Aprepitanto: Inibidor da CYP3A4, pode ocorrer aumento da concentração plasmática do Paclitaxel intensificando seus efeitos adversos. Quando associados recomenda-se monitorar eventos como neutropenia, trombocitopenia, anemia e mialgias

Deferasirox e genfibrozila: Inibidores da CYP2C8, pode ocorrer aumento da concentração plasmática do Paclitaxel intensificando seus efeitos adversos como supressão da medula óssea, násea, vômito e neuropatia periférica.

Inibidores da CYP3A4: atazanavir, cetoconazol, claritromicina, indinavir, itraconazol, nefazadona, nelfinavir, ritonavir, saquinavir e telitromicina, pode ocorrer aumento da concentração plasmática do Paclitaxel. Usar com cautela e monitorar toxicidade do Paclitaxel.

Buspirona, felodipino, lovastatina, midazolam, sildenafila, sinvastatina, triazolam: substratos da CYP3A4, podem interferir no metabolismo do Paclitaxel, alterando sua concentração plasmática. Recomenda-se monitorar eficácia terapêutica do Paclitaxel e ajustar a dose se necessário.

Carbamazepina, dexametasona, fenitoína, fenobarbital, oxcarbazepina, rifampicina: podem diminuir a eficácia do Paclitaxel, se possível considerar outros tratamentos não indutores, caso contrário, considerar o aumento de dose de Paclitaxel em 50 % e monitorar toxicidade.

Repaglinida, rosiglitazona: substratos da CYP2C8, podem interferir no metabolismo do Paclitaxel, alterando sua concentração plasmática. Recomenda-se monitorar eficácia terapêutica do Paclitaxel.

Verapamil: pode diminuir o clearance do Paclitaxel e aumentar sua concentração. Recomenda-se monitorar os eventos adversos de Paclitaxel.

 

Reações Adversas:                    

Alopecia, diarreia, mucosite, náusea e vômito, anemia, leucopenia, neutropenia, trombocitopenia, reação de hipersensibilidade, artralgia, mialgia, neuropatia periférica, ECG anormal, bradicardia, hipotensão, elevação grave no AST, elevação grave na fosfatase alcalina.

                        

Referências:                    

1. Bula Taxol 12/2021

2. MOC- Drogas 2022

3. Bragalone D.L, Drug Information Handbook for Oncology,12 Ed, Lexicomp, 2014.        

PAMIDRONATO DISSÓDICO

 

Classe Terapêutica:        Bifosfonados

            

Mecanismo de ação:    é um potente inibidor da reabsorção óssea mediada por osteoclastos. Liga-se fortemente aos cristais de hidroxiapatita, inibindo a formação e a dissolução desses cristais in vitro. A inibição da reabsorção óssea osteoclástica in vivo pode, ao menos em parte, ser causada pela ligação do fármaco ao mineral ósseo (matriz óssea). Inibe o acesso de precursores osteoclásticos para o tecido ósseo e sua subsequente transformação em osteoclastos maduros com atividade de reabsorção óssea. Inibe o hormônio da paratireoide. É mais potente que o clodronato.

    

Nomes comerciais: Pamidronato Dissódico, Faulpami                    

Temperatura de armazenamento:15º a 30º C, protegido da luz                    

                    

 

Reconstituição:

Diluente: Água destilada

Volume:10 mL

[ ] Frasco: 9 mg/mL

Estabilidade: 24 horas, 2º C a 8ºC

 

Diluição:                    

Diluente: SF 0,9%

Volume: 250 mL (CID C900 – 500 mL)

[ ] Bolsa: máximo 90 mg/250 mL

Estabilidade: 24 horas, 15º a 30ºC                    

 

Equipo: Equipo BIC

PVC: Compatível                    

Soro Glicosado: Compatível                    

Fotossensibilidade: Não                    

Via de Administração: Endovenosa                

Ação dermatológica: Nenhuma    

Potencial Emético: Não emetogênico                

Tempo de Infusão: 120 minutos                    

                    

MANIPULAÇÃO

Materiais                    

  • Luvas estéreis
  • Seringa 10 mL                    
  • Agulha 40x12mm                    
  • Equipo padrão (BIC)                
  • Bolsa de soro                    
  • Frasco ampola de Pamidronato dissódico                    

 

Modo de preparo:                    

Injete 10 mL de AD no frasco-ampola de 90 mg e agite até completa dissolução do pó. Retire a quantidade necessária do frasco, de acordo com a prescrição médica e transfira para a bolsa de infusão, com equipo previamente preenchido. Misture o conteúdo da bolsa de infusão com movimentos oscilantes.                    

Pré-medicação: Não necessária                    

 

Ajustes para função hepática: Não é necessário em disfunção hepática leve a moderada; não há dados para disfunção hepática grave.

                    

Ajustes para função renal:    Suspender temporariamente se houver aumento da Cr ≥ 0,5 mg/dL nos pacientes com valores basais normais ou Cr ≥ 1,0 mg/dL se valores basais anormais.

                

Interações Medicamentosas:                    

– Deferasirox: Risco aumentado de nefrotoxicidade.                

                    

Reações Adversas:                    

Hipocalcemia assintomática, febre, dor no local de infusão, eritema, hematomas, náuseas, vômito, anorexia, dor epigástrica, gastrite, constipação intestinal ou diarreia, cefaleia, insônia, fadiga, conjuntivite, tremor e contratura de músculo, hipertensão, leucopenia, anemia, hipopotassemia, hipofosfatemia, hipomagnesemia, hipocalcemia, tosse, dispneia.

Dor óssea, mialgia, artralgia, mialgia, necrose do osso da mandíbula.                

                    

Orientações Gerais:                    

Pacientes com alto risco de osteonecrose deverão realizar avaliação odontológica preventiva, antes de iniciar a terapia com Pamidronato. Evitar procedimentos dentários invasivos durante o tratamento.            

Referências:                    

1. Bula Pamidron – Cristália – 2014

2. MOC- Drogas 2022

3. Bragalone D.L, Drug Information Handbook for Oncology, 12 Ed, Lexicomp, 2014

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

PANITUMUMABE

 

Classe Terapêutica:    Anticorpo monoclonal/inibidor de EGFR.

            

Mecanismo de ação:     Panitumumabe liga-se especificamente e com alta afinidade ao EGFR. A interação do EGFR com seus ligantes normais (p. ex.: EGF) leva à fosforilação e ativação de uma série de TKs intracelulares, as quais regulam a transcrição de moléculas envolvidas no crescimento e sobrevida, motilidade, proliferação e transformação celular. Quando panitumumabe se liga ao EGFR, ocorre a internalização do receptor, o que resulta na inibição do crescimento celular, indução da apoptose e diminuição da produção do VEGF e de interleucina.    

 

Nomes comerciais:
Vectibix®        

Temperatura de armazenamento:    2ºC a 8ºC, Protegido da Luz. Não Congelar            

                    

 

Reconstituição:

Diluente:

Apresentação: 100mg

[ ] Frasco: 20mg/ml

Estabilidade: 24 horas de 2ºC a 8ºC

 

 

Diluição:                    

Diluente: SF0,9%

Volume: 100-150 mL

[ ] Bolsa:
≤ 10 mg/mL
    

Estabilidade: Uso imediato

            

 

Equipo: Bomba padrão com filtro 0,22 μ

PVC: Compativel                    

Soro Glicosado: Incompatível            

Fotossensibilidade:    Não        

Via de Administração: Endovenosa                

Ação dermatológica: Nenhuma    

Potencial Emético: Não        

Tempo de Infusão: 60 minutosdoses > 1.000 mg devem ser infundidas por 90 min. Se a primeira infusão for tolerada, infusões subsequentes podem ser administradas por 30 a 60 min.             

 

 

MANIPULAÇÃO

 

Materiais                    

  • Luvas estéreis
  • Seringa 10 mL                    
  • Agulha 40 x 12                    
  • Equipo bomba padrão com filtro 0,22 μ
  • Bolsa de soro                    
  • Frasco ampola de Panitumumabe                    

 

Modo de preparo: Retire a quantidade necessária do frasco, de acordo com a prescrição médica e transfira para a bolsa de infusão, com equipo previamente preenchido. Misture o conteúdo da bolsa de infusão com movimentos oscilantes.                        

                    

Pré-medicação:

Não necessário.

 

Extravasamento: Consultar em Classificação de Potencial Dermatológico e Conduta em caso de Extravasamento

 

Ajustes para função hepática: Sem dados disponíveis.                    

Ajustes para função renal: Sem dados disponíveis.            

                    

Interações Medicamentosas:                    

Nenhum estudo formal de interação fármaco-fármaco foi conduzido.    

            

Reações Adversas:                    

Cardiovascular: edema periférico (12%). Dermatológicas: erupção acneiforme (57%); toxicidade dermatológica (90%); fissura cutânea (20%); dermatite esfoliativa generalizada (25%); alterações nas unhas (29%); paroníquia (25%); prurido (57%); erupção cutânea (22%). Endocrinometabólica: hipomagnesemia (38%). Gastrintestinais: dor abdominal (25%); constipação (21%); diarreia (21%); náusea (23%); vômito (19%). Oftálmicas: alterações oculares (15%). Respiratórias: tosse (14%); dispneia (10%). Outra: fadiga (26%). Dermatológica: toxicidade dermatológica graus 3 e 4 (14%). Endocrinometabólica: hipomagnesemia graus 3 e 4 (4%). Gastrintestinais: dor abdominal graus 3 e 4 (7%); constipação graus 3 e 4 (3%); diarreia graus 3 e 4 (2%); náusea graus 3 e 4 (1%); vômito graus 3 e 4 (2%). Imunológicas: anafilaxia (1%); sepse. Oftálmica: ceratite. Respiratórias: doença intersticial pulmonar; embolia pulmonar grau 3 a 5 (7%); fibrose pulmonar (< 1%). Outras: reações infusionais (3 a 4%), graus 3 e 4 (1%).    

 

Orientações Gerais:    

Panitumumabe não deve ser administrado em combinação com quimioterapia contendo IFL ou bevacizumabe. Antes de iniciar o tratamento com panitumumabe, é requerida evidência do status de RAS tipo selvagem (KRAS e NRAS). Foi observada insuficiência renal aguda em pacientes que desenvolveram diarreia severa e desidratação. Pacientes que sofrerem diarreia severa devem ser instruídos a consultar um profissional de saúde com urgência.

 

Referências:

1. Bula Vectibix 01/2022

2. MOC- Drogas 2022

3. BC Cancer Drug Manual 2018

 

 

 

 

 

 

 

PEMBROLIZUMABE

 

Classe Terapêutica:        Anticorpo monoclonal anti-PD-1.

            

Mecanismo de ação:    A ligação de PD-L1 e PD-L2 ao PD-1 encontrado nas células T inibe sua proliferação e a produção de citocinas. O aumento da expressão dos ligantes de PD-1 ocorre em alguns tumores, e a sinalização através desta via pode contribuir para a inibição da ativação do sistema imunológico. Pembrolizumabe liga-se ao receptor PD-1 e bloqueia sua interação com os ligantes PD-L1 e PD-L2, ligação responsável pela inibição da resposta imune mediada pela via PD-1. O bloqueio da via de sinalização PD-1/PD-L1 permite que as células T ativadas secretem citocinas para restaurar a resposta imune antitumoral.    

Nomes comerciais: Keytruda                

Temperatura de armazenamento:    2ºC a 8ºC            

                    

 

Reconstituição:

Diluente: pronto para uso

Apresentação: 100 mg/ 4 mL

[ ] Frasco: 25 mg /mL

Estabilidade: 24 horas* 2 a 8ºC

Conforme RDC 67

 

Diluição:                    

Diluente: SF 0,9% ou SG 5%

Volume: 100 mL

[ ] Bolsa: 1 a 10 mg/mL    

Estabilidade: 6 horas em temperatura ambiente ou 24 horas 2 a 8ºC c/infusão                    

 

Equipo: Bomba padrão com filtro 0,22 μ

PVC: Compatível                    

Soro Glicosado: Compatível                

Fotossensibilidade: Não            

Via de Administração: Endovenosa                

Ação dermatológica: Nenhum        

Potencial Emético: Baixo                

Tempo de Infusão: 30 minutos                     

 

MANIPULAÇÃO

Materiais                    

  • Luvas estéreis
  • Seringa 10 mL                    
  • Agulha 40 x 12                    
  • Equipo bomba padrão com filtro 0,22 μ
  • Bolsa de soro                    
  • Frasco ampola de Pembrolizumabe                    

 

Modo de preparo: Retire a quantidade necessária do frasco, de acordo com a prescrição médica e transfira para a bolsa de infusão, com equipo previamente preenchido. Misture o conteúdo da bolsa de infusão com movimentos oscilantes.                        

                    

Pré-medicação:

Não necessário. Não é indicado o uso de corticoide como pré-medicação.

 

Extravasamento: Consultar em Classificação de Potencial Dermatológico e Conduta em caso de Extravasamento

 

Ajustes para função hepática: no comprometimento hepático leve (BT > 1 a 1,5 × LSN ou AST > LSN) não é necessário ajuste de dose; sem dados disponíveis no comprometimento hepático moderado ou severo. Se AST ou ALT > 3 a 5 × LSN ou BT > 1,5 a 3 × LSN, interromper a terapia com pembrolizumabe. Suspender permanentemente se AST ou ALT > 5 × LSN ou BT > 3 × LSN, ou em pacientes com metástase hepática que iniciaram o tratamento com G2 de AST ou ALT e se AST ou ALT aumentar em 50% ou mais em relação ao basal e permanecer por até 1 semana.                    

Ajustes para função renal:    Não necessário.                

                    

Interações Medicamentosas:                    

Não há estudos.

                

Reações Adversas:                    

Anemia, diarreia, náuseas, colite, vômitos, dor abdominal, boca seca, erupção cutânea, prurido, vitiligo, eczema, eritema, pele seca, alterações na cor do cabelo, alopecia, fadiga, artralgia, edema, astenia, pirexia, doença tipo influenza, calafrios, reação relacionada a infusão, redução de apetite, hipertireoidismo, hipotireoidismo, cefaleia, disgeusia, neuropatia periférica, tontura, pneumonite, dispneia, tosse, olho seco.

Reações imunomediadas: pneumonite, colite, hepatite, nefrite, endocrinopatias, diabetes mellitus tipo 1.    

Orientações Gerais:    

Monitorar a ocorrência de reações imunorrelacionadas. Administrar corticosteroides baseado na severidade da reação.

 

Referências:

1. Bula Keytruda 06/2022

2. MOC- Drogas 2022

3. BC Cancer Drug Manual 2018

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

PEMETREXEDE

 

Classe Terapêutica:        Antineoplásico antimetabólito/ Antifolato

            

Mecanismo de ação:    Rompe o processo metabólico dependente de folato, essencial para a replicação celular. Pemetrexede inibe a TS, a DHFR e o ribonucleotídeo glicinamida fomiltransferase (GARFT), enzimas dependentes de folato para anova biossíntese dos nucleotídeos de timidina e purina.    

 

Nomes comerciais: Alimta, Atred, Pemeglenn, Pemetrexede Genérico            

Temperatura de armazenamento:    15°C a 30°C                

                    

 

Reconstituição:

Diluente: SF 0,9%

Volume: 500 mg em 20mL e 100 mg em 4,2mL

[ ] Frasco: 25 mg/mL

Estabilidade:

Lilly – 24 horas 2 a 8ºC

Glenmark- 24 horas 2 a 8ºC

Libbs – 24 horas 15 a 30ºC, PL

Diluição:                    

Diluente: SF 0,9%

Volume:100 mL

[ ] Bolsa: Sem referências    

Estabilidade:

Lilly – 24 horas 2 a 8ºC

Glenmark – 48 horas 2 a 8ºC

Libbs- 24 horas 15 a 30ºC

 

 

Equipo: Equipo Macro                    

PVC: Compatível                    

Soro Glicosado: Compatível, mas não recomendado                    

Fotossensibilidade: Não            

Via de Administração: Endovenosa                

Ação dermatológica: Nenhuma        

Potencial Emético: Baixo                    

Tempo de Infusão:10 minutos                    

                    

 

MANIPULAÇÃO

Materiais                    

  • Luvas estéreis
  • Seringa 20 mL                    
  • Agulha 40x12mm                    
  • Equipo padrão (Macro)
  • SF 0,9 % para reconstituição                    
  • Bolsa de soro                    
  • Frasco ampola de Pemetrexede                    

 

Modo de preparo:                    

Injete 20 mL de SF 0,9% no frasco-ampola de 500 mg e/ou 4,2 mL de SF 0,9% no frasco-ampola de 100 mg e agite até completa dissolução do pó. Retire a solução reconstituída do frasco-ampola de acordo com a dose prescrita e transfira para a bolsa de infusão com equipo previamente preenchido. Misture o conteúdo da bolsa de infusão com movimentos oscilantes.                    

                    

Pré-medicação:

Dexametasona 10 mg        

 

Extravasamento: Consultar em Classificação de Potencial Dermatológico e Conduta em caso de Extravasamento

                    

Ajustes para função hepática: Se houver elevação de transaminases > 5 × LSN durante o tratamento, suspender até resolução da toxicidade e reintroduzir 75% da dose inicial.

                    

Ajustes para função renal: Não é recomendado o uso em pacientes com ClCr < 45 mL/min.                

Interações Medicamentosas:                    

– AINE’s: pode resultar na redução do clearance do pemetrexede, aumentando os níveis plasmáticos e toxicidade deste. Interromper a terapia com AINE 5 dias antes (se meia-vida de eliminação longa) ou 2 dias antes (se meia-vida de eliminação curta), durante e 2 dias após o uso de pemetrexede. Se associados, monitorar mielossupressão, toxicidade renal e gastrintestinal.

– Aminoglicosídeos, sulfonamidas: pode resultar na redução do clearance do pemetrexede, aumentando os níveis plasmáticos e toxicidade deste, monitorar função renal.                    

                    

Reações Adversas:                    

Fadiga, rash cutâneo, náusea, vômito, estomatite, diarreia, anorexia, anemia, leucopenia, neutropenia, trombocitopenia, neutropenia febril, faringite, edema, febre, prurido, alopecia, eritema multiforme, constipação, perda de peso, dor abdominal, neuropatia sensorial e/ou motora, conjuntivite, reação alérgica, hipersensibilidade, aumento da AST (TGO), ALT (TGP) e Gama GT (enzimas do fígado), infecção, aumento de creatinina e diminuição do clearance de creatinina.                    

                    

Orientações Gerais:                    

Para reduzir a toxicidade, pacientes tratados com Pemetrexede devem tomar diariamente uma dose oral baixa de ácido fólico ou polivitamínico com ácido fólico (0,4 a 1 mg VO, 1x/dia) iniciar pelo menos 5 dias antes, manter durante todo o tratamento e até 21 dias após a última dose. Os pacientes também devem receber uma injeção no músculo de vitamina B12 (1000 mcg – dose única) uma semana antes da primeira dose de Pemetrexede e, então, a cada 3 ciclos (ou a cada 9 semanas).                    

                    

Referências:                    

  1. Bula Pemetrexede Glenmark – 04/2021
  2. Bula Alimta – 03/2022
  3. Bula Atred – 01/2021
  4. MOC- Drogas 2022
  5. Bragalone D.L, Drug Information Handbook for Oncology,12 Ed, Lexicomp, 2014

 

 

 

 

 

 

 

PERTUZUMABE

 

Classe Terapêutica:        Anticorpo monoclonal

            

Mecanismo de ação:    pertuzumabe é um anticorpo monoclonal recombinante humanizado que age seletivamente sobre o domínio extracelular de dimerização (subdomínio II) de HER2. Dessa forma, bloqueia a heterodimerização ligante dependente do HER2 com outros membros da família HER, incluindo EGFR, HER3 e HER4. Como resultado, pertuzumabe inibe a sinalização intracelular iniciada por ligante, por meio de duas vias de sinais importantes, a de MAP e a de PI3K. A inibição dessas vias de sinalização pode resultar em parada de crescimento celular e apoptose, respectivamente. Além disso, pertuzumabe é o mediador de citotoxicidade celular dependente de anticorpos (CCDA).

    

Nomes comerciais: Perjeta                 

Temperatura de armazenamento:    2 e 8ºC                 

                    

 

Reconstituição:

Diluente: Pronto para uso

Apresentação: 420 mg / 14 mL

[ ] Frasco: 30 mg / mL

Estabilidade: 48 horas* 2 e 8ºC         

* de acordo com RDC 67

 

Diluição:                    

Diluente: SF 0,9%

Volume: 250 mL

[ ] Bolsa: 3 mg/mL (dose ataque) e 1,6 mg/mL (doses subsequentes)    

Estabilidade: 24 horas 2 e 8ºC                             

 

Equipo: Equipo BIC (60 minutos) e Equipo Macro (30 minutos)

PVC: Compatível                

Soro Glicosado: Incompatível                    

Fotossensibilidade: Não             

Via de Administração: Endovenosa                

Ação dermatológica: Nenhuma        

Potencial Emético: Baixo                

Tempo de Infusão:    60 minutos para dose de ataque e 30 a 60 minutos para doses subsequentes.

 

MANIPULAÇÃO

Materiais                    

  • Luvas estéreis
  • Seringa 20 mL        
  • Agulha 40 x 12                
  • Equipo Bomba padrão            
  • Bolsa de soro                    
  • Frasco ampola de Pertuzumabe                    

 

Modo de preparo:                    

Retire a quantidade necessária do frasco, de acordo com a prescrição médica e transfira para a bolsa de infusão, com equipo previamente preenchido. Misture o conteúdo da bolsa de infusão com movimentos oscilantes.

                    

Pré-medicação: Dexametasona 10 mg        

Extravasamento: Consultar em Classificação de Potencial Dermatológico e Conduta em caso de Extravasamento

                    

Ajustes para função hepática: Não foram conduzidos estudos clínicos para avaliar o efeito da insuficiência hepática sobre a farmacocinética do pertuzumabe.    

                

Ajustes para função renal:    Não há necessidade de ajuste se o comprometimento for leve a moderado (ClCr 30 a 60 mL/min); para comprometimento severo (ClCr < 30 mL/min), os dados farmacocinéticos disponíveis são limitados para recomendar o ajuste de dose.            

                    

Interações Medicamentosas:                    

Não há estudos.

                    

Reações Adversas:                    

Erupção cutânea, prurido, dor abdominal/distensão, diarreia, náusea, vômito, anorexia, reações de hipersensibilidade, artralgia/mialgia, dor nas costas, cefaleia, fadiga/astenia, reações infusionais, a maioria de leve a moderada, febre, diminuição da fração de ejeção ventricular esquerda (LVEF).                    

Orientações Gerais:                    

– Pertuzumabe, trastuzumabe e taxano devem ser administrados sequencialmente. Pertuzumabe e trastuzumabe podem ser administrados em qualquer ordem. Taxano deve ser administrado depois de pertuzumabe e trastuzumabe. Um período de observação de 30 a 60 minutos é recomendável após cada infusão de pertuzumabe e antes do início de qualquer infusão subsequente de trastuzumabe ou taxano.

– Este medicamento contém açúcar, portanto, deve ser usado com cautela em portadores de diabetes.

                    

Referências:

1. Bula Perjeta 04/2022

2. MOC- Drogas 2022

3. BC Cancer Agency Cancer Drug Manual 2014

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

RAMUCIRUMABE

 

Classe Terapêutica:        Anticorpo monoclonal/anti-VEGFR2.

            

Mecanismo de ação:    Ramucirumabe liga-se especificamente ao receptor 2 do VEGF, que é o principal mediador da angiogênese. Ao bloquear a ligação dos ligantes VEGF-A, VEGF-C e VEGF-D ao receptor 2, ramucirumabe inibe a ativação induzida pelos ligantes e consequentemente a proliferação e a migração de células endoteliais humanas. Em um modelo animal, ramucirumabe inibiu a angiogênese in vivo.    

 

Nomes comerciais: Cyramza            

Temperatura de armazenamento:2 a 8ºC    , protegido da luz. Não congelar, não agitar            

                    

 

Reconstituição:

Diluente: Pronto para uso

Apresentação: 500 mg/50 mL e 100 mg/10 mL

[ ] Frasco: 10 mg/mL

Estabilidade: 24 horas2 a 8ºC, protegido da luz

 

Diluição:                    

Diluente: SF 0,9%

Volume: Qsp 250 mL

[ ] Bolsa: sem referências    

Estabilidade: 24 horas2 a 8ºC, protegido da luz                    

 

Equipo: Bomba com filtro 0,22 µ                    

PVC: Compatível

Soro Glicosado: Incompatível                     

Fotossensibilidade:    Não                

Via de Administração: Endovenoso                

Ação dermatológica: Nenhum    

Potencial Emético: Baixo                    

Tempo de Infusão: 60 minutos            

                    

MANIPULAÇÃO

Materiais                    

  • Luvas estéreis
  • Seringa 20 mL                    
  • Agulha 40x12mm                    
  • Equipo padrão                    
  • Bolsa de soro                    
  • Frasco ampola de Ramucirumabe                    

 

Modo de preparo:                    

Retire a quantidade necessária do frasco, de acordo com a prescrição médica e transfira para a bolsa de infusão (lembrando de retirar o volume de soro necessário para que o volume final seja de 250 mL), com equipo previamente preenchido. Misture o conteúdo da bolsa de infusão com movimentos oscilantes.                

Pré-medicação:                    

Difenidramina 50 mg EV

 

Extravasamento: Consultar em Classificação de Potencial Dermatológico e Conduta em caso de Extravasamento

Ajustes para função hepática: Nenhum ajuste de dose é recomendado em pacientes com comprometimento hepático leve baseado em análise de PK. Utilizar com cautela em pacientes com cirrose hepática grave, cirrose com encefalopatia hepática, ascites clinicamente significativas em razão de cirrose ou síndrome hepatorrenal.

                    

Ajustes para função renal: Não foram realizados estudos com ramucirumabe em pacientes com comprometimento renal. Os dados clínicos sugerem que não é necessário ajuste de dose no comprometimento renal leve ou moderado. Não existem dados sobre a administração de ramucirumabe em comprometimento renal grave.                    

                    

Interações Medicamentosas:

Não foram observadas interações medicamentosas entre ramucirumabe e paclitaxel. Nenhum estudo foi conduzido para investigar possível interação entre CYRAMZA e plantas medicinais, álcool, nicotina e exames laboratoriais e não laboratoriais.                    

                    

Reações Adversas:                    

Diminuição do apetite; diarréia; neutropenia; epistaxe; estomatite; trombocitopenia; hipertensão; edema periférico; proteinúria; sindrome mão-pé; eventos de hemorragia gastrointestinal; hipoalbuminemia.

                    

Orientações Gerais:                    

Para pacientes que apresentarem reações infusionais G1 ou 2 (segundo NCI CTCAE), a pré-medicação deverá ser utilizada em todas as administrações subsequentes. Em caso de uma segunda reação G 1 ou 2 relacionada à infusão, pré-medicar também com dexametasona (ou um equivalente) e paracetamol.                    

Referências:                    

1. Bula Cyramza 04/2022

2. MOC- Drogas 2022

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

RITUXIMABE

 

Classe Terapêutica:        Anticorpo monoclonal

            

Mecanismo de ação:    anticorpo monoclonal quimérico camundongo/humano que se liga especificamente ao CD20 localizado nos linfócitos pré-B e linfócitos B maduros, mas não em células pré-B progenitoras, linfócitos B ativados ou em outros tecidos normais. CD20 encontra-se presente em mais de 95% de todas as células B dos LNHs e de leucemias. O fármaco liga-se ao CD20 dos linfócitos B e inicia reações imunológicas que mediarão a lise da célula B. Estudos in vitro demonstram que rituximabe sensibiliza linhagens celulares do linfoma B humano resistentes aos agentes quimioterápicos, tornando-as vulneráveis.

 

Nomes comerciais: Mabthera, Truxima, Vivaxxia            

Temperatura de armazenamento:    2 a 8ºC    , PL            

                    

 

Reconstituição:

Diluente: Pronto para uso

Apresentação: 500 mg/mL e 100 mg/mL

[ ] Frasco: 10 mg/mL

Estabilidade: 7 dias** 2ºC a 8ºC

** de acordo com estudo microbiológico

Diluição:                    

Diluente: SF 0,9% / SG 5%

Volume: Suficiente p/ atingir concentração abaixo.

[ ] Bolsa: 1 a 4 mg/mL    

Estabilidade: 24 hs 2 e 8 ºC (Mabthera, Vivaxxia)

24 hs 2 e 8 ºC + 12 hs 15 a 30ºC (Truxima)

 

Equipo: Equipo BIC                    

PVC: Compatível                    

Soro Glicosado: Compatível                    

Fotossensibilidade: Não            

Via de Administração: Endovenosa, SC                

Ação dermatológica: Nenhuma        

Potencial Emético: Mínimo                

Tempo de Infusão: Iniciar a primeira infusão com velocidade de 50 mg/h. Se não ocorrer reação infusional, aumentar 50 mg/h a cada 30 min até o máximo de 400 mg/h. Caso hipersensibilidade ou eventos relacionados à infusão, esta deve ser temporariamente diminuída ou interrompida. Após a melhora dos sintomas, a infusão pode ser reiniciada com a metade da taxa anterior ao evento. As infusões subsequentes podem ser iniciadas a uma taxa de 100 mg/h, com incrementos de 100 mg/h a cada 30 min até o máximo de 400 mg/h.                    

                    

MANIPULAÇÃO

Materiais                    

  • Luvas estéreis
  • Seringa 20 mL                    
  • Agulha 40x12mm                    
  • Equipo padrão (BIC)                
  • Bolsa de soro                    
  • Frasco ampola de Rituximabe                

 

Modo de preparo: Retire a quantidade necessária do frasco, de acordo com a prescrição médica e transfira para a bolsa de infusão, com equipo previamente preenchido. Misture o conteúdo da bolsa de infusão com movimentos oscilantes.    

                

Pré-medicação:

Dexametasona 20 mg / Difenidramina 50 mg / Hidrocortisona 100 mg / Dipirona 2000 mg                    

Extravasamento: Consultar em Classificação de Potencial Dermatológico e Conduta em caso de Extravasamento

                    

Ajustes para função hepática: Sem dados disponíveis.

Ajustes para função renal: Sem dados disponíveis.                

                    

Interações Medicamentosas:                    

Sem relevância clínica ou desconhecida.                    

                    

Reações Adversas:                    

Hipotensão , sudorese noturna, prurido, erupção cutânea, dor abdominal, diarreia, náusea vômito, artralgia, dor nas costas, mialgia, astenia, tontura, cefaleia, neuropatia sensorial, aumento da frequência da tosse, rinite, febre, doenças infecciosas, dor, tremores, edema periférico, anemia, citopenia, neutropenia febril, leucopenia, neutropenia, linfocitopenia, trombocitopenia, arritmia cardíaca, infaro do miocárdio, insuficiência cardíaca, insuficiência hepática, nefrotoxicidade, reação a infusão, obstrução intestinal, perfuração gastrintestinal, fibrose pulmonar, angioedema, síndrome da lise tumoral, bronqueolite obliterante, pneumonite, pneumonia por Pneumocytis, ceratite ulcerativa periférica, síndrome de Stevens-johnson, necrólise epidérmica tóxica.            

                    

Referências:                    

1. Bula Mabthera 03/2022

2. MOC- Drogas 2022.

3. Bragalone D.L, Drug Information Handbook for Oncology, 12 Ed, Lexicomp, 2014

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

TEMOZOLOMIDA

 

Classe Terapêutica: Agente alquilante / Triazeno    

            

Mecanismo de ação:    Trata-se de um agente imidazotetracênico, com atividade antitumoral, que sofre transformação química rápida na circulação sistêmica em pH fisiológico, formando o composto ativo MTIC (monometil-triacenoimidazol-carboxamida), que apresenta atividade citotóxica. Agente não específico de fase do ciclo celular.    

 

Nomes comerciais: Temodal

Temperatura de armazenamento:    2 a 8ºC                

                    

 

Reconstituição:

Diluente: AD – 41 mL

Apresentação: 100 mg

[ ] Frasco: 2,5mg/mL

Estabilidade: 14 horas com infusão 2 a 8ºC

 

Diluição:                    

Diluente: Não necessita de diluição

Volume: Bolsa vazia de SF

[ ] Bolsa: 2,5 mg/mL

Estabilidade: 14 horas com infusão 2 a 8ºC                    

 

Equipo: Equipo BIC                    

PVC: Compatível                    

Soro Glicosado: Incompatível                

Fotossensibilidade:    Não            

Via de Administração: Endovenosa / V.O. (cápsulas)

Ação dermatológica: Irritante        

Potencial Emético: Moderado                    

Tempo de Infusão: 90 minutos                

                    

MANIPULAÇÃO

Materiais                    

  • Luvas estéreis
  • Seringa 20 mL                    
  • Agulha 40x12mm                    
  • Equipo padrão (BIC)                
  • Bolsa vazia de SF                    
  • Frasco ampola de Temozolomida                    

 

Modo de preparo:                    

Injete 41 mL de AD no frasco-ampola de 100 mg e faça movimentos circulares suaves (não agitar) até completa dissolução do pó. Retire a solução reconstituída do frasco-ampola de acordo com a dose prescrita e transfira para a bolsa vazia com equipo previamente preenchido. Misture o conteúdo da bolsa de infusão com movimentos oscilantes suaves.    

                        

Pré-medicação:                    

– Dexametasona 10 mg / Granisetrona 3 mg ou Palonosetrona 0,25mg / Fosaprepitanto 150 mg                

 

Extravasamento: Consultar em Classificação de Potencial Dermatológico e Conduta em caso de Extravasamento

                    

Ajustes para função hepática: Sem dados disponíveis. Cautela se disfunção hepática grave.    

Ajustes para função renal: Cautela se ClCr < 36 mL/min.                

                    

Interações Medicamentosas:                    

– Quinolonas orais: pode provocar alterações na mucosa intestinal, e provável diminuição da absorção e eficácia das quinolonas.                    

                    

Reações Adversas:                    

Constipação, náusea e vômito, cefaleia, convulsão, fadiga, eritema multiforme, síndrome de Stevens-Johnson, necrólise epidérmica tóxica, anemia aplásica, mielossupressão, neutropenia, pancitopenia, trombocitopenia, anafilaxia, infecção oportunista, pneumonia por Pneumocystis carinii, doença neoplásica maligna secundária, sonolência, tonturas, parestesia.                

                    

Orientações Gerais:                    

Ingerir as cápsulas inteiras, com água, longe das refeições, ou ao deitar para reduzir náuseas e vômitos.

Monitorar a ocorrência de hepatotoxicidade que pode ser severa ou fatal.            

                    

Referências:                    

1. Bula Temodal 07/2021

2. MOC- Drogas 2022

3. Bragalone D.L, Drug Information Handbook for Oncology, 12 Ed, Lexicomp, 2014    

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

TOCILIZUMABE

 

Classe Terapêutica:        Anticorpo monoclonal humanizado antirreceptor de IL-6 humana da subclasse das imunoglobulinas (Ig) IgG1.

            

Mecanismo de ação:    Tocilizumabe liga-se aos receptores de IL-6 solúveis e de membrana (sIL-6R e mIL-6R) e inibe a sinalização intracelular mediada pelos complexos sIL-6R e mIL-6R. A IL-6 é uma citocina pró-inflamatória pleiotrópica, multifuncional, produzida por diversos tipos celulares envolvidos na função parácrina local, bem como na regulação de processos fisiológicos e patológicos sistêmicos, tais como a indução de secreção de imunoglobulinas, a ativação de células T, a indução de proteínas hepáticas de fase aguda e a estimulação da hematopoiese. A IL-6 está relacionada à patogênese de várias doenças, incluindo doenças inflamatórias, osteoporose e neoplasias. Existe a possibilidade de tocilizumabe afetar as defesas do hospedeiro contra infecções e malignidade. O papel da inibição do receptor de IL-6 no desenvolvimento de malignidade é desconhecido.    

 

Nomes comerciais:    Actemra    

Temperatura de armazenamento:    2 e 8 ºC, PL. Não congelar.                

                    

 

Reconstituição

Diluente: Pronta para uso

Apresentação: 80 mg/4 mL, 200 mg/10 mL 400 mg/ 20 ml

[ ] Frasco: 20 mg/ml

Estabilidade: 24 horas 2 a 8ºC

 

Diluição:                    

Diluente: SF 0,9%

Volume: Qsp 100 ml (Retirar a quantidade de SF equivalente a quantidade de medicamento)

[ ] Bolsa: Sem informação

Estabilidade: 24 horas <30ºC                    

 

Equipo: Equipo BIC

PVC: Compativel                    

Soro Glicosado: Incompativel                

Fotossensibilidade:        Não        

Via de Administração: EV e SC                

Ação dermatológica: Nenhuma        

Potencial Emético: Mínimo                

Tempo de Infusão:60 minutos            

                    

 

 

MANIPULAÇÃO

Materiais                    

  • Luvas estéreis
  • Seringa 20 mL                    
  • Agulha 40x12mm                    
  • Equipo padrão (BIC)            
  • Bolsa de soro                     
  • Frasco ampola de Tocilizumabe                

 

 

Modo de preparo:                    

Retirar do frasco de 100 mL de solução de cloreto de sódio a 0,9% isenta de pirogênios, em condições assépticas, o volume de solução equivalente à quantidade da solução de tocilizumabe necessária para a dose do paciente. Descartar o volume retirado. Retirar a quantidade necessária de tocilizumabe (0,4 mL/kg), sob condições assépticas e injetar no frasco que contém a solução não pirogênica remanescente de cloreto de sódio a 0,9%. O volume final deverá ser de 100 mL. Para misturar a solução, inverter suavemente o frasco, sem agitar, para evitar formação de espuma.

 

Pré-medicação:                    

Não necessária

 

Extravasamento: Consultar em Classificação de Potencial Dermatológico e Conduta em caso de Extravasamento

 

Ajustes para função hepática: A segurança e eficácia de tocilizumabe não foram estudadas em pacientes com insuficiência hepática.

Ajustes para função renal:    Não é necessário ajuste de dose em pacientes com insuficiência renal leve ou moderada. Tocilizumabe não foi estudado em pacientes com insuficiência renal grave.                

Interações Medicamentosas:                    

Análises farmacocinéticas populacionais não detectaram efeito do metotrexato, de anti-inflamatórios não esteroidais ou corticosteroides na depuração de tocilizumabe em pacientes com AR. Em pacientes com ACG, não foi observado nenhum efeito acumulativo da dose de corticosteroides sobre a exposição a tocilizumabe. Administração concomitante de dose única de 10 mg/kg de tocilizumabe com 10 – 25 mg de metotrexato, uma vez por semana, não apresentou efeito significativo na exposição ao metotrexato. Não há experiência do uso de tocilizumabe em combinação com outros antagonistas de TNF ou outros tratamentos biológicos em pacientes com artrite reumatoide. O uso de Actemra® com outros agentes biológicos não é recomendado. A expressão das enzimas CYP450 é suprimida por citocinas, tais como IL-6, que estimulam a inflamação crônica. O efeito de tocilizumabe nas enzimas CYP (exceto CYP2C19 e CYP2D6) é clinicamente relevante para substratos do CYP450, com janela terapêutica estreita e / ou para os quais a dose deve ser ajustada individualmente. Em um estudo com pacientes com artrite reumatoide, os níveis de sinvastatina (CYP3A4) diminuíram em 57% uma semana após a administração de dose única de tocilizumabe, níveis semelhantes ou discretamente maiores que os observados em indivíduos saudáveis.                

                    

Reações Adversas:                    

Infecções de vias aéreas superiores, Celulite, pneumonia, herpes simples oral, herpes-zóster, Dor abdominal, úlcera oral, gastrite, Erupção, prurido, urticária, Cefaleia, tontura, Aumento de transaminases hepáticas, Hipertensão, Leucopenia, neutropenia, Hipercolesterolemia, aumento de peso, Edema periférico, reações de hipersensibilidade, Tosse, dispneia, Conjuntivite.    

 

                    

Referências:                    

1. Bula Actemra

 

 

 

TRASTUZUMABE

 

Classe Terapêutica:        Anticorpo monoclonal

            

Mecanismo de ação:    anticorpo monoclonal humanizado que atinge seletivamente o domínio extracelular da proteína do receptor-2 de HER2. O proto-oncogene HER2 ou c-erbB2 codifica uma proteína transmembrana, semelhante ao receptor que está estruturalmente relacionado ao EGFR. Uma consequência da amplificação do gene HER2 é um aumento da expressão da proteína HER2 na superfície dessas células tumorais, resultando em um receptor HER2 constitutivamente ativado. Trastuzumabe é um anticorpo monoclonal anti-HER2, pois se liga aos receptores HER2 que se encontram presentes de maneira aumentada nos tumores HER2 positivos, bloqueando o estímulo ao crescimento tumoral.

    

Nomes comerciais: Herceptin / Zedora (biossimilar)        

Temperatura de armazenamento:    2 a 8ºC                

                    

 

Reconstituição (Herceptin / Zedora 440mg):

Diluente: Próprio – 20 mL (água bacteriotática)

Apresentação: 440 mg

[ ] Frasco: 21 mg/mL

Estabilidade: 28 dias 2 a 8ºC

 

Diluição:                    

Diluente: SF 0,9%

Volume: 250 mL

[ ] Bolsa: sem dados

Estabilidade: 24 horas 2 a 8ºC                    

 

Reconstituição Zedora 150 mg

 

Diluente: AD – 7,2 mL

Apresentação: 150 mg

 

[ ] Frasco: 21 mg/mL

 

Estabilidade: 48 horas
2 a 8ºC

 

Obs:
As duas apresentações de Zedora podem ser misturadas na mesma bolsa de infusão, mesmo que tenham sido reconstituídas com diluentes diferentes, ou seja, o Zedora 440 mg com a água bacteriostática fornecida no cartucho e o Zedora 150 mg com a água para injetáveis estéril. Importante lembrar que a solução para infusão é física e quimicamente estável durante 24 horas, sob refrigeração (entre 2ºC e 8ºC).

 

Equipo: Equipo BIC (90 minutos) e Equipo Macro (30 minutos)

PVC: Compatível                    

Soro Glicosado: Incompatível                

Fotossensibilidade:    Não            

Via de Administração: Endovenosa                

Ação dermatológica: Nenhuma        

Potencial Emético: Baixo                

Tempo de Infusão: 1ª infusão 90 minutos, infusões subsequentes 30 minutos                     

 

MANIPULAÇÃO

Materiais                    

  • Luvas estéreis
  • Seringa 20 mL                    
  • Agulha 40x12mm                    
  • Equipo padrão de acordo com tempo de infusão            
  • Bolsa de soro                    
  • Frasco ampola de Trastuzumabe + diluente                    

 

Modo de preparo:                    

Injete 20 mL do diluente próprio (água bacteriostática) no frasco-ampola de 440 mg e/ou 7,2 mL de água para injetáveis no frasco-ampola de 150 mg (Zedora) e faça movimentos circulares suaves (não agite) até completa dissolução do pó. Retire a solução reconstituída do frasco-ampola de acordo com a dose prescrita e transfira para a bolsa de infusão de SF 0,9 % com equipo previamente preenchido. Misture o conteúdo da bolsa de infusão com movimentos oscilantes suaves.

 

Pré-medicação: Não necessária

 

Extravasamento: Consultar em Classificação de Potencial Dermatológico e Conduta em caso de Extravasamento

 

Ajustes para função hepática: Não é necessária.    

Ajustes para função renal:    Não é necessária.                

                    

Interações Medicamentosas:                    

– Varfarina: Pode ocorrer aumento do sangramento. Monitorar INR. Caso necessário, ajustar dose de varfarina.                    

                    

Reações Adversas:                    

Nasofaringite, infecção, influenza, faringite, sinusite, rinite, infecção do trato respiratório superior, infecção do trato urinário, anemia, trombocitopenia, neutropenia febril, leucopenia, neutropenia, hipersensibilidade, redução de peso, aumento de peso, redução do apetite, insônia, depressão, ansiedade, tontura, cefaleia, parestesia, hipoestesia, disgeusia, hipertonia, neuropatia periférica, sonolência, lacrimejamento (aumento),conjuntivite, distúrbios do ouvido e do labirinto surdez, distúrbios cardíacos, diminuição da fração de ejeção, insuficiência cardíaca (congestiva), cardiomiopatia , taquiarritmia supraventricular , palpitação, distúrbios vasculares, linfedema, fogachos, hipotensão, hipertensão, vasodilatação, dispneia, epistaxe, dor orofaríngea, tosse, rinorreia, asma, efusão pleural , pneumonia , pneumonite , chiado , diarreia, vômito, náusea, dor abdominal, dispepsia, constipação, estomatite, distúrbios hepatobiliares, dano hepatocelular, icterícia rara, eritema, rash, alopecia, síndrome da eritrodisestesia palmo-plantar, distúrbio ungueal, acne, dermatite, pele seca, hiperidrose, rash maculopapular , prurido , onicólise , urticária, artralgia, mialgia, artrite, dor nas costas, dor óssea, espasmos musculares, dor no pescoço, dor nas extremidades, distúrbios gerais e condições no local de administração astenia, dor torácica, calafrios, fadiga, mal-estar semelhante à gripe, reação relacionada à infusão, dor, pirexia, edema periférico, inflamação da mucosa, edema, indisposição, danos, intoxicação e complicações de procedimentos toxicidade ungueal.                    

 

                

Referências:                    

1. Bula Herceptin 06/2022

2. MOC- Drogas 2022

3. Bragalone D.L, Drug Information Handbook for Oncology, 12 Ed, Lexicomp, 2014

 

 

TRASTUZUMABE ENTANSINA

 

Classe Terapêutica:    Conjugado anticorpo-fármaco

                

Mecanismo de ação: Ado-trastuzumabe entansina (T-DM1) é composto de um anticorpo monoclonal (trastuzumabe) conjugado a um fármaco citotóxico (CAF). O trastuzumabe, através de uma ligação covalente, liga-se ao fármaco inibidor de microtúbulo DM1 (um derivado da maitansina) via ligação estável de tioéter MCC (4-[N-maleimidometil] ciclo-hexano-1-carboxilato). Entansina refere-se ao complexo MCC-DM1. A partir de uma ligação ao subdomínio do receptor HER2, T-DM1 sofre internalização mediada pelo receptor com posterior degradação lisossomal, o que resulta na liberação intracelular de DM1 contendo catabólitos citotóxicos.

        

Nomes comerciais: Kadcyla            

Temperatura de armazenamento:    2 e 8ºC

                    

 

Reconstituição:

Diluente: AD

Volume: 100 mg em 5mL e 160 mg em 8mL

[ ] Frasco: 20 mg/mL

Estabilidade: 24 horas – 2 e 8ºC

 

Diluição:                    

Diluente: SF 0,9%

Volume: 250 mL

[ ] Bolsa: de acordo com a dose    

Estabilidade: 24 horas
– 2 e 8ºC

                    

 

Equipo: Bomba padrão com filtro 0,22 μ                    

PVC: Compatível                    

Soro Glicosado: Incompatível                

Fotossensibilidade: Não            

Via de Administração: Endovenosa            

Ação dermatológica: Nenhuma        

Potencial Emético: Baixo                

Tempo de Infusão: Primeira dose em 90 minutos, se bem tolerado próximas doses em 30 minutos.

                    

MANIPULAÇÃO

Materiais                    

  • Luvas estéreis
  • Seringa 20 mL                    
  • Agulha 40x12mm                    
  • Equipo bomba padrão com filtro 0,22 μ                    
  • Bolsa de soro                    
  • Frasco ampola de Trastuzumabe Entansina                    

 

Modo de preparo:                    

Injete 5 mL de água destilada no frasco-ampola de 100 mg e / ou 8 mL de água destilada no frasco-ampola de 160 mg e faça movimentos circulares suaves (não agite) até completa dissolução do pó. Retire a solução reconstituída do frasco-ampola de acordo com a prescrição médica e transfira para a bolsa de infusão, com equipo previamente preenchido. Misture o conteúdo da bolsa de infusão com movimentos oscilantes.                    

                    

Pré-medicação: Dexametasona 10 mg / Difenidrilamina 50 mg                    

 

Extravasamento: Consultar em Classificação de Potencial Dermatológico e Conduta em caso de Extravasamento

 

Ajustes para função hepática: Se grau 2 de hiperbilirrubinemia (> 1,5 a 3 × LSN), suspender até grau ≤ 1 e reintroduzir com a mesma dose; se grau 3 de hiperbilirrubinemia (> 3 a 10 × LSN), suspender até grau ≤ 1 e reintroduzir com dose reduzida em 1 nível. Primeira redução para 3 mg/kg a cada 3 semanas; segunda redução para 2,4 mg/kg a cada 3 semanas. Se necessária nova redução, descontinuar o tratamento; se grau 4 de hiperbilirrubinemia (> 10 × LSN) ou ALT ou AST > 3 × LSN e BT > 2 × LSN, descontinuar permanentemente a terapia. Se ALT ou AST > 5 a 20 × LSN, interromper até grau ≤ 2 e reduzir a dose em 1 nível. Primeira redução para 3 mg/kg a cada 3 semanas ou segunda redução para 2,4 mg/kg a cada 3 semanas. Se necessária nova redução, descontinuar o tratamento; se ALT ou AST > 20 × LSN ou se as transaminases séricas > 3 × LSN e BT > 2 × LSN, descontinuar permanentemente a terapia.    

                

Ajustes para função renal:    Não foram conduzidos estudos na presença de comprometimento renal. Todavia, com base na farmacocinética da população, na análise das reações adversas a medicamentos de grau ≥ 3 e nas modificações de dose, não é necessário o ajuste em pacientes com insuficiência renal leve (ClCr 60-89 mL/min) ou moderada (ClCr 30 a 59 mL/min); para pacientes com insuficiência renal grave, sem dados disponíveis.                

                    

Interações Medicamentosas:

Inibidores fortes da CYP3A4: cetoconazol, claritromicina, indinavir, itraconazol, nefazodona, nelfinavir, posaconazol, ritonavir, saquinavir, telitromicina, voriconazol. Pode resultar em exposição aumentada do componente citotóxico DM1 e risco de toxicidade. Considerar o uso de terapia alternativa com mínimo ou nenhum potencial para inibir a CYP3A4. Na ausência de alternativas, se viável, considerar adiar o uso de TDM1 até os inibidores fortes de CYP3A4 terem sido eliminados da circulação (aproximadamente a eliminação de 3 meias-vidas dos inibidores). Se necessário o uso concomitante, os pacientes devem ser monitorados para ocorrência de reações adversas.

Se associado com amiodarona e com substratos de CYP1A2, CYP2C9, CYP2D6, CYP3A4 e glicoproteína P, pode resultar em exposição aumentada dos substratos.            

                    

Reações Adversas:                    

Constipação, Náusea, trombocitopenia, aumento das enzimas hepáticas, dor musculoesquelética, cefaleia, fadiga, disfunção cardíaca do ventrículo esquerdo, anemia graus 3 e 4, neutropenia graus 3 e 4, hepatotoxicidade com aumento das enzimas hepáticas, lesão hepática, reações infusionais, doença do sistema nervoso periférico, dispneia, doença intersticial pulmonar, pneumonite.

                    

Orientações Gerais:                    

Interromper ou descontinuar a terapia se LVEF (Fração de ejeção do ventrículo esquerdo) diminuído; monitorar a ocorrência de neuropatia periférica; descontinuar a terapia na ocorrência de doença pulmonar intersticial ou pneumonite.                    

                    

Referências:                    

1. Bula Kadcyla 04/2022

2. MOC- Drogas 2022

3. BC Cancer Drug Manual 2018    

 

VEDOLIZUMABE

 

Classe Terapêutica:    Anticorpo monoclonal humanizado

                

Mecanismo de ação: O vedolizumabe é um medicamento biológico imunossupressor seletivo para o intestino. É um anticorpo monoclonal humanizado que se liga especificamente à integrina α4β7, a qual é expressada, de preferência, em linfócitos T auxiliares (T helper) alojados no intestino. Ao se ligar à integrina α4β7 em determinados linfócitos, o vedolizumabe inibe a adesão destas células à molécula-1 de adesão da célula de adressina da mucosa (MAdCAM-1), mas não à molécula-1 de adesão da célula vascular (VCAM-1). A MAdCAM-1 é expressada principalmente nas células endoteliais do intestino e representa um papel crítico no alojamento de linfócitos T nos tecidos do trato gastrointestinal. O vedolizumabe não se liga nem inibe a função das integrinas α4β1 e αEβ7.

        

Nomes comerciais: ENTYVIO®            

Temperatura de armazenamento:    2 e 8ºC, PL

                    

 

Reconstituição:

Diluente: AD

Volume: 300 mg em 4,8 mL AD

[ ] Frasco: 62,5mg

Estabilidade: 8 horas de 2ºC a 8ºC

 


Diluição:                    

Diluente: SF 0,9%

Volume: 250 mL

[ ] Bolsa: Sem informação    

Estabilidade: 12 horas a 20ºC-25ºC ou

24 horas a 2ºC-8ºC.                

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

P.S:. Após a conclusão da infusão, lavar com 30 mL de 0,9% de solução de cloreto de sódio.

 

Equipo: Equipo macro                    

PVC: Compatível                    

Soro Glicosado: Incompatível                

Fotossensibilidade: Não            

Via de Administração: Endovenosa            

Ação dermatológica: Nenhuma        

Potencial Emético: Baixo                

Tempo de Infusão: 30 minutos.

                    

MANIPULAÇÃO

Materiais                    

  • Luvas estéreis
  • Seringa 20 mL                    
  • Agulha 40x12mm                    
  • Equipo bomba padrão (Macro)                
  • Bolsa de soro                    
  • Frasco ampola de Vedolizumabe + diluente                

 

Modo de preparo:                    

Reconstituir o vedolizumabe com 4,8 ml de AD, faça movimentos circulares suaves (não agite) até completa dissolução do pó. Retire a solução reconstituída do frasco-ampola de acordo com a prescrição médica e transfira para a bolsa de infusão, com equipo previamente preenchido. Misture o conteúdo da bolsa de infusão com movimentos oscilantes.            

                    

Pré-medicação: Dexametasona 10 mg                

 

Extravasamento: Consultar em Classificação de Potencial Dermatológico e Conduta em caso de Extravasamento

 

Ajustes para função hepática e renal: ENTYVIO não foi estudado nestas populações de pacientes e, portanto, não é possível recomendar uma dose    

    

Interações Medicamentosas:

Não foram conduzidos estudos de interação. O vedolizumabe foi estudado em pacientes adultos com Colite Ulcerativa e Doença de Crohn com administração concomitante de corticosteroides, imunomoduladores (azatioprina, 6-mercaptopurina e metotrexato) e aminosalicilatos. As análises da farmacocinética da população sugerem que a administração concomitante de tais agentes não teve efeito clinicamente significativo na farmacocinética do vedolizumabe. O efeito do vedolizumabe na farmacocinética dos medicamentos comumente coadministrados não foi estudado. Vacinações As vacinas vivas, em particular vacinas vivas orais, devem ser usadas com cautela durante o tratamento com ENTYVIO.            

                    

Reações Adversas:    Reação muito comum (>1/10): nasofaringite, cefaleia, artralgia. Reação comum (>1/100) dor nas extremidades, bronquite, gastroenterite, infecção do trato respiratório superior, influenza, sinusite, faringite; parestesia; hipertensão; dor na orofaringe, congestão nasal, tosse; abscesso anal, fissura anal, náusea, dispepsia, constipação, distensão abdominal, flatulência, hemorroidas; erupção cutânea, prurido, eczema, eritema, suores noturnos, acne; espasmos musculares, lombalgia, fraqueza muscular, fadiga; febre.

 

 

 

                

                    

Referências:                    

1. Bula ENTYVIO® 05/2022

2. MOC- Drogas 2022

 

 

 

VIMBLASTINA

 

Classe Terapêutica:        Alcaloide da vinca

            

Mecanismo de ação: Alcaloide extraído da pervinca ou Vinca rosea Linn que inibe a formação dos microtúbulos no fuso mitótico, resultando em uma parada da divisão celular na metáfase. Inibe a síntese do DNA, do RNA e de proteínas. Agente específico de fase do ciclo celular (fase M).            

 

Nomes comerciais: Velban®, Faulblastina®            

Temperatura de armazenamento:2°C e 8°C, protegido da luz                    

                    

 

Reconstituição:

Diluente: pronto para uso

Apresentação: 10 mg/10mL

[ ] Frasco: 1 mg/1 mL

Estabilidade: Desprezar após o uso

 

Diluição:                    

Diluente: SF 0,9%(preferencialmente) / SG 5%

Volume: 50 a
100 mL

[ ] Bolsa: Sem referências    

Estabilidade: Uso imediato                    

 

Equipo: Equipo Macro                    

PVC: Compatível                    

Soro Glicosado: Compatível                    

Fotossensibilidade: Não            

Via de Administração: EV            

Ação dermatológica: Vesicante            

Potencial Emético: Mínimo            

Tempo de Infusão: 15 a 30 minutos            

                    

MANIPULAÇÃO

Materiais                    

  • Luvas estéreis
  • Seringa 10 mL                    
  • Agulha 40x12mm                    
  • Equipo padrão (macro)                    
  • Bolsa de soro                    
  • Frasco ampola de Vimblastina                    

 

Modo de preparo:                    

Retire a quantidade necessária do frasco, de acordo com a prescrição médica e transfira para a bolsa de infusão, com equipo previamente preenchido. Misture o conteúdo da bolsa de infusão com movimentos oscilantes.                    

Pré-medicação:                    

Dexametasona 10 mg        

 

Extravasamento: Consultar em Classificação de Potencial Dermatológico e Conduta em caso de Extravasamento

 

Ajustes para função hepática: BT > 1,5 a 3 mg/dL ou AST 60 a 180 U/L: administrar 50% da dose; BT 3-5 mg/dL: 25% da dose; BT > 5 mg/dL ou AST > 180 U/L: não administrar.

Pacientes com comprometimento hepático: Recomenda-se redução de 50% na dose de vimblastina quando a dosagem sérica de bilirrubina direta estiver acima de 3 mg/100 mL.

 

Ajustes para função renal: Não é necessário.                    

                    

Interações Medicamentosas:                    

– Aprepitanto, cetoconazol, claritromicina, eritromicina, lopinavir, ritonavir, nefazodona, posaconazol, telitromicina, voriconazol e fluconazol: inibidores da CYP3A4, pode aumentar os níveis plasmáticos de vimblastina, deve-se considerar a diminuição da dose desta se utilizados concomitantemente e monitorar o paciente para sinais de toxicidade como constipação, neutropenia, neuropatia periférica.

Itraconazol: Inibidor da CYP3A4/glicoproteína P, pode aumentar risco de neurotoxicidade e íleo paralítico. Usar com cautela se associados e considerar redução de dose de vimblastina caso ocorra toxicidade.

Carbamazepina, fenobarbital: indutores da CYP3A4, podem causar diminuição na concentração plasmática de vimblastina.

Fenitoína: pode haver diminuição da absorção gastrintestinal desta, com redução da eficácia. Monitorar os níveis séricos da fenitoína, se associadas, e considerar aumento de dose. Fenitoína injetável pode ser útil em algumas situações.

Isoniazida: pode haver efeito aditivo, se associadas, monitorar o paciente para sintomas de neuropatia periférica e considerar redução de dose ou descontinuar os medicamentos na ocorrência de toxicidade.

Quinolonas orais: pode provocar alterações na mucosa intestinal e provável diminuição da absorção e da eficácia das quinolonas, se necessário ajustar a dose desta e monitorar o paciente.            

                    

Reações Adversas:                    

Hipertensão, alopecia, fotossensibilidade, dermatite, dor no local da injeção, constipação, dor óssea, mal-estar, neutropenia, trombocitopenia, AVC, neurotoxicidade.                    

                    

Orientações Gerais:                    

Administração somente por via ENDOVENOSA.                    

                    

Referências:                    

1. Bula Faulblastina 06/2022

2. MOC- Drogas 2022

3. Bragalone D.L, Drug Information Handbook for Oncology, 12 Ed, Lexicomp, 2014                

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

VINCRISTINA

 

Classe Terapêutica: Alcaloide da Vinca        

            

Mecanismo de ação:    Alcaloide extraído da Vinca rosea que se liga à proteína dos microtúbulos celulares, promovendo sua ruptura e causando bloqueio da divisão celular durante a metáfase. Agente específico de fase do ciclo celular (fases S e M).    

 

Nomes comerciais: Fauldvincri, Tecnocris®            

Temperatura de armazenamento:    2º a 8ºC, protegido da luz                

                    

 

Reconstituição:

Diluente: Pronto para uso

Apresentação: 1 mg/1mL

[ ] Frasco: 1 mg/mL

Estabilidade: 24 horas – 2º a 8ºC, protegido da luz

 

Diluição:                    

Diluente: SF 0,9% / AD / SG 5%

Volume: 50 mL

[ ] Bolsa: 0,01 a 1 mg/mL    

Estabilidade: 24 hs – 20º a 25ºC / 14 dias 2º a 8ºC, protegido da luz                    

Equipo: Equipo Macro

PVC: Compatível                    

Soro Glicosado: Compatível                    

Fotossensibilidade: Não                

Via de Administração: Endovenosa                

Ação dermatológica: Vesicante        

Potencial Emético: Mínimo                

Tempo de Infusão: < 15 minutos    

                    

MANIPULAÇÃO

Materiais                    

  • Luvas estéreis
  • Seringa 3 mL                    
  • Agulha 40x12mm                    
  • Equipo padrão (macro)                    
  • Bolsa de soro                    
  • Frasco ampola de Vincristina                    

 

Modo de preparo:                    

Retire a quantidade necessária do frasco, de acordo com a prescrição médica e transfira para a bolsa de infusão, com equipo previamente preenchido. Misture o conteúdo da bolsa de infusão com movimentos oscilantes.                    

Pré-medicação:

Dexametasona 10 mg        

 

Extravasamento: Consultar em Classificação de Potencial Dermatológico e Conduta em caso de Extravasamento

                    

Ajustes para função hepática: BT 1,5 a 3 mg/dL ou AST 60 a 180 U/L: administrar 50% da dose; BT 3-5 mg/dL: 25% da dose; BT > 5 mg/dL ou AST > 180 U/L: não administrar.

Ajustes para função renal: Não é necessário.                

                    

Interações Medicamentosas:                    

– Aprepitanto, cetoconazol, claritromicina, eritromicina, indinavir, itraconazol, nefazodona, posaconazol, ritonavir, telitromicina e voriconazol: inibidores da CYP3A4, risco aumentado de toxicidade pela vincristina. Não sendo possível suspender o uso de inibidores, usar com cautela e monitorar o paciente para o desenvolvimento de toxicidade, caso necessário considerar o ajuste de dose de vincristina.

– Itraconazol: inibidor da CYP3A4/glicoproteína P, pode aumentar o risco de neurotoxicidade e íleo paralítico. Usar com cautela e na ocorrência de toxicidade considerar a diminuição da dose de vincristina.

Alopurinol, colchicina, probenecida e sulfimpirazona: provoca um aumento da concentração sérica de ácido úrico. Portanto, um ajuste da dose dessas substâncias, torna-se necessário para evitar uma possível nefropatia.

– Isoniazida: ocorrência de neurotoxicidade grave em uso concomitante com vincristina.

– Digoxina: em uso concomitante os efeitos da digoxina podem ser diminuídos.

– Varfarina: como é um anticoagulante, aumenta os riscos de sangramento.

– Carbamazepina e fenitoína: podem resultar em diminuição da concentração plasmática de vincristina.

– Quinolonas orais: pode provocar alterações na mucosa intestinal e provável diminuição da absorção e eficácia das quinolonas.

                    

Reações Adversas:        

Alopecia, dor no local da injeção, constipação, náusea e vômitos.            

Graves: síndrome da secreção inadequada do hormônio antidiurético, distúrbio do nervo craniano, neurotoxicidade, paralisia, convulsão, perda visual.                    

                    

Orientações Gerais:                    

Administração somente ENDOVENOSA.                    

                    

Referências:                    

1. Bula Faulvincri 04/2021

2. MOC- Drogas 2022

3. Bragalone D.L, Drug Information Handbook for Oncology, 12 Ed, Lexicomp, 2014

4. BC Cancer Agency Cancer Drug Manual    

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

VINORELBINE

 

Classe Terapêutica:        Alcaloide da vinca

            

Mecanismo de ação:    Pertence ao grupo dos alcaloides da vinca cuja ação principal é interferir com o rearranjo dos microtúbulos, ocasionando inibição do processo de mitose na metáfase. Inibe a polimerização da tubulina e age preferencialmente sobre os microtúbulos mitóticos. Também interfere com o metabolismo dos aminoácidos, o transporte de cálcio, a respiração celular e a síntese dos ácidos nucleicos. Similar à vincristina, porém com toxicidade neurológica menor. Agente específico de fase do ciclo celular (fase M).    

 

Nomes comerciais: Navelbine                    

Temperatura de armazenamento:    2ºC a 8ºC, protegido da luz                

                    

 

Reconstituição:

Diluente: pronto para uso

Apresentação: 50mg/5mL

[ ] Frasco: 10 mg/mL

Estabilidade: 24 horas, 2 a 8ºC

 

Diluição:                    

Diluente: SG 5% / SF 0,9%

Volume: 50 mL

[ ] Bolsa: 0,5 a 2 mg/mL    

Estabilidade: 24 horas, 15 a 30ºC, PL            

 

Equipo: Equipo Macro                    

PVC: Compatível                    

Soro Glicosado: Compatível                    

Fotossensibilidade: Não                    

Via de Administração: Endovenosa/VO                

Ação dermatológica: Vesicante        

Potencial Emético:    Baixo                

Tempo de Infusão: 10 minutos                

                    

MANIPULAÇÃO

Materiais                    

  • Luvas estéreis
  • Seringa 5 ou 10 mL                    
  • Agulha 40x12mm                    
  • Equipo padrão (Macro)                    
  • Bolsa de soro                    
  • Frasco ampola de Vinorelbine                    

 

Modo de preparo:                    

Retire a quantidade necessária do frasco, de acordo com a prescrição médica e transfira para a bolsa de infusão, com equipo previamente preenchido. Misture o conteúdo da bolsa de infusão com movimentos oscilantes.                    

                    

Pré-medicação:                    

Dexametasona 10 mg

 

Extravasamento: Consultar em Classificação de Potencial Dermatológico e Conduta em caso de Extravasamento

                    

Ajustes para função hepática: BT ≤ 2 mg/dL: administrar 100% dose; BT 2,1 a 3 mg/dL: 50% da dose; BT > 3 mg/dL: 25% da dose.    

                

Ajustes para função renal:    Não necessário                

                    

Interações Medicamentosas:

– Inibidores da CYP3A4 e da glicoproteína P: claritromicina, aumento da exposição à vinorelbina e mielotoxicidade. Evitar o uso concomitante; não é recomendado o uso de um macrolídio alternativo, por apresentar similar potencial de interação. Considerar ajuste de dose, se usadas concomitantemente.

– Inibidores da CYP3A4 e da glicoproteína P: itraconazol, pode ocorrer risco aumentado de neurotoxicidade e íleo paralítico. Usar com cautela se associados; considerar a diminuição da dose da vinorelbina na ocorrência de toxicidade.

– Inibidores da CYP3A4: fluconazol, Pode ocorrer aumento dos níveis plasmáticos da vincristina; considerar a diminuição da dose da vinorelbina se associadas. Monitorar o paciente para sinais de toxicidade como: constipação, neutropenia, neuropatia periférica.                    

                    

Reações Adversas:                    

Alopecia, angioedema, dor e/ou reação no local da injeção, flebite, prurido, exantema, diarreia, náusea vômito, astenia neuromiopatia,

Graves: IAM sem elevação do seguimento ST, obstrução intestinal, constipação, pancreatite, íleo paralítico, perfuração do intestino, distúrbio granulocitopênico (severo), mielossupressão, dor no local, reação no local da injeção, flebite, SARA (síndrome da angústia respiratória aguda), broncoespasmo, doença pulmonar intersticial, sepse.    

 

Recomendação: 

A administração das cápsulas deve ser acompanhada de algum alimento. A aplicação de calor moderado facilita a difusão da substância e aparentemente reduz o risco de celulite. Em caso de extravasamento, para reduzir o risco de flebite, glicocorticoides IV podem ser administrados imediatamente.    

Após a administração, a veia deve ser devidamente lavada com, pelo menos, 250 mL de solução fisiológica            

                    

Referências:                    

1. Bula Navelbine 02/2022

2. MOC- Drogas 2022

3. Bragalone D.L, Drug Information Handbook for Oncology, 12 Ed, Lexicomp, 2014

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

MEDICAMENTO

 

Classe Terapêutica:        

            

Mecanismo de ação:        

Nomes comerciais:                    

Temperatura de armazenamento:                    

                    

 

Reconstituição:

Diluente:

Volume:

[ ] Frasco:

Estabilidade:

Diluição:                    

Diluente:

Volume:

[ ] Bolsa:    

Estabilidade:                    

 

                    

Equipo:

PVC:                    

Soro Glicosado:                    

Fotossensibilidade:                    

Via de Administração:                

Ação dermatológica:        

Potencial Emético:                    

Tempo de Infusão:                    

MANIPULAÇÃO

Materiais                    

  • Luvas estéreis
  • Seringa                    
  • Agulha                    
  • Equipo            
  • Bolsa de soro                    
  • Frasco ampola de                     

 

Modo de preparo:                    

                    

Pré-medicação:                    

 

Extravasamento:

                    

Ajustes para função hepática:                    

Ajustes para função renal:                    

                    

Interações Medicamentosas:                    

                    

Reações Adversas:                    

                    

Orientações Gerais:                    

                    

Referências: